Liberalismo económico
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Economia Política |
O liberalismo econômico (português brasileiro) ou liberalismo económico (português europeu) é uma ideologia baseada na organização da economia em linhas individualistas, o que significa que o maior número possível de decisões econômicas são tomadas por indivíduos e não por instituições ou organizações coletivas.[1] As teses do liberalismo econômico foram criadas no século XVI com a clara intenção de combater o mercantilismo, cujas práticas já não atendiam às novas necessidades do capitalismo, sendo seu pressuposto básico a emancipação da economia de qualquer dogma externo a ela mesma.
Os economistas do final do século XVIII eram contrários a intervenção do Estado na economia. Para eles o Estado deveria apenas dar condições para que o mercado seguisse de forma natural seu curso. Um dos principais pensadores da época foi François Quesnay, que apesar de médico na corte de Luis XV teve contato com as ideologias econômicas. Em sua teoria afirmava que a verdadeira atividade produtiva estava inserida na agricultura. Para Vincent de Gournay as atividades comerciais e industriais deveriam usufruir de liberdade para o melhor prosseguimento em seus processos produtivos, para alcançar assim uma acumulação de capitais.
O criador da teoria mais aceita na economia moderna foi Adam Smith, economista britânico, apontando como as nações iriam prosperar sob tal sistema.[2] Nela ele confrontou as ideias de Quesnay e Gournay, afirmando que a desejada prosperidade econômica e a acumulação de riquezas não são concebidas pela atividade rural e nem comercial. Para Smith o elemento de geração de riqueza está no potencial de trabalho sem ter o estado como regulador e interventor. Outro ponto fundamental é o fato de que todos os agentes econômicos são movidos por um impulso de crescimento e desenvolvimento econômico, que poderia ser entendido como uma ambição ou ganância individual, que no contexto macro traria benefícios para toda a sociedade, uma vez que a soma desses interesses particulares promoveria a evolução generalizada, um equilíbrio perfeito.
Adam Smith teve também grande influência na derrubada da teoria mercantilista. Desmitificou a importância do ouro e da prata, equiparando esses metais às demais mercadorias.
Enquanto o liberalismo econômico favorece os mercados sem restrições por parte do governo, afirma também que o Estado tem um papel legítimo no fornecimento de bens públicos, segundo Smith.[3] O liberalismo econômico é também geralmente considerado contrário às ordens não-capitalistas, como o socialismo, socialismo de mercado e economias planificadas.[4]
Curiosamente o liberalismo econômico foi a melhor maneira encontrada por muitas democracias capitalistas e sociais-democracias (países de primeiro mundo em sua maioria) de alcançar o estado de bem-estar social, fato esse que faz o liberalismo econômico ser extremamente defendido por muitos grupos (a maioria empreendedores e partidos/políticos de centro-direita e direita) residentes em países ou em desenvolvimento ou com economias mais fechadas.
Índice
1 Ideias
2 Ver também
3 Referências
4 Ligações externas
Ideias |
As ideias eram claras no liberalismo econômico, defendiam a livre concorrência, a lei da oferta e procura. Sem contar que foram os primeiros a trabalhar economia com ciências, física, biologia, matemática e principalmente o iluminismo, os princípios e ideias vieram de Adam Smith e François Quesnay. O liberalismo econômico é criticado pelo fato de combater o papel regulador do Estado social, embora o próprio liberalismo[quem?] defenda regulações em ativos financeiros de alto risco.[5]
Ver também |
- Escola keynesiana
- Neoliberalismo
- Liberalismo clássico
- Laissez-faire
Referências
↑ Ian Adams, Political Ideology Today (Manchester: Manchester University Press, 2001), p. 20.
↑ Eric Aaron, What's Right? (Dural, Australia: Rosenberg Publishing, 2003), p. 75.
↑ «Adam Smith». econlib.org
↑ Brown, Wendy. Edgework: critical essays on knowledge and politics. Princeton University Press, 2005. p. 39
↑ Trust and Growth Banco Mundial, 18 de setembro de 1998, Paul J. Zak
Ligações externas |
Liberalismo econômico ainda é tabu no Brasil, diz 'Economist' (em português)