Megabizo (filho de Zópiro)





Disambig grey.svg Nota: Para outros significados de Megabizo, veja Megabizo.

Megabizo, filho de Zópiro, foi um nobre persa, sátrapa da Babilônia e general de Artaxerxes I.




Índice






  • 1 Família


  • 2 Casamento


  • 3 Guerra contra Inaro


  • 4 Revolta


  • 5 Exílio e morte


  • 6 Eventos após sua morte


  • 7 Referências





Família |


Seu pai, Zópiro, filho de Megabizo, [1] foi indicado por Dario I para ser sátrapa da Babilônia.[2] De acordo com Ctésias, Zópiro foi morto quando a Babilônia se revoltou contra Xerxes I.[3]


De acordo com Fócio, os eventos que levaram à recaptura da Babilônia pelos persas, e que, em Heródoto, tem como protagonista Zópiro, em Ctésias tem como protagonista seu filho Megabizo.[3] De acordo com Heródoto, Zópiro mutilou-se, cortando orelhas e nariz, cortou o cabelo e se fez chicotear,[4] se refugiou na Babilônia, dizendo-se perseguido por Dario I,[5] ganhou a confiança dos babilônios,[6] traiu a cidade aos persas,[7] sendo honrado por Dario com o governo da Babilônia.[2]


De acordo com Ctésias, foi Megabizo que recapturou a Babilônia, e ele recebeu de Xerxes uma joia de ouro pesando 6.000 talentos.[3]



Casamento |


Megabizo casou-se com Amitis, filha de Xerxes I.[3] Megabizo recebeu ordens de Xerxes de pilhar o templo de Apolo em Sárdis, mas ele recusou; o templo foi pilhado pelo eunuco Matacas.[8]


Megabizo acusou sua esposa, Amitis, de adultério; Xerxes repreendeu sua filha, mas ela disse ser inocente.[9] Após Artapano e o eunuco Aspamitres terem assassinado Xerxes,[10] Megabizo, muito irritado por causa do adultério, entrou em conspiração com Artapano, contra Artaxerxes I, mas Megabizo revelou o plano, e Artapano foi morto.[10] Na luta que se seguiu, os três filhos de Artapano foram mortos, e Megabizo ficou muito ferido, o que deixou Artaxerxes, Amitis e Rhodogyne e a mãe deles, Amestris, muito preocupados.[10] Megabizo foi salvo pelo médico Apolonides, de Cos.[10]



Guerra contra Inaro |


Quando o Egito se revoltou sob a liderança do líbio Inaro, que derrotou e matou Aquemênides, irmão de Artaxerxes, [11] Megabizo foi enviado para combatê-lo, com uma força adicional 200.000 homens e 300 navios comandados por Oriscus, unindo-se aos 100.000 que sobreviveram dos 500.000 sob o comando de Aquemênides.[12] Os persas foram vitoriosos, Inaro foi ferido na coxa por Megabizo e fugiu para Biblos, no Egito, com os gregos sobreviventes; todo o Egito, com exceção de Biblos, foi submetido a Megabizo.[12]


Como a fortaleza de Biblos parecia inconquistável, Megabizo fez um acordo com Inaro e os 6.000 gregos, prometendo que eles voltariam a salvo.[13] Megabizo deixou Sarsamas como sátrapa do Egito, e levou Inaro e os gregos para Artaxerxes I, que, apesar de irritado pela morte do seu irmão, consentiu em deixá-los com vida.[13] A rainha-mãe Amestris, porém, incorformada por Inaro e os gregos escaparem, pediu ao rei, e a Megabizo, que os entregassem, mas ambos recusaram; após cinco anos, porém, de tanto importunar o rei, este acabou cedendo, e Inaro foi executado por empalamento com três estacas, e cinquenta gregos decapitados.[14]



Revolta |


Megabizo, que havia se tornado sátrapa da Síria, ficou muito chateado, e pediu para deixar sua satrapia; ele reuniu um exército de 150.000 homens, sem contar a cavalaria, e se revoltou.[15]Usiris foi enviado contra Megabizo com 200.000 homens, na batalha que se seguiu, Usiris feriu Megabizo na coxa com uma lança, com dois dedos de profundidade, e Megabizo feriu Usiris, na coxa e no ombro; quando Usiris caiu do cavalo, Megabizo o protegeu, poupando sua vida.[15] Na batalha, uma vitória de Megabizo, seus filhos Zópiro e Artyphius, se destacaram; Megabizo enviou Usiris de volta para Artaxerxes.[15]


O próximo a combater Megabizo foi Menostanes, filho de Artarius, sátrapa da Babilônia e irmão de Artaxerxes; novamente Megabizo foi vitorioso, e Menostanes foi ferido no ombro e na cabeça, mas com ferimentos que não eram mortais.[16]


Artarius foi enviado a Megabizo, para que ele fizesse as pazes com o rei.[17] Os termos de Megabizo eram que ele deveria manter sua satrapia e não ser mais obrigado a ir até a corte do rei.[17] O rei enviou o eunuco paflagônio Artoxares, além de Amestris, esposa de Megabizo, o jovem de vinte anos Artoxares, e Petisas, que era filho de Usiris e o pai de Spitamas, para negociar com Megabizo, que acabou aceitando visitar o rei, que o perdoou.[17]



Exílio e morte |


Algum tempo depois, quando o rei estava em uma caçada, Megabizo matou um leão que iria atacar o rei.[18] O rei, irritado porque Megabizo havia matado o leão antes dele, o condenou a ser decapitado, mas, por intercessão de Amestris e Amitis, ele foi banido para a Armênia.[18] Após cinco anos de exílio, onde fingiu ser um leproso, Megabizo voltou à corte, e quase não foi reconhecido por Amitis.[18] Pela intercessão de Amestris e Amitis, o rei o perdoou, e ele viveu até os setenta e seis anos, sua morte sendo lamentada pelo rei.[18]



Eventos após sua morte |


Após sua morte, Amitis, assim como Amestris, passou a gostas da comapanhia de homens, e teve o médico Apolonides de Cos como amante.[19] Amitis contou seu caso para a mãe Amestris, que contou para o rei, e este manteve Apolonides preso em correntes por dois meses, e foi enterrado vivo quando Amitis morreu.[19]


Zópiro, filho de Megabizo e Amitis, se revoltou contra o rei, após a morte de seus pais, e fugiu para Atenas.[20]



Referências




  1. Heródoto, Histórias, Livro III, Tália, 153 [pt] [el] [el/en] [ael/fr] [en] [en] [en] [es]


  2. ab Heródoto, Histórias, Livro III, Tália, 160 [pt] [el] [el/en] [ael/fr] [en] [en] [en] [es]


  3. abcd Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 26 [em linha]


  4. Heródoto, Histórias, Livro III, Tália, 154 [pt] [el] [el/en] [ael/fr] [en] [en] [en] [es]


  5. Heródoto, Histórias, Livro III, Tália, 156 [pt] [el] [el/en] [ael/fr] [en] [en] [en] [es]


  6. Heródoto, Histórias, Livro III, Tália, 157 [pt] [el] [el/en] [ael/fr] [en] [en] [en] [es]


  7. Heródoto, Histórias, Livro III, Tália, 158 [pt] [el] [el/en] [ael/fr] [en] [en] [en] [es]


  8. Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 31


  9. Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 33


  10. abcd Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 32


  11. Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 36


  12. ab Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 37


  13. ab Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 38


  14. Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 39


  15. abc Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 40


  16. Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 41


  17. abc Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 42


  18. abcd Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 43


  19. ab Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 44


  20. Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 45








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