Aquêmenes (sátrapa)
Nota: Para outros significados de Aquémenes, veja Aquémenes (desambiguação).
Aquêmenes | |
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Morte | 459 a.C. |
Nacionalidade | persa |
Ocupação | sátrapa |
Aquêmenes (persa antigo: Hakhâmaniš, grego clássico: Achaimenes, Ἀχαιμένης) foi filho do rei persa Dario I[1] e da rainha Atossa, e irmão caçula do rei Xerxes I,[2] e membro da dinastia Aquemênida. Ctésias (seção 36 [1]) chama-o de Aquemênides (Achaimenides) e o faz erroneamente irmão de Artaxerxes I. Tinha o mesmo nome do fundador epônimo de sua família, Aquêmenes.
Quando o rei Dario I preparava uma expedição para reprimir uma rebelião na satrapia do Egito, morreu em 485 a.C.. Uma vez que Xerxes permanecia na Pérsia, seu irmão Aquêmenes encarregou-se de comandar a campanha, conseguindo derrotar os rebeldes em 484 a.C..
Desde então, Aquêmenes serviu como sátrapa do Egito, apesar de ter-se poucos registros de seu governo.
Ele foi um dos comandantes da frota persa durante o ataque de Xerxes, nas Guerras Médicas; os outros comandantes eram Ariabignes, filho de Dario e meio-irmão de Xerxes, Prexaspes, filho de Aspathines e Megabazos, filho de Megabates.[2]
Comandou a frota egípcia na Batalha de Salamina (480 a.C.) durante a Segunda Guerra Médica.
Em 459 a.C., contudo, ocupando o cargo de sátrapa do Egito, Aquêmenes foi derrotado e morto pelo rebelde líbio Inaro na Batalha de Papremis (460/459 a.C.), e seu corpo foi enviado a seu sobrinho, o rei Artaxerxes I, filho e sucessor de Xerxes.
Diodoro Sículo descreve assim esta batalha: em 462 ou 461 a.C., quando Conon era arconte de Atenas e Quinto Fábio Vibulano e Tibério Emílio Mamerco eram cônsules romanos (467 a.C.), Artaxerxes I, rei dos Persas, enviou seu tio Aquêmenes ao Egito, comandando mais de trezentos mil soldados, para suprimir uma revolta.[1] A batalha deu-se próxima ao rio Nilo, e os egípcios e os líbios tiveram ajuda de Atenas,[3] que enviou duzentos navios.[4]
A batalha, inicialmente, foi vantajosa aos persas, pelo seu maior número, mas, quando os atenienses tomaram a ofensiva, os persas fugiram,[4] se retirando para uma fortaleza branca, onde foram sitiados pelos atenienses.[5]
Notas
↑ ab Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XI, 74.1
↑ ab Heródoto, Histórias, Livro VII, Polímnia, 97 [pt] [el] [el/en] [ael/fr] [en] [en] [en] [es]
↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XI, 74.2
↑ ab Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XI, 74.3
↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XI, 74.4
Referências
- Este artigo incorpora texto da Encyclopædia Britannica (11ª edição), publicação em domínio público.
Vários autores (1911). «Achaemenes». In: Chisholm, Hugh. Encyclopædia Britannica. A Dictionary of Arts, Sciences, Literature, and General information (em inglês) 11.ª ed. Encyclopædia Britannica, Inc. (atualmente em domínio público)
- M. A. Dandamayev: "Achaemenes", na Enciclopaedia Iranica.
Fontes clássicas |
Heródoto, 3. 12; 7. 7, 97, 236-237
Ctésias, 36-39
Tanto Tucídides como Diodoro Sículo falam da rebelião de Inaro, mas não mencionam Aquêmenes.