Interatividade
Interatividade é um conceito que, quase sempre, está associado às novas mídias de comunicação.[1] Pode ser definida como:
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Uma medida do potencial de habilidade de uma mídia permitir que o usuário exerça influência sobre o conteúdo ou a forma da comunicação mediada.[2]
Porém, ainda há a perspectiva sociológica do termo, que seria:
A relação entre duas ou mais pessoas que, em determinada situação, adaptam seus comportamentos e ações uns aos outros.[2]
Interatividade não é um termo comumente encontrado em dicionários[3]. A única referência está no Dicionário de Inglês de Oxford, que diz:
- a) Uma atividade que envolve interação;
- b) Propriedade de ser interativo.
Essa aplicação dupla da palavra é significante e merece investigação[3].
Índice
1 As Diferentes Visões da Interatividade
1.1 Interatividade como Atividade
1.2 Interatividade como Propriedade
2 Dimensões da Definição
3 Conceituação
3.1 Visão Conceitual
3.2 Visão Operacional
4 Referências
5 Ver Também
As Diferentes Visões da Interatividade |
Interatividade como Atividade |
Interatividade – exclusivamente considerando a atividade de troca comunicativa – pode ser definida como:
Uma expressão da extensão que, em uma determinada série de trocas comunicativas, qualquer terceira (ou posterior) transmissão (ou mensagem) é relacionada ao grau com o qual trocas anteriores se referiram a transmissões ainda mais antigas.[4]
Interatividade como Propriedade |
Interatividade não é somente uma troca de comunicação, mas também geração de conteúdo[3]. Como propriedade, interatividade pode ser abordada como sendo um atributo da tecnologia[5].
Consequentemente, o foco do resultado é no design (de interface) e na técnica (usabilidade). Claro que essas propriedades são importantes, pois fornecem parte do contexto para a entrega de conteúdo ao usuário. Porém, essa aproximação é inadequada para descrever interatividade como atividade.[3]
Dimensões da Definição |
Heeter trabalha com uma definição de seis dimensões[6]:
- 1) Complexidade da escolha disponível;
- 2) Esforço que o usuário deve exercer;
- 3) Responsividade para o usuário;
- 4) Monitoramento da informação;
- 5) Facilidade de Adicionar informação;
- 6) Facilitação da comunicação interpessoal.
Já Downes & McMillan propõem uma definição de interatividade baseada em cinco dimensões[7]:
- 1) Direção da comunicação;
- 2) Flexibilidade do sincronismo;
- 3) Senso de lugar;
- 4) Nível de controle;
- 5) Responsividade e percepção do propósito da comunicação.
Flexibilidade do sincronismo como uma dimensão chave da definição[7].
Interatividade é uma variável que flutua através de indivíduos e meios (por exemplo, computadores são mais interativos que jornais). Podemos assumir que a habilidade de induzir respostas – não limitadas a uma comunicação de duas mãos, mas também considerando multi-vias de comunicação – é o principal requisito para chamar um meio de comunicação de interativo[8].
Conceituação |
Na conclusão da pesquisa, foi possível definir interatividade conceitual e operacionalmente[8].
Visão Conceitual |
Conceitualmente, o termo pode ser definido como:
o grau com o qual uma tecnologia de comunicação pode criar um ambiente mediado no qual participantes podem se comunicar [...] sincronizada ou assincronamente e participar em trocas de mensagens recíprocas [...] [e] também se refere à habilidade do usuário de perceber a experiência como uma simulação da comunicação interpessoal.[8]
Visão Operacional |
Operacionalmente, conclui-se que interatividade é estabelecida por três fatores: estrutura tecnológica do meio usado (velocidade, alcance, flexibilidade do sincronismo e complexidade sensorial); característica do ajuste da comunicação; e percepção dos indivíduos (proximidade, velocidade percebida, ativação sensorial e telepresença)[8].
Referências |
↑ DEFLEUR, M. L.; BALL-ROKEACH, S. J. Theories of mass communication. New York:. Longman. 1989.
↑ ab JENSEN, J. F. Interactivity: Tracing a new concept in media and communication studies. vol. 19. Nordicom Review. 1998. pp. 185–204.
↑ abcd RICHARDS, R. Users, interactivety and generation. New Media & Society. vol. 8. SAGE Publications. 2006. pp. 531-550. Disponível em: <http://nms.sagepub.com/cgi/content/abstract/8/4/531>.
↑ RAFAELI, S. Interactivity: From New Media to Communication. Advancing Communication Science: Merging Mass and Interpersonal Processes. Londres. Sage. 1988. pp. 110–34. Disponível em: <http://gsb.haifa.ac.il/~sheizaf/interactivity/Rafaeli_interactivity.pdf>.
↑ SUNDAR, S. S. Theorizing interactivity’s effects. The Information Society. vol. 5. n° 20. 2004. pp. 385–389.
↑ HEETER, C. Interactivity in the context of designed experience. Journal of Interactive Advertising. vol. 1. n° 1. 2000. Disponível em: <http://www.jiad.org/vol1/no1/heeter/>
↑ ab DOWNES, E. J.; MCMILLAN, S. J. Defining interactivity. New Media & Society. vol. 2. SAGE Publications. 2000. pp. 157-179. Disponível em: <http://nms.sagepub.com/cgi/content/abstract/2/2/157>.
↑ abcd KIOUSIS, S. Interactivity: a concept explication. New Media & Society. vol. 4. SAGE Publications. 2002. pp. 355-383. Disponível em: <http://nms.sagepub.com/cgi/content/abstract/4/3/355>
Ver Também |
Design de interação- Usabilidade