Ruivães (Vieira do Minho)
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Freguesia portuguesa extinta | ||||
Ruivães Localização de Ruivães em Portugal Continental | ||||
Coordenadas | ||||
Concelho primitivo | Vieira do Minho | |||
Concelho (s) atual (is) | Vieira do Minho | |||
Freguesia (s) atual (is) | Ruivães e Campos | |||
Extinção | 28 de janeiro de 2013 | |||
Área | ||||
- Total | 31,26 km² | |||
População (2011) | ||||
- Total | 738 | |||
• Densidade | 23,6 hab./km² | |||
Orago | São Martinho |
Ruivães é uma freguesia portuguesa do concelho de Vieira do Minho, com 31,26 km² de área e 738 habitantes (2011)[1]. Densidade: 23,6 hab/km².
Foi agregada pela reorganização administrativa de 2012/2013,[2] integrando a União das Freguesias de Ruivães e Campos.
Reclinada numa vertente da serra da Cabreira, o território da antiga freguesia de Ruivães fica situado na margem esquerda do rio Rabagão e do rio rio Cávado, sendo atravessado pelo rio Saltadouro.
Ruivães engloba os lugares de Arco, Espindo, Frades, Honras (Botica, Santa Leocádia, Soutelos e Paradinha), Picota, Quintã, Vale, Vila e Zebral.
Índice
1 População
2 História
3 Património
4 Património Religioso
5 Ponte da Misarela e Lenda da Misarela
6 Festas e Romarias
7 Ver também
8 Ligações externas
9 Notas e Referências
População |
População da freguesia de Ruivães [3] | ||||||||||||||
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1864 | 1878 | 1890 | 1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 |
1 225 | 1 392 | 1 558 | 1 640 | 1 744 | 1 596 | 1 576 | 1 685 | 1 927 | 1 937 | 1 384 | 1 345 | 1 094 | 931 | 738 |
História |
Em tempos, a freguesia foi reitoria da apresentação do reitor de Santa Maria de Veade. Chamou-se antigamente Vilar de Vacas e vem mencionada pela primeira vez em documentos de 1426. Pertenceu à Casa de Bragança e à província de Trás-os-Montes.
Foi uma das «Sete Honras de Barroso» e constituiu, em conjunto com a freguesia de Campos, o couto de Ruivães. Foi vila e sede de concelho extinto em 31 de Dezembro de 1853. Em 1836 pertencia à comarca de Chaves e, em 1842, como julgado e concelho, reunia as freguesias de Cabril, Campos, Covelo do Gerês, Ferral, Pondras, Reigoso, Ruivães, Salto, Venda Nova e Vila da Ponte. Com a extinção do concelho em 1853 as freguesias passaram para o concelho de Montalegre, com a excepção de Ruivães e Campos que passaram a integrar o concelho de Vieira do Minho. Tinha, em 1849, 6 232 habitantes.
Possuía forca no lugar da Tojeira, da qual já não resta qualquer testemunho ou vestígio.
Em 1695 existia já o morgado de Ruivães, de que foi seu instituidor Gervásio da Pena Miranda. Deste descende toda uma linha de ilustres capitães-mores, senhores da Casa de Dentro.
Além das invasões francesas, Ruivães foi palco de acesas lutas entre liberais e miguelistas e numa das suas casas esteve aquartelado Paiva Couceiro e suas tropas em 1919. Do último capitão-mor de Ruivães, miguelista convicto, conta-se que terá sido assassinado por ordens dos liberais vitoriosos em 8 de Junho de 1832, quando seguia de sua casa — Casa de Dentro — para o Gerês, a tomar águas. Foi, também, palco do Combate de Ruivães.
Património |
- Pelourinho de Ruivães
Ponte de Mizarela ou Ponte dos Frades, no lugar de Frades (na outra margem, o lugar de Sidrós - Vila Nova - freguesia de Ferral - concelho de Montalegre)
Ponte Velha, Ponte de Pedra ou Ponte da Rês, em Ruivães
Gravuras rupestres do Zebral ou Laje dos Cantinhos
Casa de Dentro "Capitão-mor"- casa de elevado interesse arquitectónico, convertida em Turismo de Habitação
- Cemitério de S. Cristóvão
Ponte do Caldeirão, Zebral
Serradela, zona de lazer
Património Religioso |
- Igreja paroquial de Ruivães
- Capela da Roca
Capela de N. Srª da Saúde, em Vale
Capela de N. Srª dos Remédios, na Botica
Capela de N. Srª do Amparo, em Frades
Capela de Stª Isabel, em Espindo
Capela de S. Pedro, em Zebral- Diversas Alminhas e nichos religiosos espalhados pela freguesia.
- Capela de Santa Teresa de Jesus
Ponte da Misarela e Lenda da Misarela |
A Ponte de Mizarela fica a cerca de 1 km da confluência do Rio Rabagão e do rio Cávado, próximo da povoação de Frades, e era a única ligação que permitia passar para a outra margem, pertencente ao concelho de Montalegre. Segundo a lenda, esta ponte foi construída pelo Diabo.
- Havia um mau homem em terras de Além Douro, a quem a justiça, encarniçadamente perseguía, por vários crimes e que sempre escapava, como conhecedor que era dos esconderijos proporcionados pela natureza. Apertado, porém, muito de perto, embrenhou-se um dia no sertão e, transviado, achou-se de repente à borda de uma ribeira torrencial, em sítio alpestre e medonho, pelo alcantilado dos penedos e pelo fragor das águas que ali se despenhavam em furiosa catadupa. Apelou o malvado para o Anjo-Mau e tanto foi invocá-lo que o Diabo lhe apareceu. “Faz-me transpor o abismo e dou-te a minha alma”, disse-lhe. O Diabo aceitou o pacto e lançou uma ponte sobre a torrente. O réprobo passou e seguiu sem olhar para trás como lhe fora exigido, mas pouco depois sentiu grande estrépito, como de muitas pedras que se derrocavam, e ninguém mais ouviu falar da improvisada ponte. Os anos volveram e, enfim, chegou a hora do passamento. Moribundo e arrependido, confessou ao sacerdote o seu pacto. Este foi ao sítio da ponte e tratou igual pacto com o Diabo. A ponte reapareceu e o sacerdote passou, mas tirando rápido, um ramo de alecrim, molhou-o na caldeirinha que levava oculta, três vezes aspergiu, fazendo o sinal da cruz e pronunciando as palavras sacramentais dos exorcismos. O mesmo foi fazê-lo que sumir-se o Demónio, deixando o ar cheio de um vapor acre e espesso, de pez e resina, de envolta com cheiro sufocante de enxofre, ficando de pé a ponte.
Festas e Romarias |
São várias as festas e romarias realizadas na antiga freguesia, a saber: a 13 de Junho celebra-se o St.º António nos lugares da Botica e de Zebral; o S. Pedro em Zebral celebra-se no último fim-de-semana de Junho; em Julho, celebra-se a Festa de St.ª Isabel em Espindo, a Festa de N. Sr.ª da Saúde em Vale e, a Festa de N. Sr.ª do Amparo em Frades, no primeiro, segundo e terceiro fim-de-semana, respectivamente; as Festas de Ruivães (Vila, Quintã e Picota) celebram-se no terceiro fim-de-semana de Agosto em honra de St.ª Bárbara, St.ª Teresa, S. Cristóvão e S. Sebastião; em Setembro, nos dias 7 e 8, celebra-se a Festa de N. Sr.ª dos Remédios, na Botica.
Ver também |
- União das Freguesias de Ruivães e Campos
Ligações externas |
- Página da aldeia de Espinho, pertencente à antiga freguesia de Ruivães
- Página da aldeia de Santa Leocádia (Honras)
"Vila de Ruivães" - www.ruivaes.com - página sobre a freguesia de Ruivães
Notas e Referências
↑ «População residente, segundo a dimensão dos lugares, população isolada, embarcada, corpo diplomático e sexo, por idade (ano a ano)». Informação no separador "Q601_Norte". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 9 de Março de 2014. Cópia arquivada em 4 de Dezembro de 2013
↑ Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Reorganização administrativa do território das freguesias, Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro, Anexo I. Acedido a 19/07/2013.
↑ Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes