São Raimundo Esporte Clube (Manaus)
Nome | São Raimundo Esporte Clube (Manaus) | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Alcunhas | expandir lista:
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Torcedor/Adepto | São-raimundense Alvi-celeste (Colinense) Bucheiro | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Mascote | Tufão | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Fundação | 18 de novembro de 1918 (100 anos) | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Estádio | Ismael Benigno (Colina) | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Capacidade | 10.000 espectadores | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Presidente | Francisco Nonato Boary | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Treinador | Marquinhos Pitter | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Patrocinador | Prado Som Car Shop do Pé Vical Transporte e Turismo | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Material (d)esportivo | Icone Sports | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Competição | Campeonato Amazonense | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Temporada atual | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
O São Raimundo Esporte Clube ou apenas São Raimundo é um clube esportivo brasileiro com sede na cidade de Manaus, capital do estado do Amazonas, cujo nome é em homenagem ao bairro homônimo, no subúrbio da capital amazonense. Foi fundado oficialmente em 18 de novembro de 1918, a partir junção do seu precursor Risófolis Clube Recreativo e de outros clubes amadores do bairro.
Recebe a alcunha de "Tufão da Colina" que também lhe serve como mascote, as cores azul royal e branco são suas cores oficiais. Sendo sua principal modalidade, o futebol, é um dos principais times do Amazonas, tendo conquistado 7 Campeonatos Amazonenses e 3 Copas Norte, sendo o maior campeão do torneio regional e o único time amazonense que conquistou títulos oficiais fora do Estado. Em âmbito nacional, possui 1 vice-campeonato do Campeonato Brasileiro de Futebol - Série C. Entre outros feitos, o São Raimundo foi o único do clube amazonense a ter participado de um torneio internacional oficial, a Copa Conmebol de 1999, da qual foi semifinalista. O clube ainda participou por seis edições seguidas da Série B e oito edições da Copa do Brasil.
Índice
1 História
1.1 A união dos percursores
1.2 Os fundadores e o nascimento para o futebol
2 Símbolos
2.1 Escudo
2.2 Cores
2.3 Estrelas
2.4 Uniforme
2.5 Mascote
2.6 O Hino
2.7 Alcunhas
3 Futebol: do amadorismo até as maiores conquistas que o Amazonas já teve
3.1 O Primeiro Jogo Interestadual em 1929
3.2 Amadorismo até 1955
3.3 Todo Poderoso Tufão
3.4 O promissor inicio da década de 60
3.5 Jejum de 30 anos sem título[3]
3.6 Reorganização em 1996 e Renascimento em 1997
3.7 A partir de 1998, as glórias!
3.8 Consolidação e nova decadência
3.8.1 Rebaixamento à Série C
3.9 2007, o divisor de águas
3.10 Campanhas Pós-Rebaixamento
4 Atualmente
5 Notáveis
5.1 Ídolos
5.2 Jogadores
5.3 Dirigentes
5.4 Treinadores
5.5 Elenco atual
6 Rivalidades
6.1 O Clássico Galo Preto
6.2 Clássico da Luta
6.3 Clássico Azul ou São-Nal
6.4 Clássico São-Fast
7 Patrimônio
7.1 Estádio
7.2 Sede
8 Torcida
9 Estatísticas
9.1 Internacionais
9.2 Nacionais
9.3 Estadual
10 Títulos
11 Campanhas notórias
12 Rankings
12.1 Ranking da CBF
12.2 Outros Rankings
13 Ver também
14 Referências
15 Ligações externas
História |
O São Raimundo Esporte Clube foi fundado oficialmente no dia 18 de novembro de 1918, logo após do fim do "boom" da Borracha em Manaus. O nome deve-se a comunidade onde este é sediado, que por fim deve este nome ao santo, São Raimundo Nonato, que nasceu em 1204, na Espanha. O bairro em Manaus foi, por muito tempo, latifúndio da Igreja Católica, no século XIX, onde foi povoado por imigrantes nordestinos, imigrantes do interior amazônico e afrodescendentes. O bairro de São Raimundo está localizado do lado oposto do Centro histórico de Manaus, separado pela Ponte Fábio Lucena, que foi inaugurada em 1986.
A união dos percursores |
Antes do São Raimundo ser oficialmente fundado, considera-se que o clube teve alguns percursores entre 1915 e 1918 como outros clubes que pode ser considerado o próprio São Raimundo ainda em existência informal. Em 1915, época do "boom" no futebol no Amazonas, foi fundado o Risópolis Clube Recreativo por ideal de Francisco Rebelo e o Professor Assis. Mais tarde, em maio de 1918, o Risópolis passa a se chamar Risofólis que meses depois, após a fusão de alguns times amadores do bairro, é fundado oficialmente o São Raimundo Esporte Clube, nascido da união dos futebolistas locais para representar o bairro no esporte e as demandas sociais da comunidade, como era costume.
Os fundadores e o nascimento para o futebol |
Alguns dos fundadores do São Raimundo são: Belmiro Costa, Olímpio Carvalho, Carlos Frederico, José Quincas, Vidal, Sena e Queiróz. O presidente desse novo clube era Francisco Rebelo, idealizador do Risófolis anos antes e de outros clubes.
A Primeira sede do São Raimundo localizava-se na mesma "rua da Ponte", a rua 5 de setembro. Antes de ter uma sede, as reuniões do clube eram em locais aleatórios e o seu campo velho de treinamento ficava onde hoje encontra-se o Colégio Estadual Pedro Silvestre e a atual sede social do clube.
Apesar do sobrenome fazer referência ao "Esporte Clube", o São Raimundo nasceu para prática do esporte bretão, tanto que nos primeiros artigos do estatuto está destacado que os seus associados devem sempre priorizar a prática do futebol, mesmo que seja em detrimento de outros esportes.
Desde a sua fundação, o São Raimundo viveu grande parte de sua existência disputando torneios não oficiais e amadores, mas sua força já era reconhecida, pois arrastava multidões para apoiá-lo. O clube filiou-se à FADA (precursora da FAF) somente no final de 1955, disputando a Primeira Divisão do estadual em 1956, junto com os "grandes" de Manaus, que em sua maioria eram clubes da elite amazonense. Surgia então, o "estranho no ninho", o clube que tinha suas origens proletárias de uma região suburbana da capital e com apoio do povão.
Símbolos |
Escudo |
O escudo é uma inspiração que veio do time carioca São Cristóvão de Futebol e Regatas, antigo clube tradicional do Rio de Janeiro, que foi campeão do Torneio Início do Campeonato Carioca em 1918, além da inspiração, há a semelhança de ser um time nascido nos braços da comunidade e ambas regiões, bairros do São Raimundo e São Cristóvão, contam com características geológicas de colinas margeada por rios, onde pescadores e comerciantes atracavam para acessar a vila, sendo um elo de ligação entre o subúrbio e o centro urbano da capital.
O escudo está descrito no estatuto do clube, no artigo 86, parágrafo III: "...é representado por uma figura geométrica, sua base será uma linha curva, côncava, de cujas extremidades partirão duas linhas menores, convexas, entre si, das extremidades destas sairão duas linhas, aproximadamente da mesma dimensão, retas e um pouco inclinadas para o interior, linhas estas ligadas entre si por uma outra reta horizontal, fechando desse modo a figura. Atravessará a figura uma faixa em sentido transversal, composta de duas linhas paralelas traçadas de maneira a formar um ângulo com a reta horizontal superior, partindo das extremidades, pequena curva convexa direta. A faixa conterá o nome do clube no centro do espaço compreendido entre a faixa e a reta horizontal superior, um pouco para a esquerda, haverá uma pequena circunferência imitando uma bola de futebol, donde partirão seis raios azuis, irregulares. O espaço inferior compreendido entre a faixa e a côncava da base, será cortado por onze (11) listras perpendiculares, azuis e brancas, intercaladas de modo que a primeira e a última sejam azuis".
Por muitos anos houve mudanças no escudo e vinha sendo utilizado um escudo diferente do que estava descrito no estatuto. Com o surgimento de novas mídias digitais era necessário modernizar e corrigir o escudo, então, em 2017, a empresa de marketing digital Fermen.to e o designer Bernardo Bulcão foram convocados pela diretoria do clube para realizar o trabalho de desenvolver um novo escudo[1], sendo moderno e de acordo com a descrição do Estatuto, as novas adaptações foram trabalhadas um novo aspecto visual, facilitando a identificação da marca perante ao público e a modelagem em mídias online, impressa, e trabalhos em 3D por exemplo.
Cores |
No início cogitaram adotar a cor vermelha em referência às vestes túnicas do santo São Raimundo Nonato, padroeiro da comunidade. Porém, tecidos nas cores vermelhas eram raros e caros (principalmente pelo colapso da indústria têxtil durante a Primeira Guerra Mundial), sendo que para um clube que estava nascendo no subúrbio não poderia fazer extravagancias como os outros times da burguesia amazonense, que mandavam confeccionar seus uniformes na Europa.
Esses fatores foram decisivos para que o São Raimundo procurasse uma uma alternativa bem mais econômica, adotando cores mais comuns - de fácil acesso no comércio manauara na época - e adotou-se o Azul Royal e branco, como cores oficiais, definidas no artigo 86, parágrafo V, do seu estatuto.
Estrelas |
Ultimamente o clube ostentava 7 estrelas, sendo que as três estrelas superiores representam a conquista do campeonato interestadual Copa Norte, cada uma nos respectivos anos: 1999 – 2000 – 2001. E as 4 estrelas inferiores destacava os títulos Estaduais de 1997, 1998, 1999 e 2004.
O Tufão da Colina orgulha-se dos 7 títulos estaduais (1961, 1966, 1997, 1998, 1999, 2004 e 2006) que possui até agora. Cada um com a sua grandeza, raça e muita luta dentro das 4 linhas, e considera que nenhum é mais importante que o outro.
Com isso, atualmente, ostenta somente as três conquista interestadual, sendo o único time amazonense que conquistou títulos oficiais fora do Amazonas e só será modificado quando o clube obtiver conquistas superiores a nível regional.
Uniforme |
O uniforme principal do São Raimundo é caracterizado por camisas com listras verticais alternando entre as cores azul royal e branco, com o escudo no lado esquerdo próximo ao coração, combinado com shorts e meias azuis. O uniforme reserva é na cor branca.
Durante sua história o clube já usou outros modelos como uma camisa totalmente azul e também uma camisa azul com uma faixa horizontal branca na barriga, sendo que esta última, curiosamente consta no seu estatuto como segundo uniforme oficial (artigo 86, parágrafo VII - O segundo uniforme será todo azul Royal circundado ao centro por uma listra horizontal branca de doze centímetros, contendo na frente o escudo do clube), mas só há registro de uso na década de 60. Com o passar dos anos o clube adotou o azul-celeste como alternativa ou detalhes, devido a proximidade com o hino oficial e a alcunha alvi-celeste adotada nos anos 90.
Seu material esportivo já foi produzido por empresas como Scoring, Penalty, Wilson, Bomache, Siker e atualmente pela Icone Sports.
Mascote |
O mascote do São Raimundo é o "Tufão", o que surgiu como uma alcunha, adotada no hino e que acabou virando mascote do clube. A exemplo do Fast Clube, o São Raimundo não tinha devidamente um mascote, então sua torcida adotou por um grande período o personagem de desenhos animados Taz-Mania como representação de seu mascote.
O Taz-Mania é um diabo-da-tasmânia, animal que habita somente a ilha australiana da Tasmânia. Por isso, o Diabo-da-tasmânia chegou a ser cogitado como mascote do clube, porém não se confirmou. O que motivou o apreço da torcida pelo mascote foi pelo fato deste surgir em forma de redemoinho, como prova de sua ira, nos desenhos animados, a torcida associou isso ao tufão.
O mascote oficial do clube (tufão) não tem uma personificação oficial, sendo que atualmente encontra-se utilizado apenas na alcunha do clube. O mascote do clube, se assemelha ao “Furacão” do tradicional clube brasileiro Atlético-PR.
O Hino |
O hino do São Raimundo é de autoria de Francisco da Silva e foi composto em 1997.
Hino do São Raimundo Avante, avante, avante! Clube do meu coração Tua torcida é sincera E cheia de emoção. Vibra com o azul do céu Levando o branco da paz e da harmonia Gritando: Tufão! Tufão! Numa explosão de amor e alegria. - Avante, avante, avante! Clube do meu coração Tua torcida é sincera E cheia e emoção. Vibra com o azul do céu Levando o branco da paz e da harmonia Gritando: tufão! tufão! Numa explosão de amor e alegria. - São Raimundo me fascinas No campo ou em qualquer lugar Vem do alto da colina A força para lutar! - Vamos meu clube querido Pro gramado com muita união Buscando novas alegrias Mostrando que és o campeão! |
Alcunhas |
Ao clube foram dadas muitas alcunhas ao longo da história, com sentidos diferentes. Apelidos como "Tufão da Colina", "Alvi-azul" e "Alviceleste" foram dados por sua torcida, outros foram dados em sentido pejorativo pelos rivais e adotados por seus torcedores, como o apelido "Bucheiros" onde os rivais tentavam menosprezar o clube através de sua modesta capacidade financeira.
Futebol: do amadorismo até as maiores conquistas que o Amazonas já teve |
O Primeiro Jogo Interestadual em 1929 |
Na noite de sábado do dia 21 de julho de 1929, o Paysandu Sport Club embarca no navio a vapor Baependy, rumo a sua primeira excursão de jogos amistosos na capital Amazonense. Chegando em Manaus, foi recepcionado pela FADA e ficou decidido que o Paysandu realizaria partidas contra Cruzeiro do Sul, Rio Negro, Nacional e seleção do Amazonas.
Após enfrentar os times elitizados da cidade (empatando com o Cruzeiro do Sul e Nacional; e golear o Rio Negro por 8x0), a diretoria do time suburbano do São Raimundo resolveu ousar e convidou o campeão paraense para um grande amistoso na sua comunidade. O jogo não estava programado, mas a delegação paraense fez questão de aceitar o convite de bom grado, pegando o barco rumo ao bairro periférico da cidade.
A partida foi marcada para uma terça-feira 6 de agosto. No dia do duelo, todo o comércio foi fechado para que todos os habitantes do local acompanhassem a partida. Naquele dia, antes do jogo, a diretoria do São Raimundo ofereceu uma churrascada para a delegação do Paysandu, no almoço. O confronto foi no campo velho do São Raimundo, resultando em um empate de 2 x 2. Após o fim do jogo, ambos os times dirigiram-se à antiga sede social do São Raimundo, acompanhados de muitos populares, onde houve mais uma bela recepção para os visitantes, com mais comida, cerveja e muita festa.
Amadorismo até 1955 |
O São Raimundo disputou até o final de 1955 campeonatos amadores pelos bairros de Manaus. Apesar de quase 40 anos iniciais no futebol amador, o clube já arrastava uma multidão de torcedores aos seus jogos. Seu primeiro rival foi o Sul-América, time do bairro vizinho, que ficou conhecido como Clássico Galo-Preto. Apesar do Sul-América ser 21 anos mais jovem que o São Raimundo, o time do bairro da Glória foi o primeiro a se "profissionalizar" associando-se a FADA, o que instigou a diretoria do São Raimundo não querer ficar atrás do rival
Todo Poderoso Tufão |
O apelido "Tufão da Colina" surgiu em 1956, quando o São Raimundo disputou o seu primeiro campeonato na elite. Como era um time recém saído dos jogos amadores, os outros times e a imprensa não acreditavam muito no time suburbano, apesar da já conhecida fama de vitorioso pelos bairros de Manaus. E diante de jogos arrasadores, o radialista Irisaldo Godôt redeu-se ao São Raimundo, intitulando-o como Tufão da Colina, que chega forte como um tufão e por onde passa causa destruição nos adversários.
Irisaldo Godôt foi jornalista chefe de esporte do "O Jornal e Diário da Tarde", ex-diretor da Imprensa Oficial, primeiro presidente entidade dos cronistas esportivos, fez parte do grupo executivo da construção do Vivaldão e tem seu nome no ex-Beco Carlos Alves no bairro da Raiz. Também na Colônia Santo Antônio, ex-Rua Santo Amaro.
Como o clube está sediado em uma área suburbana da capital amazonense, era tratado pejorativamente pelos rivais elitizados e a alta sociedade amazonense como de “Mundico” ou “Bucheiros”, pois a área era um local de pobres imigrantes nordestinos, população afrodescendente e de operários do matadouro de animais onde limpavam a carne para ser comercializada.
Quando começou a bater de frente com os outros times da elite amazonense e ganhar títulos, a torcida abraçou e transformou o que era pejorativo em alcunhas carinhosas de muito orgulho. Logo veio também o “O Time do Povo”, “São Rai” ou ainda “Time de Favela”.
O promissor inicio da década de 60 |
Durante seus primeiros anos no estadual, o São Raimundo mostrava que vinha para incomodar e ser uma grande pedra no sapato dos adversários. Depois dos primeiros anos, na sua sexta participação na Primeira Divisão, o clube da Colina conquistou seu primeiro campeonato Amazonense, em 1961, época em que o futebol do Amazonas ainda era amador.
Em 1964 o São Raimundo sem grandes posses, levou o futebol em frente e permaneceu no estadual e logo mostrou força. No primeiro estadual como time profissional, o clube alviceleste surpreendeu a todos conquistando o Segundo Turno depois de quase ser eliminado no primeiro turno qualificatório. Na final enfrentou o Nacional e perdeu o campeonato nas finais disputadas em 1965. Fato curioso desse campeonato era que no Estádio da Colina o São Raimundo era praticamente imbatível jogando do lado de sua torcida e o Nacional, com medo de jogar a final lá, manipulou o sorteio do local do jogo para que fosse realizado no Parque Amazonense.[2]
Porem, dois anos depois veio enfim seu segundo campeonato, em 1966. Numa disputa em pontos corridos, o "Tufão" conquistou o título na última rodada após um empate no Rio-nal que era tratado como a final do Campeonato, o que evitou que um dos dois o ultrapassasse.
São Raimundo nas suas 10 primeiras edições do estadual (1956-1966):
- Campeão em 1961
- Vice-campeão em 1964
- Campeão em 1966 (Primeiro campeão da era profissional no certame organizado pela FAF)
Jejum de 30 anos sem título[3] |
Após o título de 1966, veio a escassez de títulos, entretanto, engana-se quem acha que o São Raimundo sumiu. Apesar da crise que resultou na ausência de alguns campeonatos, o Time do Povo, foi na contramão dos times elitizados de Manaus e valorizava os jogadores “pratas da casa”, pois a comunidade era um celeiro de craques.
Diante de times que traziam jogadores consagrados de fora do Estado, o time de bucheiros chegou a algumas finais de campeonato e com a força da sua torcida em seu estádio, era uma pedra gigantesca no sapato dos adversários.
O clube passou por diversas dificuldades, que rebaixaram seu poder econômico. Nos anos 80, o clube quase vendeu seu estádio e quase fecha suas portas, inclusive não disputou os campeonatos de 1981 e 1982.
Nos anos de 1993, 1994 e 1995 a fraqueza financeira não permitiu que o clube disputasse o Amazonão, até que Ivan Guimarães e Maneca assumiram seu departamento de futebol e o alavancam no cenário regional e nacional.
Reorganização em 1996 e Renascimento em 1997 |
O São Raimundo, a partir de 1996, "renasceu" para o futebol do Amazonas. Ivan Guimarães e Maneca, o primeiro ex-radialista esportivo e o segundo, ex-presidente do Nacional durante 10 anos, colocaram a ideia para a presidência do São Raimundo de se criar um Departamento Autônomo dentro do clube. Orlando Saraiva (então presidente do São Raimundo) e outros diretores acataram e acreditaram na ideia. O que eles iriam perder? A partir daí o São Raimundo chamou Aderbal Lana, que tinha um histórico recente muito bom no futebol amazonense, conquistando títulos e boas campanhas a nível nacional também com o Nacional.
- A primeira competição fora do estado, a Série C de 1996.
No estadual de 1996 o clube ficou em quarto lugar e como o Amazonas teria três vagas, ficaria fora da Série C. Porem, o vice-campeão daquele ano, o Cliper, não demonstrou interesse em participar do torneio Nacional e o São Raimundo acabou herdando a vaga. A Série C daquele ano iniciaria dois dias depois do termino do estadual.
O São Raimundo entrou no Grupo 1, com Rio Branco-AC, Ji-Paraná e Rio Negro, o rival amazonense acabou desistindo da competição.
Os jogos do clube naquela edição foram:
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- Primeiros frutos, o estadual de 1997
Em 1997 tudo começou a dar certo para o São Raimundo, primeiro dois grandes oponentes Nacional e Rio Negro saíram do estadual, assim o clube se tornava o centro das atenções no futebol do estado naquele ano, principalmente pelos nomes que estavam a frente do seu departamento de futebol. Depois de um primeiro semestre inteiro sem disputas, foi o único clube amazonense interessado em disputar a Série C daquele ano, e a disputou simultaneamente com o estadual.
Resultados na Série C 1997 O clube apresentou melhoras com relação ao ano anterior, mas não conseguiu o acesso: Na Primeira fase o clube se classificou em primeiro lugar sem enfrentar grandes dificuldades:
Na segunda fase, ainda mostrando fragilidade, foi eliminado em jogos contra o pequeno Santa Rosa, do Pará.
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No estadual, sem Nacional e Rio Negro, encontrou forte rival no Princesa, com quem disputou ponto a ponto o título daquele ano, enfrentando-o na final e levando a melhor por ter a melhor campanha na primeira fase após vitória de 1x0 e derrota por 2x1.
A partir de 1998, as glórias! |
- 1998
Em 1998 o clube conquistou seu bicampeonato estadual, esse sem questionamentos pois Nacional e Rio Negro estavam em campo, decidindo com o último a taça e vencendo por 2x1. Foi finalista da Copa Norte, perdendo o título nos pênaltis para o clube maranhense Sampaio Corrêa. Na Série C chegou até à quarta fase, uma antes do tradicional quadrangular da Série C, sendo eliminado nos pênaltis pelo Itabaiana-SE.
- 1999 o grande ano.
Em 1999, iniciou a temporada vencendo com louvor sua primeira Copa Norte, desforrando também nos pênaltis a derrota imposta pelo Sampaio Corrêa no ano anterior. Levou seu tricampeonato estadual vencendo os dois turnos, num jogo de título épico contra o Rio Negro. Na Série C conseguiu o acesso à Série B sendo o vice-campeão, ficando atrás apenas do Fluminense-RJ.
Naquele ano, foi indicado para a disputa da Copa Conmebol por ter sido campeão da Copa Norte, e foi semifinalista do torneio continental sendo eliminado pelo CSA-AL.
Consolidação e nova decadência |
Nos anos 2000 o São Raimundo se consolidou como uma grande força no futebol do Amazonas e da região Norte. Foi finalista da Copa Norte em 2000, 2001 e 2002, últimas edições do torneio, vencendo em 2000 e 2001 contra Maranhão e Paysandu respectivamente, perdendo em 2002 para este último. Na Série B de 2000 terminou a fase regular em 2º lugar do seu grupo(a Série B era dividida em dois grupos regionalizados como hoje é a Série C), sendo eliminado de forma surpresa nas oitavas de final pelo Bangu, como castigo pela eliminação, o clube que estava entre os quatro melhores da primeira fase terminou em 11º lugar. Nos anos seguintes o clube esteve na metade de baixo da tabela, caindo em 2006 depois de sete temporadas no 2º nível mais importante da pirâmide do futebol brasileiro.
No estadual, em 2000 o clube teve sua sequência de estaduais interrompida pelo Nacional, voltando a vencer apenas em 2004, conquistando seu último em 2006. A partir de sua queda à Série C em 2006, o clube apresentou resultados inexpressivos e voltou a frequentar posições baixas no campeonato amazonense, flertando com o rebaixamento em algumas temporadas.
Desde 2007, quando foi eliminado entre os piores da Série C, o São Raimundo não disputa qualquer torneio fora do estado do Amazonas.
Rebaixamento à Série C |
Ao longo dos sete anos na 2ª divisão do futebol brasileiro, com exceção das duas primeiras participações, o clube apenas brigou contra o rebaixamento, sempre escapando nas últimas rodadas. Em 2006, após seis anos na Série B, foi rebaixado para a Série C do Campeonato Brasileiro, ao ficar na 19º posição, melhor apenas do que o lanterna Vila Nova-GO.
Em 2005, o clube escapou do rebaixamento ainda na penúltima rodada, se mantendo na Série B com um 14º lugar, perdendo posições na última rodada com derrota para o Ituano.[4] Porem, na primeira edição da Série B com apenas 20 clubes, em 2006, o clube sofreu o rebaixamento. Na última rodada, entrava como lanterna da competição e dependia não só da vitória contra o Gama em Manaus como também de uma complexa combinação de resultados. A vitória em Manaus veio, porém, com exceção ao Vila Nova, todos os adversários que poderia ultrapassar venceram. O clube foi rebaixado em penúltimo lugar.[5]
Aquele ano foi o último em que o Amazonas teve um representante na Segunda Divisão Nacional, e também o último em que a região norte teve mais de dois representantes na referida divisão: São Raimundo-AM, Paysandu-PA e Remo-PA, sendo os dois primeiros rebaixados para a terceira divisão da temporada seguinte.
2007, o divisor de águas |
Muito se esperava do São Raimundo em 2007, rebaixado depois de sete anos seguidos na Série B, o clube era apontado como um dos favoritos a brigar por uma das vagas que poderiam marcar seu retorno à Série B. Mesmo com um nome fortalecido por conquistas que estavam menos de 10 anos atrás, por ser um expoente de uma grande capital do país, o São Raimundo se viu quebrado e sem um trabalho que visasse o manter forte.
O clube não teve como manter boa parte do elenco que disputou ponto a ponto com tradicionais clubes do cenário nacional a permanência na segunda divisão mais importante do país em 2006. O clube então resolveu investir em jogadores oriundos do futebol amador de Manaus mesclados a profissionais de relativo sucesso no futebol do estado.
No estadual, o clube esteve sempre na parte de cima, mas não teve eficiência em buscar o título estadual. Na Série C o clube mostrou que a falta de planejamento não gera bons frutos e teve uma péssima campanha, terminando em último lugar no grupo e entre os piores da competição.
- Renovação
Em novembro de 2007, ocorreu um fato histórico no São Raimundo: as eleições no clube significaram a quebra de um laço de 12 anos com Ivan Guimarães, que participou e foi um dos principais nomes do grupo responsável pela arrancada que o clube teve no fim dos anos 90 e início dos anos 2000. Após campanha péssima na Série C, a pressão dos torcedores e da nova diretoria forçaram uma separação com o clube, que posteriormente resultou no acerto do ex-dirigente com o Nacional. A chapa vencedora foi eleita mediante aclamação, tendo em vista que as duas forças que atuavam nos bastidores dessa eleição decidiram unir-se em prol de um chapa única e uma eleição sem mais desgastes. De um lado o vereador Jairo Dias, filho do ex-presidente João Dias, e do outro o promotor de justiça David Jerônimo, que conduziu por 3 anos a reformulação do Estatuto do Clube e abriu as portas para novos associados.
Campanhas Pós-Rebaixamento |
- 2008
Mesmo assumindo o clube há 20 dias do início do campeonato Amazonense, a nova presidência com a ajuda do Conselho Deliberativo iniciou a reconstrução de todo o plantel. Foram contratados todos os 30 jogadores, tendo em vista que a administração passada não deixou vínculos com nenhum atleta. A maioria era dos estados de Minas Gerais, Mato Grosso e São Paulo. Os principais nomes daquele elenco eram os atacantes Branco e Marinho, o goleiro Leandro Silveira e os volantes Catatau e Paulinho.
Apesar de não conseguir classificação para a Série C, o clube manteve a competitividade no âmbito estadual, terminando a competição em 4º lugar no geral, e com o atacante Marinho na vice-artilharia com 10 gols. A torcida elogiou a postura guerreira do time e apoiou a diretoria na continuação do trabalho.
- 2009
Em 2009, o clube anunciou um projeto ambicioso, que visava colocar o clube na Série A do Campeonato Brasileiro no ano de 2014, ano da Copa do Mundo de Futebol no Brasil e que Manaus foi uma das sedes. Mas, como o clube não conseguiu acesso a Série D de 2010, por ter ficado no 4º lugar geral no Campeonato Amazonense de 2009, o clube se viu obrigado em passar por todas as divisões do futebol brasileiro sem poder ficar mais de um ano numa mesma divisão.
- 2010
Em 2010, com um início de temporada conturbado, o clube se vê sem opções para técnico e o ex-zagueiro Donizete assume o comando do clube. Sem maiores experiências, o "técnico" não conseguiu um bom resultado e nem o controle do time, que em ação de retaliação deixou-se vencer dois jogos seguidos por 4x0 contra Princesa do Solimões e América. Com a pressão de suas torcidas organizadas, os dirigentes se viram obrigados a tomarem medidas drásticas para melhorar o desempenho do time, assim escapando de um possível rebaixamento no campeonato amazonense. Então, no segundo turno, trouxeram de volta o ex-jogador e ex-técnico do clube em 2009, Luís Carlos Winck que mesmo com o mesmo elenco, conseguiu estruturar o time e com a contratação de alguns reforços não só livrou o time do rebaixamento, mas chegou a final do segundo turno e num jogo emocionante em Itacoatiara perdeu nos pênaltis. Diante de um estádio lotado de moradores do município torcendo contra, mas impulsionado pela sua fiel torcida que mesmo longe se mobilizou para acompanhar o time do coração, enquanto o time se lamentava sua torcida alviceleste de pé os aplaudiam, pois reconheceram o quanto o time havia sido guerreiro. Em 2010, novas eleições aconteceram, dos tempos áureos, Orlando Saraiva foi aclamado presidente, tendo Mozart Luís dos Santos como vice. No início de 2011, devido problemas pessoais, Mozart o substituiu até o fim do mandato. No fim do mesmo ano foi aclamado presidente, cargo que exerce até os dias atuais.
Atualmente |
O São Raimundo encontra-se atualmente desde 2007 sem disputar competições em nível nacional. Sua última taça no futebol foi o estadual de 2006, época em que ainda disputava a Série B do Campeonato Brasileiro, desde então o clube não brigou pelo título.
Desde seu rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o clube enfrentou dificuldades em montar times competitivos que o levasse ao título estadual e consequentemente ao cenário nacional novamente. O clube alternou temporadas regulares com quase rebaixamentos para a segunda divisão estadual, o que acabou se tornando inevitável no ano de 2017, justamente 1 ano antes do centenário do clube, visto a grave crise financeira que o clube está passando.
- 2011 – 2015
Em 2011 o clube teve um temporada regular, chegando à semifinal da Taça Cidade de Manaus (2º turno), sendo eliminado pelo Nacional com derrota por 3x2. O clube ficou em 4º lugar no geral e com a melhor defesa da competição.
Em 2012 mais um ano regular, novamente depois de uma Taça Estado do Amazonas ruim, chegou às semifinais da Taça Cidade de Manaus como 1º colocado da primeira fase, foi porém eliminado pelo Iranduba com um empate em 0x0 e uma derrota por 3x1.
Em 2013 as coisas pareciam tomar outro rumo, o São Raimundo chegou às semifinais da Taça Amazonas invicto e eliminando o Nacional das finais, porem, foi eliminado pelo Fast Clube com um empate em 1x1 e derrota por 2x1. No segundo turno, decepcionando todas as expectativas da sua torcida, foi eliminado em último lugar de seu grupo e da tabela geral da Taça Cidade de Manaus. Na classificação geral, ficou em sexto lugar.
- Quase rebaixamento em 2014
Em 2014 o clube vinha mais uma vez “na sorte” montando um time barato. Os resultados foram péssimos e o clube brigou ponto a ponto pela escapatória do rebaixamento. A salvação veio apenas na última rodada, onde num confronto direto, venceu seu tradicional rival Sul América por 1x0, rebaixando o mesmo. Até aquele momento o clube da Colina possuía 4 pontos e com um empate seria rebaixado pois o Holanda venceu seu confronto também direto contra o Iranduba e chegou a 6 pontos.
Em 2015 o clube se estabilizou na tabela, tendo briga direta pelo G4, porém o clube não conseguiu a classificação para a fase final da competição, terminando o campeonato na 5ª posição na tabela de classificação.
Em 2016 mais uma vez terminou em 5º lugar no campeonato, perdendo a classificação na reta final.
Rebaixamento inédito para a segunda divisão do estadual
No ano de 2017 o clube estava numa grave crise financeira e fechou uma parceria com uma equipe amadora da cidade de Fonte Boa, logo esperado, o time apresentou grande fragilidade no campeonato. Durante a competição a equipe se reforçou, porém, não conseguiu evitar a maior tragédia de seus quase 100 anos de fundação, pela primeira vez o São Raimundo irá disputar a Série B do Campeonato Amazonense, e tentar retornar a elite no ano do seu centenário.[6]
Para comandar a equipe na disputa do acesso, o Tufão da Colina apresentou seu ex-volante Sidney Bento, que veio de uma boa campanha no Holanda, com o qual foi campeão da primeira Série B do ano. Confirmou também a contração de três atacantes, um meia e um lateral muito conhecidos no futebol local, mostrando um time competitivo para a competição.[7]
O clube conquista o título da Série B do Campeonato Amazonense ainda em 2017 e retorna à elite em 2018. Entretanto, o clube não apresenta evolução e é novamente rebaixado para a Série B do Campeonato Amazonense.[1]
Notáveis |
Ídolos |
Paulinho Bafafá - Zagueiro (1960-1980)
Santarém - Atacante (1957-1970)
Delmo - Atacante
Marcelo Araxá - Meio-campista
Jogadores |
Marinho
Neto
Bolo
Marco
Careca
Caroço
Waldir
Dirigentes |
Ivan Guimarães
Manoel do Carmos Chaves “Maneca”
David Jerônimo
João Dias Neto
Orlando Saraiva
Treinadores |
Aderbal Lana
Evilásio Soares - Campeão em 1961
João Bosco - Campeão em 1966
Paulo Galvão - Campeão Invicto em 2004
Carlos Prata - Campeão Invicto em 2006
Luís Carlos Winck
Elenco atual |
Goleiros | Zagueiros | Laterais | Meio-campistas | Atacantes | Comissão Técnica |
---|---|---|---|---|---|
Mateus Melo | Ediglê | Matheus Iton | Neto | Branco | Sidney Bento - Técnico |
Jonathan | Wellinghton | Endy | Tiago Amazonense | Charles Chenko | Bruno - Preparador Físico |
Gabriel | Railson Raddir | Rafael - Preparador de Goleiros | |||
Amaralzinho | Cassiano | Zé - Massagista | |||
Toró | Amarelinho - Roupeiro | ||||
Thiaguinho |
Rivalidades |
O cargo de maior rivalidade do São Raimundo pode ser dividido em quatro períodos, antes do seu momento áureo e historicamente contra o Sul América(1955-1996), na primeira parte do seu momento áureo contra o Rio Negro(1998-2003), na segunda parte do seu momento áureo contra o Nacional (2000-2006) e depois do fim desse momento, contra o Fast Clube(2006-hoje)
O Clássico Galo Preto |
Ver artigo principal: Clássico Galo Preto
O mais ferrenho rival histórico do São Raimundo é o Sul América do bairro vizinho do Glória, que desde 1932 (ano em que foi fundado) acirra as disputas com o time "colinense". A partir de 1956 com o ingresso do São Raimundo no futebol profissional, o jornalista Irisaldo Godô cria os apelidos de “tufão” para o São Raimundo e “trem” para o Sul América.
Por serem clubes de bairros vizinhos e terem suas torcidas baseadas neles, faziam a época um clássico de cunho bairrista, a rivalidade era tão grande que as “velhas macumbeiras” e outros envolvidos com magia negra nos bairros faziam uma guerra de magia negra, sempre envolvendo galos que eram deixados em frente à sede do clube adversário.
Foram ferrenhos rivais até o grande crescimento do São Raimundo no final dos anos 90. Uma prova da grande rivalidade é que antes do momento áureo do São Raimundo a partir de 1997, o Sul América tinha vantagem de três vitórias nos confrontos gerais (20 vitórias do São Raimundo, 15 empates e 23 vitórias do Sul América).
Estatísticas | |
Número de jogos | 89 |
Vitórias do São Raimundo | 41 |
Vitórias do Sul América | 27 |
Empates | 21 |
Número de gols | 236 |
Gols feitos pelo São Raimundo | 136 |
Gols feitos pelo Sul América | 100 |
- Contam apenas os dados do Campeonato Amazonense, não tendo dados completos de demais torneios e jogos amistosos.
Clássico da Luta |
Nos anos de seu fortalecimento, o São Raimundo encontrou no tradicional Rio Negro um primeiro grande rival. Com o clube alvinegro realizou os embates mais disputados no estado no final dos anos 90 e com ele decidiu os estaduais de 98 e 99, e também na Série C em 1999.
As partidas disputadíssimas renderam ao confronto a alcunha de “Clássico da Luta”. Ali o São Raimundo se inseria entre os grandes do futebol do estado.
Estatísticas | |
Número de jogos | 108 |
Vitórias do São Raimundo | 33 |
Vitórias do Rio Negro | 48 |
Empates | 27 |
Número de gols | 295 |
Gols feitos pelo São Raimundo | 129 |
Gols feitos pelo Rio Negro | 166 |
Clássico Azul ou São-Nal |
Com a ascensão do São Raimundo, era obvio que em algum momento uma grande rivalidade com o Nacional afloraria. Outrora o segundo clube de muitos nacionalinos, o São Raimundo passou a ser um grande rival para este a partir da final do estadual de 2000, única disputada entre os dois na história e vencida pelo Nacional,
A partir de então o confronto passou a ser chamado de Clássico Azul ou São-Nal, isso se deve ao fato dos dois clubes utilizarem a mesma cor em seus uniformes, embora em tonalidades diferentes.
Estatísticas | |
Número de jogos | 126 |
Vitórias do São Raimundo | 21 |
Vitórias do Nacional | 72 |
Empates | 33 |
Número de gols | 355 |
Gols feitos pelo São Raimundo | 124 |
Gols feitos pelo Nacional | 231 |
Clássico São-Fast |
Quando o São Raimundo chegou aos seus anos áureos, o Fast Clube atravessava uma grave crise financeira. Isso mudou em 2006, quando o Fast estava em Itacoatiara e com a estrutura oferecida pelo município, se fortaleceu. Naquele ano, o clube tricolor foi o único que ofereceu resistência ao previsível título bucheiro e contra este disputou a taça.
Com a volta do Fast à Manaus a rivalidade se acirrou mais por fatores extracampo, pois torcidas organizadas dos dois clubes estão inseridas em movimentos opostos de torcidas organizadas trazidos de outros centros, que são característicos por promover a violência envolvendo o futebol.
Estatísticas | |
Número de jogos | 105 |
Vitórias do São Raimundo | 32 |
Vitórias do Fast Clube | 43 |
Empates | 30 |
Número de gols | 273 |
Gols feitos pelo São Raimundo | 131 |
Gols feitos pelo Fast Clube | 142 |
Patrimônio |
Atualmente o clube tem como patrimônio seu estádio (que está em estado de comodato com o governo do estado) e sua sede social.
Estádio |
O São Raimundo ganhou seu próprio estádio ainda no amadorismo, quando seu campo no alto de uma colina no bairro do São Raimundo começou a ser murado e a ganhar pequenas arquibancadas. Ali iniciava-se a construção do Estádio Ismael Benigno por ideia do benfeitor que deu seu nome anos depois ao estádio.
O estádio original foi completamente demolido para dar lugar a uma estrutura mais moderna que atenderia as exigências para que Manaus recebesse partidas da Copa do Mundo de 2014.
No seu formato antigo, chegava a comportar de maneira não oficial até 25 mil pessoas, a estrutura atual, seguindo as exigências da CBF receberia até 10 mil pessoas. O estádio encontra-se em comodato de 20 anos com o governo do estado.
Sede |
A sede social e oficial do clube se localiza na Rua 5 de Setembro, a "Rua da ponte", no bairro São Raimundo, em Manaus. Trata-se de uma sede administrativa, com algumas funções de lazer em espaço fechado.
Torcida |
Durante muitos anos, o "Tufão" foi o dono da quarta maior torcida do estado, atrás de Nacional, Rio Negro e Fast Clube, que formavam aquele que outrora era o Trio de Ferro do futebol amazonense. No passado, o São Raimundo era um time de bairro, denominação que praticamente sumiu no Brasil, mas ainda é presente em países como a Argentina e Uruguai. Por ser um clube muito ligado ao bairro que representava, sua torcida era muito forte no local, tratado com muito carinho pelos bairristas e fazendo surgir rivalidade com torcedores do clube do bairro vizinho, o Sul América.
Com a sua definitiva volta ao futebol em 1997, reorganizado e reestruturado, com o grande sucesso que obteve nos 10 anos seguintes, o clube fez com sua torcida crescesse bastante, transcendendo as barreiras do bairro do São Raimundo, fazendo-se popular em toda a Manaus, tornou-se quase uma seleção do Amazonas, sendo apoiado inclusive por torcedores de outros clubes do estado.
A partir de sua fase áurea, conquistou grande número de adeptos, chegando a ocupar o posto de segunda maior do estado, tomando o posto que historicamente pertenceu ao Rio Negro.
O São Raimundo é representado nos estádios pelas seguintes torcidas organizadas:
Torcida Organizada Furacão Azul (TOFA): foi a principal torcida do clube na década de 90 e início dos anos 2000. Atualmente é a mais tradicional torcida do clube.
Torcida Uniformizada Força Azul (TUFA): fundada no início dos anos 2000, é uma das maiores do clube e do estado.
Movimento Organizado Inferno Azul (MOIA): fundada no início dos anos 2013, é uma das mais ativas.
Torcida Tufão Rasta: movimento criado por jovens para apoiar o Tufão.
Barra Brava Bucheiros da Colina (BdC): criada com o propósito de apoiar o time sem parar, seguindo o modelo Barra Brava, famoso no restante da América do Sul.- Tufão Chope (Inativa)
- Torcida Tufão Gol (inativa)
- Torcida Tufão Celeste (inativa)
- Torcida Independente (inativa)
- Torcida Organizada da Compensa (inativa)
- Torcida Unificada Toca Independente (inativa)
- Torcida Toca do Tufão (inativa)
- Torcida Organizada Praiana (inativa)
- Torcida Organizada Velha Guarda (inativa)
- Torcida Organizada Tufão Net (inativa)
- Torcida Organizada Comando Azul (inativa)
Estatísticas |
Internacionais |
Ano | 1999 |
---|---|
Pos. | 3º |
Nacionais |
Ano | 2000 | 2001 | 2002 | 2003 | 2004 | 2005 | 2006 |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Pos. | 11º | 11º | 19° | 19° | 16° | 14° | 19° |
Ano | 1996 | 1997 | 1998 | 1999 | 2007 |
---|---|---|---|---|---|
Pos. | 47º | 19° | 6º | 2º | 50º |
Ano | 1998 | 1999 | 2000 | 2001 | 2002 | 2003 | 2005 | 2007 |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Pos. | 31º | 55º | 17º | 17º | 47º | 45º | 34º | 40º |
Estadual |
Ano | * | 1964 | 1965 | 1966 | 1967 | 1968 | 1969 | 1970 | 1971 | 1972 |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Pos. | 2° | 5° | 1° | 5° | 3° | 7° | 6° | 5° | 3° | |
Ano | 1973 | 1974 | 1975 | 1976 | 1977 | 1978 | 1979 | 1980 | 1983 | 1984 |
Pos. | 6° | 6° | 4° | 4° | 5° | 3° | 7° | 8° | 7° | 8° |
Ano | 1985 | 1986 | 1987 | 1988 | 1989 | 1990 | 1991 | 1992 | 1996 | 1997 |
Pos. | 8° | 6° | 8° | 7° | 5° | 7° | 3° | 4° | 4° | 1° |
Ano | 1998 | 1999 | 2000 | 2001 | 2002 | 2003 | 2004 | 2005 | 2006 | 2007 |
Pos. | 1° | 1° | 2° | 3° | 3° | 3° | 1° | 3° | 1° | 4° |
Ano | 2008 | 2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | 2016 | 2017 |
Pos. | 4° | 4° | 4º | 4º | 4º | 6º | 7º | 5º | 5º | 8° |
Ano | 2018 | |||||||||
Pos. | 7° |
*Por falta de registros, só foram computados os anos de profissionalismo
Ano | 2017 | 2019 |
---|---|---|
Pos. | 1º |
Títulos |
Regionais | |||
---|---|---|---|
Competição | Títulos | Temporadas | |
Copa Norte | 3 | 1999, 2000 e 2001 | |
Estaduais | |||
Competição | Títulos | Temporadas | |
Campeonato Amazonense | 7 | 1961, 1966, 1997, 1998, 1999, 2004 e 2006 | |
Campeonato Amazonense - Segunda Divisão | 1 | 2017 | |
Torneio Início | 4 | 1956, 1963, 1998 e 2005 | |
Taça Cidade de Manaus | 1 | 2006 | |
Taça Estado do Amazonas | 1 | 2006 |
Campanhas notórias |
Copa Conmebol: 3º lugar
- (1999)
- Vice-Campeonato Brasileiro - Série C:
- (1999)
Vice-Campeão da Copa Norte: 2
- (1998 e 2002)
Vice-Campeonato Amazonense: 2
- (1964 e 2000)
Rankings |
Ranking da CBF |
Posição: --
Pontuação: 198 pontos
Região Norte: 5º
Estadual: 2º
Ranking criado pela Confederação Brasileira de Futebol que pontua todos os times do Brasil.
Outros Rankings |
Clubes brasileiros no Ranking da Conmebol
Hoje encontra-se no ranking histórico da Conmebol[8] figurando a participação de 41 clubes brasileiros no século passado, sendo o São Raimundo um dos três clubes da região norte a figurar no ranking e o único time amazonense que disputou um campeonato internacional oficial.
Posição: 35º
Pontuação: 6 pontos
Ranking Placar
Posição: 73º
Pontuação: 13 pontos
Ver também |
- Lista de clubes de futebol do Brasil
- Confederação Brasileira de Futebol
Referências
↑ «Novo visual: para se adequar ao estatuto do clube, São Raimundo-AM muda escudo». Globoesporte
↑ Zamith, Carlos (2008). Baú Velho. Manaus: Valer. 22 páginas
↑ Zamith, Carlos (2008). Baú Velho. Manaus: Valer. 425 páginas
↑ http://esportes.terra.com.br/futebol/brasileiro2005/interna/0,,OI653748-EI4848,00-Sao+Raimundo+vence+e+fica+longe+do+rebaixamento.html
↑ http://www.bolanaarea.com/serie_b_2006.htm
↑ «Palavra de ordem: Sidney Bento quer resgatar o respeito pelo São Raimundo». Globoesporte
↑ «Charles Chenko, Cassiano e Getúlio são anunciados pelo São Raimundo-AM». Globoesporte
↑ Zirpoli, Cassio (10 de maio de 2013). «41 clubes brasileiros no ranking histórico da Conmebol». Diário de Pernambuco
Ligações externas |
- Pagina Oficial do São Raimundo Esporte Clube
- São Raimundo no Baú Velho
- Torcida Organizada Furação Azul(TOFA)
- Torcida Uniformizada Força Azul(TUFA)