Hylidae
Hylidae | |||||||||||
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Litoria infrafrenata | |||||||||||
Classificação científica | |||||||||||
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Distribuição geográfica | |||||||||||
Sub-famílias | |||||||||||
Pelodryadinae Phyllomedusinae |
Hylidae é uma família de pererecas selvagens comumente referidas como rainetas, relas ou tanoeiros[1]. No entanto, os hilídeos incluem uma diversidade de espécies de anfíbios, muitos dos quais não vivem em árvores, mas são terrestres ou semi-aquáticos. De pequeno porte, caracterizam-se pelos dedos terminados em ventosa, que lhe permitem prender-se a superfícies verticais. São dotadas de membranas elásticas, localizadas entre os dedos. Podem realizar planagens com até dois metros de distância.
Da família, faz parte a espécie brasileira Phrynomedusa fimbriata, extinta provavelmente por volta de 1920, posto que não há registros de que tenha sido encontrada desde então. Uma das espécies que está ficando conhecida por sua utilização na medicina tradicional é a Phyllomedusa bicolor, da Região Amazônica, com espécies similares na mata atlântica e no cerrado.
Na região norte-fluminense, em Campos dos Goytacazes, é possível se encontrar pererecas próximas às residências (Hyla semilineata) devido à presença de muitas árvores e lagos formados por fortes chuvas.
Importante lembrar que as pererecas, assim como sapos e rãs, estão sendo banidos de seus habitat devido a alterações e destruição destes ambientes. Apesar de causarem certo nojo e pavor, são considerados indicadores de um meio ambiente saudável.
Índice
1 Etimologia
2 Características
3 Classificação
4 Referências
5 Ligações Externas
Etimologia |
"Perereca" origina-se do gerúndio do termo tupi pere'reg, "ir aos saltos"[1]. "Rela" origina-se do latim ranella, o diminutivo de rana ("rã")[2]. "Raineta" origina-se do francês rainette, "rã pequena e arborícola"[3]. "Tanoeiro" vem do céltico tunna, "pele, odre, cuba"[4].
Características |
A maioria dos hilídeos mostram adaptações adequadas para um estilo de vida arbórea, incluindo olhos na frente fornecendo uma visão binocular, e almofadas adesivas nas patas dianteiras e traseiras. Nas espécies não-arbóreas, estas características podem ser muito reduzidas, ou ausentes. As espécies Cyclorana são rãs de toca, que passam grande parte de sua vidas baixo terra.
Os Hilídeos se alimentam principalmente de insetos e outros invertebrados, mas algumas espécies maiores podem alimentar-se de pequenos vertebrados.
Os Hilídeos depositam seus ovos em uma variedade de diferentes lugares, dependendo da espécie. Muitas usam lagoas, outros usam poças d'água que coletam os buracos de suas árvores, enquanto outros usam as bromélias ou outras plantas de retenção de água. Outras espécies colocam seus ovos sobre as folhas de vegetação emergente da água, permitindo que os girinos cair na lagoa quando chocam.
Algumas espécies utilizam correntes rápidas de águas, unindo os seus ovos firmemente ao substrato. Os girinos destas espécies têm otários que lhes permitem agarrar pedras depois que chocam. Outra incomum adaptação é encontrada em alguns hilídeos da América do Sul, que cria os ovos nas costas da fêmea. Os girinos da maioria das espécies de hilídeos têm colocado lateralmente os olhos, e com uma larga cauda estreita, de ponta, filamentosas.
Classificação |
A família foi dividida em três subfamílias de 46 gêneros.[5] Três das subfamílias acima estão incluídos no Hylidae, embora dois deles sejam agora considerados como um só, são monofiléticos. A subfamília Hylinae está dividida, de acordo com alguns autores, em quatro tribos.[6]
- Subfamília Hylinae Rafinesque, 1815
- Gênero Acris Duméril & Bibron, 1841
- Gênero Anotheca Smith, 1939
- Gênero Aparasphenodon Miranda-Ribeiro, 1920
- Gênero Aplastodiscus Lutz, 1950
- Gênero Argenteohyla Trueb, 1970
- Gênero Bokermannohyla Faivovich, Haddad, Garcia, Frost, Campbell & Wheeler, 2005
- Gênero Bromeliohyla Faivovich, Haddad, Garcia, Frost, Campbell & Wheeler, 2005
- Gênero Charadrahyla Faivovich, Haddad, Garcia, Frost, Campbell & Wheeler, 2005
- Gênero Corythomantis Boulenger, 1896
- Gênero Dendropsophus Fitzinger, 1843
- Gênero Diaglena Cope, 1887
- Gênero Duellmanohyla Campbell & Smith, 1992
- Gênero Ecnomiohyla Faivovich, Haddad, Garcia, Frost, Campbell & Wheeler, 2005
- Gênero Exerodonta Brocchi, 1879
- Gênero Hyla Laurenti, 1768
- Gênero Hyloscirtus Peters, 1882
- Gênero Hypsiboas Wagler, 1830
- Gênero Isthmohyla Faivovich, Haddad, Garcia, Frost, Campbell & Wheeler, 2005
- Gênero Itapotihyla Faivovich, Haddad, Garcia, Frost, Campbell & Wheeler, 2005
- Gênero Lysapsus Cope, 1862
- Gênero Megastomatohyla Faivovich, Haddad, Garcia, Frost, Campbell & Wheeler, 2005
- Gênero Myersiohyla Faivovich, Haddad, Garcia, Frost, Campbell & Wheeler, 2005
- Gênero Nyctimantis Boulenger, 1882
- Gênero Osteocephalus Steindachner, 1862
- Gênero Osteopilus Fitzinger, 1843
- Gênero Phyllodytes Wagler, 1830
- Gênero Phytotriades Jowers, Downieb & Cohen, 2009
- Gênero Plectrohyla Brocchi, 1877
- Gênero Pseudacris Fitzinger, 1843
- Gênero Pseudis Wagler, 1830
- Gênero Ptychohyla Taylor, 1944
- Gênero Scarthyla Duellman & de Sá, 1988
- Gênero Scinax Wagler, 1830
- Gênero Smilisca Cope, 1865
- Gênero Sphaenorhynchus Tschudi, 1838
- Gênero Tepuihyla Ayarzagüena, Señaris & Gorzula, 1993
- Gênero Tlalocohyla Faivovich, Haddad, Garcia, Frost, Campbell & Wheeler, 2005
- Gênero Trachycephalus Tschudi, 1838
- Gênero Triprion Cope, 1866
- Gênero Xenohyla Izecksohn, 1998
- Subfamília Pelodryadinae Günther, 1858
- Gênero Litoria Tschudi, 1838
- Subfamília Phyllomedusinae Günther, 1858
- Gênero Agalychnis Cope, 1864
- Gênero Cruziohyla Faivovich, Haddad, Garcia, Frost, Campbell & Wheeler, 2005
- Gênero Phasmahyla Cruz, 1991
- Gênero Phrynomedusa Miranda-Ribeiro, 1923
- Gênero Phyllomedusa Wagler, 1830
Hyla versicolor
Litoria wilcoxi
Hyla japonica
Phyllomedusa sauvagii
Referências
↑ ab FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 308
↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 478
↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 446
↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 647
↑ Frost, D.R. (2014). «Hylidae». Amphibian Species of the World: an Online Reference. Version 6.0. American Museum of Natural History, New York, USA. Consultado em 26 de julho de 2014.
↑ Faivovich, J. et.al. (2005). «Systematic review of the frog family Hylidae, with special reference to Hylinae: a phylogenetic analysis and taxonomic revision». Boletim do American Museum of Natural History. 294 (1): 1–240. doi:10.1206/0003-0090(2005)294[0001:SROTFF]2.0.CO;2
Ligações Externas |
- Clasificación de los Hylidae