Liga Mundial de Voleibol
Liga Mundial | |
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Voleibol | |
Sede | Intercontinental |
Organizador | FIVB |
Edições | |
Primeira edição | Osaka 1990 |
Última edição | Curitiba 2017 |
Campeões | |
Primeiro campeão | Itália (1990) |
Último campeão | França (2017) |
Maior campeão | Brasil (9 títulos) |
Página oficial da competição |
A Liga Mundial de Voleibol foi uma competição anual de voleibol masculino. Criado em 1990, o torneio era o mais longo e mais rico dentre todos os eventos internacionais organizados pela FIVB. Em 2011, foram distribuídos vinte milhões de dólares entre os times participantes.[1][2]
A edição de 2017 foi, também, a última desta competição. A partir de 2018, a mesma foi substituída pela Liga das Nações de Voleibol Masculino.[3][4]
Índice
1 História
1.1 Origens
1.2 Resultados anteriores
2 Formato da competição
2.1 Alocação dos países por Grupo
3 Resultados
4 Quadro de medalhas
5 MVPs por edição
6 Notas
7 Referências
8 Ligações externas
História |
Origens |
A Liga Mundial foi criada em 1990 como parte de um intenso programa de marketing que se tornaria marca registrada da atuação da FIVB no final do século XX. A ideia consistia em promover o voleibol em escala mundial através do estabelecimento de torneios anuais que despertassem o interesse do público em todos os continentes.
Até o início da década de 1990, as competições internacionais envolvendo times de alto nível (Jogos Olímpicos e Campeonato Mundial) tinham lugar apenas em ciclos de quatro anos, e eram usualmente confinadas a apenas uma cidade ou país sede. A Liga Mundial, ao contrário, foi projetada para ocorrer anualmente, com um sistema rotativo de cidades-sede que permitia a cada equipe ser mandante de um certo número de partidas durante a fase preliminar. Restrições adicionais para participação, tais como a obrigatoriedade de transmitir os jogos pela televisão, garantiam ainda intensa cobertura da mídia.
A estratégia da FIVB acabou provando-se visionária: na virada do século, a Liga Mundial já estava plenamente consolidada como uma importante competição internacional de voleibol. Aos olhos da federações nacionais, a falta de tradição do torneio era compensada pelas generosas recompensas em dinheiro que eram oferecidas aos participantes: entre 1990 e 2004, o total gasto com premiações pulou de um para treze milhões de dólares.
Inspirada pelo sucesso da Liga Mundial, a FIVB introduziu em 1993 um projeto análogo para o voleibol feminino, o Grand Prix. No inicio, esta medida obteve enorme sucesso no leste da Ásia, onde esta modalidade esportiva tornou-se muito popular e posteriormente ela se consolidou nos outros continentes.
Resultados anteriores |
Nos anos 1990, a Itália dominou completamente a Liga Mundial, vencendo logo as três primeiras edições do torneio: 1990, 1991 e 1992. Sediando a fase final, o Brasil - então campeão olímpico - conseguiu conquistar o ouro em 1993, mas os italianos retornaram ao lugar mais alto do pódio em 1994 e 1995.
Prenunciando o que aconteceria alguns meses mais tarde nos Jogos Olímpicos de Atlanta, os Países Baixos venceram, com muita dificuldade, a final de 1996 em cinco sets. Mais uma vez, entretanto, os italianos retornaram ao topo do pódio em 1997. Em 1998, o vencedor foi Cuba; em 1999 e 2000, outra vez a Itália.
Os números não deixam margem a dúvidas: entre 1990 e 2000, foram jogadas 11 edições da Liga Mundial. A Itália conquistou o ouro oito vezes, e cada uma das outras três edições do torneio foi conquistada por um time diferente.
A supremacia italiana na Liga Mundial começou a desvanecer em 2001, quando o Brasil conquistou pela segunda vez o torneio em sets diretos. Com mais sete títulos, em 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009 e 2010, os brasileiros despontaram como a nova força do século XXI.
Em 2008, os Estados Unidos conquistaram o título pela primeira vez batendo o Brasil na semifinal por 3 sets a 0 e a Sérvia na final por 3 sets a 1. O Brasil perdeu a disputa do bronze para a Rússia por 3 sets a 1, conseguindo sua pior colocação na era Bernardinho, jogando em casa. Antes o Brasil nunca havia ficado fora do pódio em todas competições disputadas por essa geração. Em 2009, o Brasil retomou o título ao derrotar a Sérvia na final por 3 sets a 2, em Belgrado, e em 2010 conquitou o título novamente, dessa vez sobre a Rússia por 3 sets a 1. Com a nona conquista, oito delas na década de 2000, superou a Itália em número de títulos.
A Rússia conquistou seu primeiro título em 2002, em uma final contra o Brasil. Após as vitórias brasileiras em 2007 e 2010, os russos chegaram a uma nova final contra o Brasil em 2011, onde conquistaram a Liga Mundial pela segunda vez.
Após a vitória da Polônia em 2012, que venceu a Liga Mundial pela única vez, Rússia e Brasil voltaram a realizar a final da competição em 2013 com nova vitória russa, totalizando o segundo título em três anos. Em 2014 o Brasil chegou a sua terceira final nas últimas quatro edições, mas foi novamente derrotado, dessa vez para os Estados Unidos que obtiveram seu segundo título. A França ingressou no grupo de seleções campeãs ao derrotar a Sérvia e conquistar seu primeiro título da Liga Mundial em 2015, sendo a última vencedora da competição com o triunfo de 2017. Em 2016, após ter perdido o título em cinco oportunidades, a Sérvia conquistou sua única medalha de ouro.
Formato da competição |
A FIVB constantemente adaptou o formato da Liga Mundial com o objetivo de aumentar a competitividade e tornar as partidas mais interessantes para o público. Algumas regras e restrições básicas, contudo, foram peculiares desse torneio.
- Os times participantes tinham de assegurar transmissão televisiva e cobertura de TV local.
- A competição era dividida em pelo menos duas fases: uma preliminar (denominada "intercontinental"), com um sistema rotativo de cidades-sede; e uma fase final, com um país-sede.
- Na fase preliminar, os times eram organizados em chaves. Cada time realizava seis partidas contra todos os outros times em sua chave, três como mandante, três como visitante. Cada par de partidas era disputado durante um fim de semana.
- Na edição de 2012, a FIVB adotou a fórmula de disputa na primeira fase com sede na casa de cada um dos integrantes das chaves, durante um fim de semana.
- Quando todas as partidas da fase preliminar eram disputadas, os n melhores times em cada chave qualificavam-se para a fase final, e o restante deixava a competição. O valor de n depende do número de times participantes e do formato que seria adotado nas finais.
- O país-sede qualificava-se automaticamente para as finais.
- A FIVB já empregou diversos formatos diferentes para as finais: "Top Six", "Top Four", formato olímpico. A partir de 2004, o mais habitual era adotar um formato misto: nas quartas de final, os times eram organizados em duas chaves, e os dois vencedores de cada chave disputavam semifinais e finais através de cruzamento olímpico.
- Na fase preliminar, cada time poderia normalmente trabalhar com uma lista de dezoito jogadores: a cada rodada, o técnico indicava os doze que seriam utilizados nas partidas daquela semana. Na fase final, eram permitidos apenas catorze atletas.
- Até 2009 a Liga Mundial não possuía qualificação. Em edição de 2010 a FIVB implantou o sistema onde quatro equipes designadas por cada confederação disputavam duas vagas contra as equipes que finalizaram nas duas últimas colocações na edição anterior da Liga Mundial. Esse sistema durou até 2013.
- Iniciando em 2014, a FIVB aumentou o número de participantes e dividiu as equipes em três diferentes divisões (denominados "Grupos"), de acordo com o ranking mundial.
- A partir de 2016 a Liga Mundial utilizou o mesmo formato do Grand Prix.
Alocação dos países por Grupo |
Em 2017:
Grupo 1 | Grupo 2 | Grupo 3 |
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Argentina Bélgica Brasil Bulgária Canadá Estados Unidos França Irã Itália Polônia Rússia Sérvia | Austrália China Coreia do Sul Egito Finlândia Eslováquia Eslovênia Japão Países Baixos Portugal República Checa Turquia | Alemanha Áustria Catar Cazaquistão Espanha Estônia Grécia México Montenegro Taipé Chinês Tunísia Venezuela |
Resultados |
LIGA MUNDIAL DE VOLEIBOL[5][6] | |||||||||||
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Ano | Fase final | Final | Decisão do 3º lugar | Equipes FI / FF | |||||||
Ouro | Placar | Prata | Bronze | Placar | 4º lugar | ||||||
1990 Detalhes | Osaka | Itália | 3–0 | Países Baixos | Brasil | 3–1 | União Soviética | 8 / 4 | |||
1991 Detalhes | Milão | Itália | 3–0 | Cuba | União Soviética | 3–1 | Países Baixos | 10 / 4 | |||
1992 Detalhes | Gênova | Itália | 3–1 | Cuba | Estados Unidos | 3–1 | Países Baixos | 12 / 4 | |||
1993 Detalhes | São Paulo | Brasil | 3–0 | Rússia | Itália | 3–0 | Cuba | 12 / 4 | |||
1994 Detalhes | Milão | Itália | 3–0 | Cuba | Brasil | 3–2 | Bulgária | 12 / 6 | |||
1995 Detalhes | Rio de Janeiro | Itália | 3–1 | Brasil | Cuba | 3–2 | Rússia | 12 / 6 | |||
1996 Detalhes | Roterdã | Países Baixos | 3–2 | Itália | Rússia | 3–2 | Cuba | 11 / 6 | |||
1997 Detalhes | Moscou | Itália | 3–0 | Cuba | Rússia | 3–0 | Países Baixos | 12 / 6 | |||
1998 Detalhes | Milão | Cuba | Pontos corridos | Rússia | Países Baixos | Pontos corridos | Itália | 12 / 4 | |||
1999 Detalhes | Mar del Plata | Itália | 3–1 | Cuba | Brasil | 3–1 | Rússia | 12 / 6 | |||
2000 Detalhes | Roterdã | Itália | 3–2 | Rússia | Brasil | 3–0 | Iugoslávia | 12 / 6 | |||
2001 Detalhes | Katowice | Brasil | 3–0 | Itália | Rússia | 3–0 | Iugoslávia | 16 / 8 | |||
2002 Detalhes | Belo Horizonte e Recife | Rússia | 3–1 | Brasil | Iugoslávia | 3–1 | Itália | 16 / 8 | |||
2003 Detalhes | Madri | Brasil | 3–2 | Sérvia e Montenegro | Itália | 3–1 | República Checa | 16 / 8 | |||
2004 Detalhes | Roma | Brasil | 3–1 | Itália | Sérvia e Montenegro | 3–0 | Bulgária | 12 / 4 | |||
2005 Detalhes | Belgrado | Brasil | 3–1 | Sérvia e Montenegro | Cuba | 3–1 | Polônia | 12 / 4 | |||
2006 Detalhes | Moscou | Brasil | 3–2 | França | Rússia | 3–0 | Bulgária | 16 / 6 | |||
2007 Detalhes | Katowice | Brasil | 3–1 | Rússia | Estados Unidos | 3–1 | Polônia | 16 / 6 | |||
2008 Detalhes | Rio de Janeiro | Estados Unidos | 3–1 | Sérvia | Rússia | 3–1 | Brasil | 16 / 6 | |||
2009 Detalhes | Belgrado | Brasil | 3–2 | Sérvia | Rússia | 3–0 | Cuba | 16 / 6 | |||
2010 Detalhes | Córdoba | Brasil | 3–1 | Rússia | Sérvia | 3–2 | Cuba | 16 / 6 | |||
2011 Detalhes | Gdańsk e Sopot | Rússia | 3–2 | Brasil | Polônia | 3–0 | Argentina | 16 / 8 | |||
2012 Detalhes | Sófia | Polônia | 3–0 | Estados Unidos | Cuba | 3–2 | Bulgária | 16 / 6 | |||
2013 Detalhes | Mar del Plata | Rússia | 3–0 | Brasil | Itália | 3–2 | Bulgária | 18 / 6 | |||
2014 Detalhes | Florença | Estados Unidos | 3–1 | Brasil | Itália | 3–0 | Irã | 28 / 6 | |||
2015 Detalhes | Rio de Janeiro | França | 3–0 | Sérvia | Estados Unidos | 3–0 | Polônia | 32 / 6 | |||
2016 Detalhes | Cracóvia | Sérvia | 3–0 | Brasil | França | 3–0 | Itália | 36 / 6 | |||
2017 Detalhes | Curitiba | França | 3–2 | Brasil | Canadá | 3–1 | Estados Unidos | 36 / 6 |
Quadro de medalhas |
Ordem | País | ||||
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1 | Brasil | 9 | 7 | 4 | 20 |
2 | Itália | 8 | 3 | 4 | 15 |
3 | Rússia[nota 1] | 3 | 5 | 7 | 15 |
4 | Estados Unidos | 2 | 1 | 3 | 6 |
5 | França | 2 | 1 | 1 | 4 |
6 | Cuba | 1 | 5 | 3 | 9 |
Sérvia[nota 2] | 1 | 5 | 3 | 9 | |
8 | Países Baixos | 1 | 1 | 1 | 3 |
9 | Polônia | 1 | 0 | 1 | 2 |
10 | Canadá | 0 | 0 | 1 | 1 |
MVPs por edição |
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Notas
↑ A FIVB considera a Rússia como herdeira dos históricos de União Soviética e CEI.[7]
↑ A FIVB considera a Sérvia como herdeira dos históricos de Iugoslávia e Sérvia e Montenegro.[8]
Referências
↑ «FIVB Volleyball World League». FIVB (em inglês). Consultado em 11 de julho de 2017. Cópia arquivada em 16 de abril de 2012
↑ França, Ana. «Como funciona a Liga Mundial de Vôlei». HowStuffWorks. UOL. Consultado em 11 de julho de 2017. Cópia arquivada em 7 de setembro de 2016
↑ «FIVB comemora 70 anos e lança Liga das Nações com premiação igual para homens e mulheres.». Bruno Voloch. 13 de outubro de 2017. Consultado em 9 de março de 2018
↑ «FIVB announces the Volleyball Nations League | FIVB - Press release». www.fivb.org. 12 de outubro de 2017. Consultado em 10 de março de 2018
↑ «Honours». FIVB (em inglês). Consultado em 11 de julho de 2017. Cópia arquivada em 7 de outubro de 2016
↑ «Final Standing». FIVB (em inglês). Consultado em 11 de julho de 2017. Cópia arquivada em 11 de julho de 2017
↑ «Team profile». FIVB (em inglês). Consultado em 11 de julho de 2017. Cópia arquivada em 5 de maio de 2015
↑ «Team profile». FIVB (em inglês). Consultado em 11 de julho de 2017. Cópia arquivada em 5 de maio de 2015
↑ abcde «Brasileiros que foram MVPs em Ligas Mundiais». Eu Vivo Esporte. Consultado em 11 de julho de 2017. Arquivado do original em 21 de agosto de 2013
↑ Maciel, Matheus (20 de agosto de 2012). «As conquistas de Giba». Melhor do Vôlei. Consultado em 11 de julho de 2017. Arquivado do original em 25 de julho de 2014|urlmorta=
e|ligação inativa=
redundantes (ajuda)
↑ «Serginho é o primeiro líbero MVP da Liga». Gazeta Esportiva. Ge.net. 26 de julho de 2009. Consultado em 11 de julho de 2017. Arquivado do original em 25 de janeiro de 2010|urlmorta=
e|ligação inativa=
redundantes (ajuda)
↑ «Brasileiro Murilo é eleito o melhor jogador da Liga; Mario Jr. fatura prêmio». UOL. 25 de julho de 2010. Consultado em 11 de julho de 2017. Cópia arquivada em 11 de julho de 2017
↑ Almeida, Paula (26 de julho de 2010). «MVP da Liga, Murilo acostuma-se a ser capitão, mas revela ponto a ser corrigido». UOL. Consultado em 11 de julho de 2017. Cópia arquivada em 11 de julho de 2017
↑ «Carrasco, Ngapeth é o melhor jogador da Liga Mundial; Brasil tem dois em time ideal». globoesporte.com. Grupo Globo. 9 de julho de 2017. Consultado em 11 de julho de 2017. Cópia arquivada em 11 de julho de 2017
Ligações externas |
Página oficial do campeonato (em inglês)
Página oficial da FIVB (em inglês)