Chefe militar
Nota: Warlord redireciona para este artigo. Se procura pelo personagem da DC Comics, consulte Guerreiro (DC Comics)
Chefe militar ou senhor da guerra (do inglês warlord) são expressões utilizadas para se referir a uma pessoa com poder de controle militar de facto sobre uma área subnacional, devido ao fato de as forças armadas obedecerem ao chefe militar e não à autoridade central. Também especifica alguém que endossa o ideal de que a guerra é necessária, e possui os meios e a autoridade para executá-la.
A expressão traz uma forte conotação de que a pessoa exerce muito mais poder do que seu título ou posto oficial (caso exista) lhe permitiriam legitimamente; outros líderes militares de poder e influência, como os senhores feudais, por exemplo, também desfrutavam de grande autonomia e possuíam um exército pessoal, mas sua legitimidade provinha da lealdade formal a uma autoridade central.
O termo warlordismo (referido pelo Correio Braziliense como "emergência de senhores da guerra"[1]) foi cunhado para descrever o caos reinante no nascimento da República da China, especialmente após a morte de Yuan Shikai, como a era dos senhores da guerra. O termo pode ser empregado em referência a períodos similares em outros países e épocas, tais como o Japão durante o período Sengoku, a China durante os Três Reinos, ou a Somália e outros estados fracassados de tempos mais recentes.
Índice
1 Etimologia
2 Exemplos
2.1 Idade Moderna
2.2 Idade Contemporânea
3 Ver também
4 Referências
5 Ligações externas
Etimologia |
A palavra inglesa warlord ("senhor da guerra") surgiu de uma tradução da palavra alemã Kriegsherr, que possui o mesmo significado. Curiosamente, actualmente os alemães utilizam frequentemente a palavra inglesa, que sobrepujou Kriegsherr em seu idioma. A expressão Lord of war é um equívoco em relação a warlord usado por um personagem no filme homónimo de 2005 (O Senhor da Guerra em Portugal, O Senhor das Armas no Brasil), que, na verdade, fala sobre comerciantes de armas.
Exemplos |
Idade Moderna |
De 1515 a 1523, o governo Habsburgo nos Países Baixos também teve de conter a rebelião de camponeses frísios liderada inicialmente por Pier Gerlofs Donia e depois por seu sobrinho Wijerd Jelckama. Os rebeldes foram bem-sucedidos no começo, mas, depois de muitas mortes, os líderes remanescentes foram capturados e decapitados em 1523.
Idade Contemporânea |
Na Somália, com o colapso do governo central, grupos de chefes militares rivais constituem a única forma de autoridade em algumas partes do país. Entre outros exemplos de países que são totalmente ou parcialmente dominados por chefes militares, estão o Afeganistão, Chechénia, Birmânia, a República Democrática do Congo e o Paquistão.
Ver também |
- Caudilho
- Militarismo
Referências
↑ Correio Braziliense, 27 de janeiro de 2002.
Ligações externas |
- (em castelhano)-Un análisis crítico de la literatura de las “nuevas guerras” a la luz de la violencia