Partido Verde (Brasil)
Partido Verde | |
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Número eleitoral | 43 |
Presidente | José Luiz Penna |
Fundação | 17 de janeiro de 1986 (32 anos)[1] |
Registro | 30 de setembro de 1993 (25 anos)[2] |
Sede | Brasília, DF |
Ideologia |
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Espectro político | Centro-esquerda[4][5][6] |
Membros | 367,123 filiados[7] |
Afiliação internacional |
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Prefeitos (2016)[10] | 0000000000000101 101 / 5 568 |
Deputados federais (2018) | 0000000000000004 4 / 513 |
Deputados estaduais (2018)[11] | 0000000000000027 27 / 1 024 |
Vereadores (2016) | 0000000000001519 1 519 / 56 810 |
Cores |
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Página oficial | |
www.pv.org.br | |
Política do Brasil Partidos políticos Eleições |
O Partido Verde (PV) é um partido político brasileiro. Surgiu no cenário político da década de 1980 baseado nas tendências ambientalistas, tendo entre seus articuladores artistas, intelectuais, ativistas, ecologistas.
O partido foi fundado em janeiro de 1986 no Rio de Janeiro. Um grupo composto por escritores, jornalistas, ecologistas, artistas e também por ex-exilados políticos, começou a dar forma ao PV. Participaram neste grupo: Fernando Gabeira, Lucélia Santos, Alfredo Sirkis, John Neschling, Lúcia Veríssimo, Luiz Alberto Py, Carlos Minc, Herbert Daniel e Guido Gelli.[12]
Os principais aspectos programáticos são o desenvolvimento sustentável e a diminuição da desigualdade social. Defende o pacifismo, o federalismo, o parlamentarismo, a democracia direta, uma reforma agrária ecológica, imposto negativo, democratização da mídia e o poder local.[3] Busca o centralismo político. Seu código eleitoral é o número 43,[13] sua cor é o verde e seu símbolo é um V.
Índice
1 História
2 Organização
2.1 Programa partidário
2.2 Diretórios estaduais
2.2.1 Diretório estadual de São Paulo
3 Participação e desempenho eleitorais
3.1 Eleições presidenciais
3.1.1 Candidatura de Marina Silva em 2010
3.1.2 Candidatura de Eduardo Jorge em 2014
3.2 Eleições estaduais
3.3 Eleições parlamentares federais
3.4 Eleições parlamentares estaduais
4 Controvérsias
4.1 Corrupção
5 Referências
6 Bibliografia
7 Ligações externas
História |
Os Partidos Verdes surgiram como instituição política na Tasmânia, Austrália. Um grupo de ecologistas se reuniu pela primeira vez em 1972, com o objetivo de impedir o transbordamento do Lago Pedder. Hoje, o Partido Verde é parte decisiva na política australiana. De lá migrou para a Nova Zelândia e, depois, para a Europa e o restante do mundo. Hoje está constituído em 120 países e é a quarta maior bancada no Parlamento Europeu.[14]
O partido surgiu no cenário político brasileiro da década de 1980, baseado nas convergências ambientalistas existentes na Europa, tendo entre seus primeiros articuladores artistas, intelectuais e ativistas. As manifestações eram pontuais e centradas em questões como as usinas nucleares de Angra dos Reis, a poluição em Cubatão, Amazônia, Pantanal, a caça às baleias.[14]
No Brasil, a primeira manifestação político partidária com o nome de Partido Verde ocorreu no estado do Paraná em 1982. O candidato a Deputado Federal pelo PTB, Hamilton Vilela de Magalhães, utilizou em sua propaganda o nome do Partido Verde e uma baleia como símbolo.[15] A fundação aconteceu em janeiro de 1986 no Rio de Janeiro por Fernando Gabeira, Lúcia Veríssimo, Alfredo Sirkis, Domingos Fernandes, Lucélia Santos, Carlos Minc, John Neschling, Washington Rio Branco, Luiz Alberto Py e Guido Gelli.[12]
No início da formação do Partido, sua ideologia estava voltada tão somente para as questões ecológicas. Contudo, não demorou muito para outros temas ganharem destaque, a exemplo do combate ao racismo, ao machismo, à homofobia, entre outros, divergindo assim do conservadorismo político da época.
A primeira disputa eleitoral deu-se logo no ano de fundação do partido, quando foi lançada a candidatura de Fernando Gabeira ao governo do Rio de Janeiro. Embora tenha havido uma campanha maciça e entusiástica, com momentos marcantes como o abraço à Lagoa Rodrigo de Freitas, ocasião que reuniu cerca de 100 mil pessoas, e a passeata “Fala, Mulher”, que reuniu cerca de 80 mil pessoas no Centro do Rio, a candidatura do verde recebeu forte resistência da mídia conservadora. Fernando Gabeira terminou a disputa com 7,8% dos votos válidos, conquistando o terceiro lugar.[15][14] Carlos Minc foi o primeiro candidato eleito do partido, para o cargo de deputado estadual.[14]
Após as eleições de 1986, o Partido Verde se expandiu para outras regiões. Em 1987, foi organizado em São Paulo e Minas Gerais e, neste mesmo período, deu seus primeiros passos para o Norte e Nordeste.
Logo o partido ganhou projeção nacional. Na Amazônia, o partido conquistou a simpatia do líder seringueiro Chico Mendes, que participou de diversas reuniões e pensava em se filiar ao partido para disputar uma vaga de deputado pelo Estado do Acre, nas eleições de 1990. Infelizmente seu projeto não foi concretizado, pois Chico Mendes foi assassinado em 1988.[16]Fabio Feldmann, como deputado federal, foi o representante da causa verde na Constituinte de 1988 e responsável pelo capítulo ambientalista na Constituição.[14] As perspectivas para as eleições de 1990 eram promissoras. Os Verdes esperavam eleger, pelo menos, cinco deputados federais e dez deputados estaduais. Alguns artistas afiliaram-se ao PV.
Mas em maio de 1990 o partido sofreu um forte golpe, provindo da Justiça Eleitoral, que recusou conceder o registro provisório a legenda. Diversos outros partidos tinham obtido este tipo de renovação antes, mas os juízes decidiram de outra maneira e os Verdes foram proibidos de existir, legalmente. Este episódio, decisivamente, impediu o crescimento do partido como era esperado. Ainda em 1990, impedido mais uma vez de usar sua própria legenda, o PV carioca filiou um de seus ativistas em outro partido e conseguiu, pela primeira vez, eleger um deputado federal.
Em 1992, durante a ECO-92, os verdes de várias partes do mundo se encontraram pela primeira vez no Rio de Janeiro. A partir de então se iniciou a formação da Federação dos Partidos Verdes com o objetivo de cooperação, troca de experiências e consolidação programática. Nas eleições municipais de 1992, os Verdes elegeram 54 vereadores em todo o país e três prefeitos no estado de São Paulo, nas cidades de Campina do Monte Alegre, Pederneiras e Macatuba. Após as eleições, o PV assumiu algumas secretarias de meio ambiente, incluindo algumas capitais como Rio de Janeiro, Salvador e Natal. O período posterior à ECO-92 foi a oportunidade de implantar uma Secretaria de Meio Ambiente na cidade do Rio de Janeiro e tirar do papel algumas reivindicações dos Verdes, como o projeto dos mutirões de reflorestamento e as ciclovias.[14] Os verdes ajudaram a mobilizar a população para o impeachment do presidente Fernando Collor, acusado de corrupção. Aquele momento provocou mudanças nas instituições brasileiras que levaram a investigações também no Congresso Nacional.
Em 30 de setembro de 1993, com o apoio do deputado federal Sidney de Miguel, o primeiro deputado federal do Partido Verde no Brasil (eleito pelo PDT, filiou-se logo depois ao PV), o Partido Verde obteve seu registro definitivo junto à Justiça Eleitoral Brasileira, pois até então o registro era provisório.
Nas eleições de 1994, o PV elegeu para deputado federal o candidato Fernando Gabeira (RJ) e mais quatro deputados estaduais: Edson Duarte, na Bahia; Ronaldo João, em Minas Gerais; Tota Agra, na Paraíba; e Gondim, em São Paulo.
Nas eleições municipais de 1996, o PV elegeu 13 prefeitos em cidades dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, e 189 vereadores em 15 estados da Federação. A maior cidade com uma administração Verde, até então, passara a ser Rio Claro, no estado de São Paulo, sob o comando do prefeito Cláudio de Mauro, e, posteriormente, Guarulhos, em 1998, com o prefeito Jovino Cândido, também no estado de São Paulo.
Em 1997, o Partido Verde cresceu em representatividade com a filiação do ex-prefeito de Vitória e então Governador do estado do Espírito Santo, Vitor Buaiz, que passou a ser o primeiro Governador Verde do Brasil.
Em 1998, os Verdes apresentaram candidatura própria à Presidência da República. Com uma campanha modesta, o candidato Alfredo Sirkis ficou em sexto lugar, com 213 mil votos. A campanha, contudo, serviu para promover o programa do PV. Nesta eleição, os Verdes lançaram candidaturas para os cargos de governador e senador em cinco estados da federação. Em 23 estados, disputaram vagas para os parlamentos estaduais e federal. O Rio de Janeiro reelegeu seu deputado federal, Fernando Gabeira, e foram eleitos para o cargo de deputado estadual. André Lazaroni no Rio, Edson Duarte na Bahia, Sargento Denys na Paraíba, e Luis Carlos Gondin, de São Paulo.[15]
O Partido Verde teve um crescimento substancial de votos nas eleições municipais de 2000: aproximadamente 1,5 milhões, no somatório entre os votos de legenda e nominais. Em número de votos válidos, os Verdes ficaram com a 13.º colocação entre os 30 partidos existentes, mas ainda continuaram discretos em números de prefeitos e vereadores. Elegeram novamente 13 prefeitos e elevaram suas cadeiras nos parlamentos municipais para 315 vereadores. Assumiram, por 120 dias, uma cadeira no Senado com a posse do suplente Júlio Eduardo Gomes Pereira, do Acre. Em 2001, em Canberra, Austrália, aconteceu o Global Greens 2001, encontro mundial dos Partidos Verdes quando foi aprovada a Carta Verde da Terra, o primeiro documento unificado dos partidos verdes mundiais.
Em 2002, em razão das regras eleitorais, o Partido Verde ficou impossibilitado de concorrer à Presidência da Republica, mas apresentou várias candidaturas ao senado e aos governos estaduais. Embora sem êxito, essas candidaturas ajudaram estrategicamente as eleições parlamentares. O partido obteve 2% dos votos válidos para os parlamentos estaduais em todo o território nacional. Foram 1,78 milhões de votos que elegeram 11 deputados. O PV elegeu cinco deputados federais em quatro Estados, obtendo 1,35% (mais de um milhão de votos) dos votos para o parlamento federal. Os eleitos foram Leonardo Matos, por Minas Gerais; Jovino Cândido e Marcelo Ortiz, por São Paulo; Edson Duarte, pela Bahia e Fernando Gabeira, pelo Rio de Janeiro. Nesta mesma legislatura, os deputados federais Sarney Filho, do Maranhão, em 30 de janeiro de 2003 e Vitório Medioli, em 11 de abril de 2005, de Minas Gerais, filiaram-se ao Partido Verde, ficando a bancada federal com sete deputados, permitindo que os Verdes constituíssem a Liderança do PV na Câmara dos Deputados.
Em 2003, o PV integrou a base de apoio do recém-empossado governo federal, assumindo a pasta do Ministério da Cultura, com Gilberto Gil como ministro. Em 2004, em uma memorável eleição municipal, os Verdes elegeram 773 vereadores, obtendo 2,95% dos votos válidos do país. Foram eleitos 55 prefeitos e 68 vice-prefeitos.
Em 2006, os Verdes prepararam a legenda para suplantar a cláusula de barreira até então imposta pela legislação eleitoral (5% dos votos válidos em todo país). Atingem pouco menos de 4% dos votos válidos, e elegem 34 deputados estaduais e 13 deputados federais: Marcelo Ortiz, Dr. Talmir, Dr. Nechar, José Paulo Tófano e Roberto Santiago, por São Paulo; Antônio Roberto, Fábio Ramalho, Ciro Pedrosa e José Fernando Aparecido, por Minas Gerais; Edson Duarte, pela Bahia; Fernando Gabeira, pelo Rio de Janeiro; Lindomar Garçon, por Rondônia; e Sarney Filho, pelo Maranhão. Ainda nesta legislatura, o suplente Edgar Mão Branca é empossado deputado federal pela Bahia, e os deputados federais Henrique Afonso e Luiz Bassuma filiam-se se ao PV, enquanto o deputado Dr. Nechar deixa a legenda. É mantido no cargo de Ministro da Cultura o cantor Gilberto Gil, filiado do Partido Verde.
Em 2008 o PV se fez presente em todos os estados, organizando-se em 49% dos municípios brasileiros (2 730) elegeu sua primeira prefeita de capital, a então deputada estadual Micarla de Sousa, em Natal, Rio Grande do Norte, e mais 76 prefeitos, 152 vice-prefeitos e 1 237 vereadores.
O Partido Verde foi a grande surpresa das eleições presidenciais de 2010, obtendo 20% dos votos válidos com a candidata Marina Silva para presidente e o empresário Guilherme Leal para vice-presidente. Este resultado acabou levando a disputa presidencial para o segundo turno e consolidando o partido como a terceira força política do país. Ainda nesta eleição, o PV lançou candidatos a governador em 10 Estados e no Distrito Federal. Para o cargo de deputado federal, foram eleitos os candidatos Sarney Filho, pelo Maranhão; Roberto Santiago, Guilherme Mussi, Roberto de Lucena, Ricardo Izar e José Luis Penna, por São Paulo; Antônio Roberto e Fábio Ramalho por Minas Gerais; Alfredo Sirkis e Dr. Aluízio, pelo Rio de Janeiro; Lindomar Garçon, por Rondônia; Paulo Wagner, pelo Rio Grande do Norte; Rosane Ferreira, pelo Paraná; e Henrique Afonso, pelo Acre.
Nas eleições presidenciais de 2014, Eduardo Jorge obteve 630 099 votos válidos, 0,61% do total.[17]
Em 1997, o Partido Verde cresceu em representatividade com a filiação do ex-prefeito de Vitória e então Governador do estado do Espírito Santo, Vitor Buaiz, que passou a ser o primeiro Governador Verde do Brasil.
Em 2003, o PV integrou a base de apoio do recém-empossado governo federal, assumindo a pasta do Ministério da Cultura, com Gilberto Gil como ministro.
Em 2008 o PV se fez presente em todos os estados, organizando-se em 49% dos municípios brasileiros (2 730). Elegeu sua primeira prefeita de capital, a então deputada estadual Micarla de Sousa, em Natal, Rio Grande do Norte, e mais 76 prefeitos, 152 vice-prefeitos e 1 237 vereadores.
Em 2010, o Partido Verde obteve 20% dos votos válidos para a Presidência da República com a candidata Marina Silva para presidente e o empresário Guilherme Leal para vice-presidente. Este resultado acabou levando a disputa presidencial para o segundo turno e consolidando o partido como a terceira força política do país.[18]
Atualmente o Presidente Nacional do PV é o potiguar José Luiz de França Penna, que sucedeu o ex-vereador carioca Alfredo Sirkis, ex-secretário municipal de meio ambiente e secretário municipal de urbanismo do Rio de Janeiro.
Nas eleições presidenciais de 2018 o partido não lançou candidatura própria e coligou-se com a REDE, da presidenciável Marina Silva, indicando Eduardo Jorge para compor a chapa de Marina como vice[19].
Organização |
Programa partidário |
Os principais aspectos programáticos do PV são o desenvolvimento sustentável e a diminuição da desigualdade social. Defende o pacifismo, o federalismo, o parlamentarismo, a democracia direta, uma reforma agrária ecológica, imposto negativo, democratização da mídia e o poder local.[3] O PV se identifica com os princípios democráticos e pluralistas: sufrágio universal, pluripartidarismo, voto facultativo, separação de poderes públicos e subordinação das Forças Armadas ao poder civil, livremente eleito pelo povo.[3]
Para evitar a eleição direta, sua executiva permanece provisória, apesar dos 25 anos de existência. A revisão estatutária a partir de 2011 passa a ser proposta pelo grupo interno Transição Democrática. Esse grupo, que tem Marina Silva como referencial, propõe profundas alterações estatutárias e a participação dos filiados "em rede", pela internet, tendo criado um site para estimular esta mobilização. Seus fundadores incluem em seu programa a legalização do casamento homossexual, legalização e descriminalização do aborto e das drogas,[20] mas a partir do ingresso de Marina Silva esta posição está sendo revista por não representar consenso na sociedade brasileira. Marina propôs que tais temas polêmicos sejam submetidos a um plebiscito, o que não ocorreu até o momento.
Diretórios estaduais |
Diretório estadual de São Paulo |
O partido é dividido no estado em 21 bacias hidrográficas, sendo que na capital são 4 bacias. As Bacias Hidrográficas são as administrações regionais do PV no estado de São Paulo. São elas que congregam as executivas municipais do partido.[21]
O presidente estadual do partido era Maurício Brusadin (até a criação do movimento Transição Democrática[22]) e o presidente municipal da capital Carlos Galeão Camacho.
Em 2011, Maurício Brusadin, junto com lideranças de outros estados que se mostram afinados com Marina Silva, criou o movimento Transição Democrática, dedicado à democratização interna do PV. Isto lhe custou o cargo de Presidente Estadual, destituído pelo Presidente Nacional. Atualmente o cargo é ocupado por Marcos Belizário.[23] e o atual presidente municipal da capital é Arnaldo Juste Júnior desde 2016, quando da o falecimento do presidente anterior.
Participação e desempenho eleitorais |
Eleições presidenciais |
Ano | Imagem | Candidato(a) a Presidente | Candidato(a) a Vice-Presidente | Coligação | Votos | % | Colocação |
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1989 | Fernando Gabeira | Maurício Lobo Abreu | sem coligação | 125.842 | 0,17 | 18º | |
1994 | Luiz Inácio Lula da Silva (PT) | Aloizio Mercadante (PT) | PT, PSB, PCdoB, PPS, PSTU e PV | 17.122.127 | 27,04 | 2º | |
1998 | Alfredo Sirkis | Carla Piranda Rabello | sem coligação | 212.984 | 0,31 | 6º | |
2010 | Marina Silva | Guilherme Leal | sem coligação | 19.636.359 | 19,33 | 3º | |
2014 | Eduardo Jorge | Célia Sacramento | sem coligação | 630.099 | 0,61 | 6º | |
2018 | Marina Silva (REDE) | Eduardo Jorge (PV) | REDE e PV | 1.069.577 | 1,00 | 8º |
Candidatura de Marina Silva em 2010 |
Com a influência do grupo da senadora Marina, o PV apresentou crescimento significativo em todo o país, lançando pré-candidatos ao governo em vários estados. Marina Silva foi candidata a presidenta pela sigla nas eleições de 2010 numa chapa "puro-sangue", já que o partido não fez alianças a nível nacional com outros partidos. Na Convenção oficial realizada em 10 de junho de 2010, o Partido Verde homologou sua chapa presidencial para as eleições 2010, com Marina Silva e Guilherme Leal.
Além da chapa presidencial, o PV anunciou os candidatos a governador de dez Estados e o Distrito Federal. Foram confirmados os nomes dos seguintes candidatos a governador: Fernando Gabeira (RJ), Fabio Feldmann (SP), Luiz Bassuma (BA), Eduardo Brandão (DF), José Fernando Aparecido (MG), Sergio Xavier (PE), Paulo Salamuni (PR), Montserrat Martins (RS), Teresa Britto (PI), e Reynaldo Moraes (SE). Os Verdes aprovaram uma moção de repúdio ao relatório com alterações no Código Florestal brasileiro, apresentada no Congresso Nacional, pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).
Em 3 de outubro de 2006, o Partido Verde atingiu 3,6 % de votos válidos, com 3.368.560 de votos. Já nas eleições presidenciais de 3 de outubro de 2010, os votos em Marina Silva contabilizaram quase 20%, 19.636.359 dos votos válidos, sendo registrado pela imprensa brasileira e internacional como o grande responsável por levar a eleição para o segundo turno, tendo sido a candidata mais votada entre os terceiros colocados nas eleições presidenciais desde a redemocratização da Federação brasileira.[24]
Candidatura de Eduardo Jorge em 2014 |
A campanha Nacional do Partido Verde para Presidente em 2014 teve seu financiamento exclusivamente público (Fundo Partidário) e aceitou somente doações de pessoas físicas.[25]Eduardo Jorge e a candidata à vice-presidência, Célia Sacramento, defenderam um modelo de economia baseada no desenvolvimento sustentável, o enxugamento da administração pública e uma reformulação na política de segurança pública. Pretendia orientar as políticas públicas sempre sob a premissa de equacionar social, ambiental e econômico; além de abrir 50% dos 67 parques nacionais ao uso público até 2018, priorizando a criação de um marco regulatório para essas concessões, e proteger a Amazônia e a Mata Atlântica, reduzindo o desmatamento a zero.[26]
Defendeu a reforma política, com a diminuição do número de parlamentares, a junção da Câmara e do Senado, a priorização de votação para as leis de iniciativa popular, o voto facultativo, a eleição distrital mista, além da realização de um plebiscito para a implantação do parlamentarismo no Brasil. Também defendeu a redução do número de ministérios para 14, diminuindo pelo menos em 50% o número de cargos comissionados.[26]
Eduardo Jorge obteve 630.099 votos válidos, 0,61% do total.[17]
No 2º Turno, Eduardo e o PV apoiaram o candidato do PSDB.[27]
Eleições estaduais |
Candidatos majoritários apoiados pelo PV em 2014[28] | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Legenda: em verde estão os candidatos eleitos.
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Candidatos majoritários apoiados pelo PV em 2010[29] | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Legenda: em verde estão os candidatos eleitos.
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Candidatos majoritários apoiados pelo PV em 2006[30] | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Legenda: em verde estão os candidatos eleitos. Obs: nos estados de AC, PB, PE e RN o partido não apoiou candidatos a governador nem a senador.
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Candidatos majoritários apoiados pelo PV em 2002[31] | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Legenda: em verde estão os candidatos eleitos. Obs: nos estados de PE, RO, RR e TO o partido não apoiou candidatos a governador nem a senador.
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Candidatos majoritários apoiados pelo PV em 1998[32] | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Legenda: em verde estão os candidatos eleitos. Obs: nos estados de MS e RR o partido não apoiou candidatos a governador nem a senador.
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Eleições parlamentares federais |
Legislatura | Eleitos[33] | % | AC | BA | MA | MG | PR | RJ | RN | RO | SP | Diferença |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
54.ª (2015-2019) | 10 | 1 | 0 | 1 | 2 | 1 | 2 | 1 | 0 | 2 | -4 | |
54.ª (2011-2015) | 14 | 2,73 | 1 | 0 | 1 | 2 | 1 | 2 | 1 | 1 | 5 | +1 |
53.ª (2007-2011) | 13 | 2,53 | 0 | 1 | 1 | 4 | 0 | 1 | 0 | 1 | 5 | +8 |
52.ª (2003-2007) | 5 | 0,97 | 0 | 1 | 0 | 1 | 0 | 1 | 0 | 0 | 2 | +4 |
51.ª (1999-2003) | 1 | 0,19 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 1 | 0 | 0 | 0 |
A bancada do PV eleita em 2006 para a Câmara dos Deputados foi composta por:
Edson Duarte (BA)
Sarney Filho (MA)- Antonio Roberto (MG)
- Ciro Pedrosa (MG)
- Zé Fernando (MG)
- Fábio Ramalho dos Santos (MG)
Fernando Gabeira (RJ)- Anderson Garçon (RO)
Dr. Talmir (SP)
Roberto Santiago (SP)
Marcelo Ortiz (SP)- João Paulo Toffano (SP)
- Sérgio Antônio Nechar (SP)
Eleições parlamentares estaduais |
Os políticos candidatos filiados ao PV que foram deputados estaduais eleitos em 2006:
Ângelus Figueira (AM)- Zezé Nunes (AP)
- Manoel Mandi (AP)
- Edisio Pacheco (CE)
- Augustinho Moreira (CE)
- Victor Mendes (MA)
- Carlos Filho (MA)
Agostinho Patrus Filho (MG)
Tiago Ulisses (MG)
Rosângela Reis (MG)
Inácio Franco (MG)
Délio Malheiros (MG)
Rômulo Veneroso (MG)
Dr. Hely (MG)- Gabriel Guerreiro (PA)
Deley (PA)
Rosane Ferreira (PR)- Lourival Simões (PE)
André do PV (RJ)- Francisco Gilson Moura (RN)
Paulo Davim (RN)- Luiz Almir (RN)
- Luizinho Goebel (RO)
- Miguel Sena (RO)
- Flávio Chaves (RR)
- Rita Passos (SP)
- Padre Afonso Lobato (SP)
Edson Giriboni (SP)- Reinaldo Alguz (SP)
- Chico Sardelli (SP)
Feliciano Filho (SP)- Armando Batalha (SE)
- Marcello Lélis (TO)
Controvérsias |
Corrupção |
Com base em dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral divulgou um balanço, em 4 de outubro de 2007, com os partidos com maior número de parlamentares cassados por corrupção desde o ano 2000. O PV aparece em último lugar na lista, com uma cassação, empatado com Partido Humanista da Solidariedade (PHS), Partido de Reedificação da Ordem Nacional (PRONA) e Partido Republicano Progressista (PRP).[34]
Referências
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↑ abcd «Partido Verde - Programa: 1 – Princípios». Partido Verde. Consultado em 18 de agosto de 2015.
↑ «Saiba como surgiu e o que defende cada partido». Rede Brasil Sul (RBS). 2 de Outubro de 2014
↑ «Eleições 2014: direita política se populariza no Brasil». Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar. 9 de Dezembro de 2014
↑ «Maioria dos partidos se posiciona como de Centro. Veja quem sobra no campo da Direita e da Esquerda». O Globo. 29 de Março de 2016
↑ «Estatísticas do eleitorado». Tribunal Superior Eleitoral. Consultado em 29 de setembro de 2018.
↑ «Green Parties Around the World». Global Greens. Consultado em 22 de agosto de 2015.
↑ «Federación de los Partidos Verdes de las Américas: Brasil». Federación de los Partidos Verdes de las Américas. Consultado em 22 de agosto de 2015.
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↑ abc «Partido Verde: História do Partido». Site Oficial do Partido Verde. Consultado em 19 de agosto de 2015.
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↑ ab «Eleições 2014: Apuração 1º turno». Valor Econômico. 6 de outubro de 2014. Consultado em 20 de agosto de 2015.
↑ Débora Santos (1 de novembro de 2010). «Marina Silva gastou R$ 24,1 milhões na campanha para presidente». G1.globo.com. Consultado em 20 de agosto de 2015.
↑ «PV confirma aliança com Rede e Eduardo Jorge será vice de Marina - Notícias - UOL Eleições 2018». UOL Eleições 2018
↑ Reprodução Humana e Cidadania Feminina
↑ PV de São Paulo (24 de abril de 2013). «O PV e as Bacias Hidrográficas». Site Oficial do Partido Verde. Consultado em 21 de agosto de 2015.
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↑ «Câmara dos Deputados: Bancada na Eleição». Portal da Câmara dos Deputados. Consultado em 22 de agosto de 2015.
↑ «Desde 2000, 623 políticos foram cassados. DEM lidera ranking». O Globo. Consultado em 11 de julho de 2010.
Bibliografia |
- CARNEVALE, Fabiano. Pétalas do Girassol: identidades e práticas dos partidos ecologistas. Monografia de fim curso, UERJ, 2006. Pode ser baixado aqui.
LOUZEIRO, José. Partido Verde - O clube dos amigos (Com dinheiro do Fundo Partidário). Altadena, 2008.- PÁDUA, J. A.. O nascimento da política verde no Brasil: fatores exógenos e endógenos." In: LEIS, Hector R. (Org.). Ecologia e política mundial. Vozes, 1991.
- RABÓCZKAY, Tibor. Repensando o partido verde brasileiro. Ateliê, 2004.
Ligações externas |
- Website oficial
Informações sobre o Partido Verde, na página do Tribunal Superior Eleitoral.