Amitis (filha de Xerxes I)





Disambig grey.svg Nota: Para outros significados de Amitis, veja Amitis.

























Amitis
Progenitores

Mãe:Amástris
Pai:Xerxes I da Pérsia
Cônjuge

Megabizo
Irmão(s)

Artaxerxes I, Rodoguna
Ocupação
aristocrata
Título

príncipe, princesa

[edite no Wikidata]


Amitis foi uma princesa persa, filha de Xerxes I, irmã de Artaxerxes I, esposa de Megabizo e mãe de Zópiro. Ela teve uma participação ativa em várias conciliações entre seu marido e seu irmão.




Índice






  • 1 Família


  • 2 Casamento


  • 3 Revolta de Megabizo


  • 4 Exílio de Megabizo


  • 5 Viuvez, morte e destino dos filhos


  • 6 Notas e referências


    • 6.1 Notas


    • 6.2 Referências







Família |


Amitis era filha de Xerxes I.[1] Xerxes era filho de Dario I e Atossa, filha de Ciro II.[2] Xerxes casou-se com Amastris, filha de Onophas, e teve vários filhos; o primeiro, Dario, seguido, dois anos depois, por Histaspes e Artaxerxes, e duas filhas, uma chamada Rhodogyne e outra Amitis, o mesmo nome da sua avó.[3][Nota 1] De acordo com o historiador Richard Edmund Tyrwhitt, Amitis seria bisneta (e não neta) de Amitis, a neta (e não filha) de Astíages que se casou com Ciro, o Grande, pois Ctésias costumava confundir filhos com netos.[4]



Casamento |


Amitis casou-se com Megabizo.[1] Megabizo era filho de Zópiro e neto de outro Megabizo.[5]


Por volta de 480 a.C.,[6] Megabizo acusou sua esposa, Amitis, de adultério; Xerxes repreendeu sua filha, mas ela disse ser inocente.[7] Após Artapano e o eunuco Aspamitres terem assassinado Xerxes,[8] Megabizo, muito irritado por causa do adultério, entrou em conspiração com Artapano, contra Artaxerxes I, mas Megabizo revelou o plano, e Artapano foi morto.[8] Na luta que se seguiu, os três filhos de Artapano foram mortos, e Megabizo ficou muito ferido, o que deixou Artaxerxes, Amitis e Rhodogyne e a mãe deles, Amastris, muito preocupados.[8] Megabizo foi salvo pelo médico Apolônides de Cós.[8]



Revolta de Megabizo |


Megabizo suprimiu uma revolta no Egito fazendo um acordo com seu líder, o líbio Inaro, e seus mercenários gregos,[9] mas Artaxerxes, por instigação de sua mãe Amastris, acabou conseguindo a vingança contra Inaro e os gregos.[10]


Megabizo, que havia se tornado sátrapa da Síria, ficou muito chateado com Artaxerxes não ter respeitado o acordo, e pediu para deixar sua satrapia; ele reuniu um exército de 150.000 homens, sem contar a cavalaria, e se revoltou.[11]Usiris foi enviado contra Megabizo com 200.000 homens, na batalha que se seguiu, Usiris feriu Megabizo na coxa com uma lança, com dois dedos de profundidade, e Megabizo feriu Usiris, na coxa e no ombro; quando Usiris caiu do cavalo, Megabizo o protegeu, poupando sua vida.[11] Na batalha, uma vitória de Megabizo, seus filhos Zópiro e Artyphius, se destacaram; Megabizo enviou Usiris de volta para Artaxerxes.[11]


O próximo a combater Megabizo foi Menostanes, filho de Artarius, sátrapa da Babilônia e irmão de Artaxerxes; novamente Megabizo foi vitorioso, e Menostanes foi ferido no ombro e na cabeça, mas com ferimentos que não eram mortais.[12]


Artarius foi enviado a Megabizo, para que ele fizesse as pazes com o rei.[13] Os termos de Megabizo eram que ele deveria manter sua satrapia e não ser mais obrigado a ir até a corte do rei.[13] O rei enviou o eunuco paflagônio Artoxares, além de Amitis, o jovem de vinte anos Artoxares, e Petisas, que era filho de Usiris e o pai de Spitamas, para negociar com Megabizo, que acabou aceitando visitar o rei, que o perdoou.[13]



Exílio de Megabizo |


Algum tempo depois, quando o rei estava em uma caçada, Megabizo matou um leão que iria atacar o rei.[14] O rei, irritado porque Megabizo havia matado o leão antes dele, o condenou a ser decapitado, mas, por intercessão de Amastris e Amitis, ele foi banido para a Armênia.[14] Após cinco anos de exílio, onde fingiu ser um leproso, Megabizo voltou à corte, e quase não foi reconhecido por Amitis.[14] Em c. 444 a.C.,[6] pela intercessão de Amastris e Amitis, o rei o perdoou, e ele viveu até os setenta e seis anos, sua morte sendo lamentada pelo rei.[14]



Viuvez, morte e destino dos filhos |


Após a morte de Megabizo (c. 440 a.C.[6]), Amitis, assim como Amastris, passou a gostar da companhia de homens, e teve o médico Apolonides de Cos como amante.[15] Amitis contou seu caso para a mãe Amastris, que contou para o rei, e este manteve Apolonides preso em correntes por dois meses, e foi enterrado vivo no mesmo dia que Amitis morreu.[15]


Zópiro, filho de Megabizo e Amitis, se revoltou contra o rei, após a morte de seus pais, e fugiu para Atenas.[16] A epítome de Fócio do texto de Ctésias menciona que os atenienses eram gratos a Amitis por algum favor, mas não especifica qual era.[16]


Artyphius, outro filho de Megabizo, se aliou à revolta de Arsites contra Dario Nótus; Arsites era irmão por parte de pai e de mãe de Dario,[17] filho de Artaxerxes I e a babilônia Cosmartidene.[18] Os revoltosos, após vencerem duas batalhas, perderam a terceira, e se renderam, com a promessa de serem poupados, mas foram executados nas cinzas.[17]



Notas e referências


Notas





  1. A epítome de Fócio do texto de Ctésias não deixa claro se Amitis era a avó materna ou a avó paterna de Amitis; Ctésias também menciona Amitis, filha de Astíages e esposa de Ciro, como bisavó desta Amitis.




Referências




  1. ab Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 26 [em linha]


  2. Plutarco, Moralia, Sobre o amor entre irmãos, 18


  3. Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 24 [em linha]


  4. Richard Edmund Tyrwhitt, Esther and Ahasuerus: an identification of the persons so named ; followed by a history of the thirty-five years that ended at their marriage, with notes and an index to the two parts: also an appendix (1868) The first part: the Esther and Ahasuerus of the Hebrews sought for and identified in persian history, Chapter VI, IV. [em linha]


  5. Heródoto, Histórias, Livro III, Tália, 153 [pt] [el] [el/en] [ael/fr] [en] [en] [en] [es]


  6. abc Jona Lendering, Megabyzus (2) [em linha]


  7. Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 33


  8. abcd Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 32


  9. Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 38


  10. Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 39


  11. abc Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 40


  12. Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 41


  13. abc Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 42


  14. abcd Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 43


  15. ab Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 44


  16. ab Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 45


  17. ab Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 52 [em linha]


  18. Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 47


Árvore genealógica (incompleta) baseada no texto:



































































































































































Dario I
Atossa
Onophas
Xerxes I
Amastris
Dario
Histaspes
Artaxerxes
Rodogine
Amitis



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