Marchinha de Carnaval




Marchinha de Carnaval é um gênero de música popular que foi predominante no carnaval dos brasileiros dos anos 20 aos anos 60 do século XX, altura em que começou a ser substituída pelo samba enredo em razão de que as escolas de samba não queriam pagar os altos preços cobrados das escolas pública do brasil escolheu o carnaval como momento de fazer. Mesmo o seu protesto, expor o seu modo de pensar, só que de maneira original e tipicamente brasileira, com sátira, irreverência e muito bom humor, as marchinhas carnavalescas não foram esquecidas, mas sim adotadas se tornando uma grande atração do carnaval pelo país.[1]




Índice






  • 1 História


  • 2 Marchinhas Famosas


    • 2.1 As 10 melhores marchinhas de Carnaval de Todos os Tempos




  • 3 Canção


  • 4 Referências





História |





Carmen Miranda, a mais popular cantora de marchinhas de carnaval.


A primeira marcha foi a composição de 1899 de Chiquinha Gonzaga, intitulada Ó Abre Alas, feita para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro.[2][3]


Um estilo musical importado para o Brasil, descende diretamente das marchas populares portuguesas, partilhando com elas o compasso binário das marchas militares, embora mais acelerado, melodias simples e vivas, e letras picantes, cheias de duplo sentido. Marchas portuguesas faziam grande sucesso no Brasil até 1920, destacando-se Vassourinha, em 1912, e A Baratinha, em 1917.[carece de fontes?]


Inicialmente calmas e bucólicas, a partir da segunda década do século XX passaram a ter seu andamento acelerado, devido a influência da música comercial norte-americana da era jazz-bands, tendo como exemplo as marchinhas Eu vi e Zizinha, de 1926, ambas do pianista e compositor José Francisco de Freitas, o Freitinhas.[4]


A marchinha destinada expressamente ao carnaval brasileiro passou a ser produzida com regularidade no Rio de Janeiro, a partir de composições de 1920 como Pois não de Eduardo Souto e João da Praia[5], Ai amor de Freire Júnior e Ó pé de anjo de Sinhô[4], [carece de fontes?] e atingiu o apogeu com intérpretes como Carmen Miranda, Emilinha Borba, Almirante, Mário Reis, Dalva de Oliveira, Silvio Caldas, Jorge Veiga e Blecaute, que interpretavam, ao longo dos meados do século XX, as composições de João de Barro, o Braguinha e Alberto Ribeiro, Noel Rosa, Ary Barroso e Lamartine Babo. O último grande compositor de marchinha foi João Roberto Kelly.


As marchinhas de carnaval tiveram seu auge nos anos 30, 40 e 50. Depois delas, muito foi produzido, pouco aproveitado. Dos anos 60 em diante, as marchinhas começaram a perder espaço para os sambas-enredo. As escolas de samba, agremiações de grandes sambistas, começavam a ditar quais eram os sucessos. Alguns compositores, como Chico Buarque, se arriscaram a escrever as suas marchinhas. Caetano Veloso também se arriscou, mas flertou com outro gênero, o frevo, que anima em Pernambuco, tal qual as marchinhas no Rio de Janeiro, a festa de carnaval. Mas ficou nisso.


Nos anos 80 algumas regravações chegaram a fazer sucesso, como Balancê, de João de Barro e Alberto Ribeiro – talvez a maior dupla de compositores de marchinhas - lançada por Gal Costa em 1980 e Sassaricando, de Luís Antônio, Jota Júnior e Oldemar Magalhães, gravada por Rita Lee para a trilha sonora da novela de mesmo nome; mas era muito pouco para um País que somente em 1952 produziu cerca de 400 músicas de carnaval, a maioria delas marchinhas alegres e divertidas.



Marchinhas Famosas |





  • Allah-La Ô de Haroldo Lobo e Nássara

  • Apareceu a Margarida


  • A Pipa do Vovô de Manoel Ferreira e Ruth Amaral

  • As Pastorinhas

  • As águas vão rolar

  • Atrás do trio elétrico


  • Aurora de Mário Lago em parceria com Roberto Roberti


  • Avenida Iluminada de Newton Teixeira e Brasinha

  • Bandeira branca


  • Bota camisinha de João Roberto Kelly


  • Cabeleira do Zezé de João Roberto Kelly e Roberto Faissal


  • Cachaça não é água de Carmen Costa e Mirabeu Pinheiro


  • Chiquita Bacana de Braguinha, e Alberto Ribeiro

  • Chuva, Suor e Cerveja

  • Cidade maravilhosa


  • Está chegando a hora Carmen Costa, e Henricão


  • Indio quer Apito Haroldo Lobo de e Milton de Oliveira


  • Jardineira de Benedito Lacerda e Humberto Porto (1939)

  • Jura

  • Linda loirinha


  • Linda morena de Lamartine Babo


  • Malmequer de Newton Teixeira e Cristóvão de Alencar


  • Mamãe Eu Quero de Vicente Paiva e Jararaca (1937)


  • Marcha da cueca de Carlos Mendes, Livardo Alves e Sardinho


  • Máscara negra (marcha-rancho) de Zé Keti e Pereira Mattos (1967)


  • Me dá um dinheiro aí de Ivan Ferreira, Homero Ferreira e Glauco Ferreira


  • Mulata iê-iê-iê João Roberto Kelly


  • Ó abre alas de Chiquinha Gonzaga (1899)

  • Ô balancê

  • O teu cabelo não nega mulata" de Lamartine Babo


  • Pirata da Perna de Pau de Braguinha

  • Pó-de-mico

  • Saca rolha


  • Sassassaricando de Luiz Antônio, Zé Mário e Oldemar Magalhães


  • Ta-hí de Joubert de Carvalho (1930)


  • Touradas de Madri de Braguinha


  • Transplante de Corintiano (também conhecido por "Coração Corintiano") de Manoel Ferreira, Ruth Amaral e Gentil Junior


  • Tristeza de Haroldo Lobo e Niltinho


  • Turma do Funil de Braguinha

  • Um pierrô apaixonado

  • Yes, nós temos bananas




As 10 melhores marchinhas de Carnaval de Todos os Tempos |


Em 2011, a revista Veja elegeu as 10 melhores marchinhas de Carnaval de todos os tempos.[6] São elas:
















































































# Marchinha Intérprete Compositor(es) Data de Composição
10 Chiquita Bacana Emilinha Borba
Alberto Ribeiro e Braguinha
1948
9 Maria Sapatão Chacrinha João Roberto Kelly Década de 1950
8 A Pipa do Vovô Silvio Santos
Manoel Ferreira e Ruth Amaral
Década de 1980
7 Aurora Joel e Gaúcho
Mario Lago e Roberto Roberti
1941
6 Me Dá Um Dinheiro Aí Moacyr Franco
Ivan Ferreira, Homero Ferreira e Glauco Ferreira
1959
5 Saca Rolha Zé da Zilda
Zé da Zilda, Zilda do Zé e Waldir Machado
1954
4 Ó Abre Alas Chiquinha Gonzaga Chiquinha Gonzaga 1889
3 O Teu Cabelo Não Nega Lamartine Babo 1932
2 Mamãe Eu Quero
Jararaca e Vicente Paiva
Carmen Miranda 1939
1 Turma do Funil Vocalistas Tropicais
Mirabeau, M de Oliveira e Urgel de Castro
1956


Canção |










Gosto, mas não é muito


Marchinha "Gosto, mas não é muito", composta por Ismael Silva e Francisco Alves. Gravação de 1933 por Francisco Alves.




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Referências |



Notas





  1. Portal Sambando.com: acervo do samba brasileiro. «A irreverência das Marchinhas Carnavalescas». Consultado em 15 de janeiro de 2016. 


  2. Predefinição:Citar webb


  3. Camila V. Frésca. «CHIQUINHA GONZAGA». Consultado em 15 de dezembro de 2009.. Arquivado do original em 20 de outubro de 2011 


  4. ab Enciclopédia da música brasileira: popular, erudita e folclórica. - 2ª. edição, São Paulo: Art Editora, Publifolha, 1998, p. 478


  5. Enciclopédia da música brasileira: popular, erudita e folclórica. - 2ª. edição, São Paulo: Art Editora, Publifolha, 1998, p. 755


  6. veja.abril.com.br/ Arquivado em 14 de fevereiro de 2015, no Wayback Machine. As 10 melhores marchinhas de Carnaval de todos os tempos


Web


  • Silvio Essinger, Marchinha (em português) no site CliqueMusic







































  • Portal do Brasil
  • Portal da música
  • Portal do carnaval



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