Amiodarona







































































Estrutura química de Amiodarona

Amiodarone ball-and-stick model.png

Amiodarona
Star of life caution.svg Aviso médico


Nome IUPAC (sistemática)

(2-{4-[(2-butyl-1-benzofuran-3-yl)carbonyl]-2,6-diiodophenoxy}ethyl)diethylamine

Identificadores

CAS

1951-25-3

ATC

C01BD01

PubChem

2157

DrugBank

DB01118

ChemSpider

2072

Informação química

Fórmula molecular

C25H29NI2O3 

Massa molar
?

SMILES
Ic1cc(cc(I)c1OCCN(CC)
CC)C(=O)c2c3ccccc3oc2CCCC

Farmacocinética

Biodisponibilidade
20–55%

Metabolismo
Hepático

Meia-vida
?

Excreção
Hepática e biliar

Considerações terapêuticas

Administração
?

DL50
?

A Amiodarona é um fármaco do grupo dos antiarrítmicos da classe III de amplo espectro e um potente vasodilatador. Prolonga o intervalo QRS no electrocardiograma, prolongando o potencial de ação e diminuindo a frequência cardíaca. Aumenta a irrigação do coração pelos vasos coronários. É um antagonista fraco dos receptores adrenérgicos (sistema simpático) alfa e beta.




Índice






  • 1 Mecanismo de ação


  • 2 Indicações


  • 3 Contra-indicações


  • 4 Farmacocinética


  • 5 Efeitos adversos


  • 6 Interações farmacológicas


  • 7 Nomes comerciais





Mecanismo de ação |


Atua diretamente sobre o miocárdio bloqueando os canais de potássio. Portanto atrasa a repolarização e aumenta a duração do potencial de ação. Inibe de forma não competitiva os receptores alfa e receptores beta, um potente vasodilatador e bloqueador dos canais de cálcio e bloqueador dos canais de sódio. [1]



Indicações |


Originalmente era usado para Angina de peito, mas atualmente se usa para[2]:




  • Arritmias graves que não respondem a outros anti-arrítmicos ou alternativa não tolerada

  • Taquiarritmias associadas à Síndrome de Wolff-Parkinson-White

  • Prevenção da recorrência de fibrilação atrial e do "Flutter atrial"


  • Taquiarritmias paroxística de tipo nodal, ventricular supraventricular ou fibrilação ventricular



Contra-indicações |


Contra-indicado em caso de[1]:



  • Hipersensibilidade a iodados ou a amiodarona;

  • Bradicardia sinusal;

  • Transtornos de condução SA ou AV em pacientes sem marcapasso, UCI ou sem monitorização do ECG (risco de parada sinusal);

  • Distúrbios da função da tiroide;

  • Associação com fármacos que induzem torsades de pointes;

  • Gravidez (exceto em circunstâncias especiais);

  • Lactância;

  • Hipotensão severa;

  • Colapso cardiovascular;

  • Insuficiência respiratório grave.



Farmacocinética |


Após administração oral, o fármaco é absorvido lentamente pelo trato digestivo, com uma biodisponibilidade absoluta de 20 a 86%. Se absorve melhor com alimentos. Parte do produto é metabolizada na mucosa intestinal e por um metabolismo de primeira passagem no fígado. Por via oral, as concentrações máximas são detectadas em 3 e 7 horas. O estado de equilíbrio só é atingido após repetidas doses por 1 a 5 meses, a menos que se utilizem doses mais elevadas no início. [2]


Acredita-se que as concentrações plasmáticas de amiodarona que têm um efeito terapêutico quando estão entre 1 e 2,5 mg/mL. Se distribui amplamente pelo tecido adiposo, fígado, miocárdio, pulmões, rins, tireoide, pele e pâncreas, concentrando-se na bílis, saliva, leite materno e sêmen. O volume de distribuição atinge 70 UI/kg. [2]


A amiodarona é extensivamente metabolizada pelo fígado e seu metabolito ativo N-desetilamiodarona (DEA) atinge concentrações no plasma que variam de 0,5 a 2 vezes a da amiodarona inalterada. A distribuição pelo tecido adiposo explica a sua meia-vida de eliminação prolongada (em média 50 dias, variando entre 27 a 103 dias) e a persistência dos efeitos secundários mesmo depois que o tratamento é suspenso. Ambos se concentram nas secreções como o leite materno, e ambos se ligam amplamente às proteínas plasmáticas (<99%), principalmente à albumina. É eliminada mais rápido nos primeiros 10 dias após seu uso.[2]



Efeitos adversos |


Apesar de sua excelente eficácia como antiarrítmico, o uso da amiodarona é limitado pelo grande número de efeitos colaterais. Aproximadamente 70% dos doentes tratados com amiodarona experienciam algum efeito colateral e 5 a 20% interrompem o tratamento por causa dos efeitos colaterais. As reações adversas são cumulativas, aumentando com a dose e com o tempo de uso. Os efeitos colaterais continuam por meses após sua retirada.


Efeitos colaterais em tratamentos prolongados (mais de 10 dias) e com altas doses (mais de 800mg/dia)[1]:




  • Bradicardia moderada (batimentos cardíacos demasiado lentos)

  • Náusea, vômito, perda de apetite, dor abdominal e prisão de ventre

  • Sensibilidade a luz, deixando a pele vermelha inicialmente e causando manchas na pele a largo prazo

  • Alterações da visão (depósitos na córnea

  • Alterações hepáticas (aumento da transaminase e icterícia)

  • Tremores (extrapiramidais) e descoordenação motora

  • Alterações de sono e pesadelos

  • Toxicidade pulmonar (fibrose pulmonar intersticial difusa, angioedema, pleurite, bronquiolite obliterante)

  • Hipotireoidismo


  • Hipertireoidismo (Fenômeno de Jod-Basedow)


  • Polineuropatia periférica sensitivo-motoras



Interações farmacológicas |


Toxicidade aumentada por[1]: quinidina, hidroquinidina, disopiramida, sotalol, bepridil, vincamina, clorpromazina, levomepromazina, tioridazina, trifluoperazina, haloperidol, amissulprida, sulpiride, tiaprida, pimozida, cisapride, eritromicina IV e pentamidina (parenteral).


Aumenta a toxicidade de[1]: fentanil, a lidocaína, tacrolimus, sildenafil, midazolam, triazolam, dihidroergotamina, ergotamina, dabigatran, sinvastatina e outras estatinas metabolizadas pelo CYP 3A4.


Risco de arritmias ou condução cardíaca anormal aumentados por[1]: fenotiazinas, antidepressivos tricíclicos, terfenadina, betabloqueadores, verapamil, diltiazem, laxantes estimulantes, diuréticos, corticosteroides sistêmicos, tetracosactido, anfotericina B.


Aumenta a quantidade em sangue de[1]: warfarina, digoxina, flecainida, ciclosporina.



Nomes comerciais |



  • Amiobal - Brasil

  • Amiobeta - Alemanha

  • Amiocar - Argentina

  • Amiod - Alemanha

  • Amiodarex - Alemanha

  • Amiodura - Alemanha

  • Amiogamma - Alemanha

  • Amiohexal - Alemanha

  • Ancoron - Brasil

  • Angiodarona - Brasil

  • Angoten - Argentina

  • Angyton - Brasil

  • Aratac - Austrália, Malásia, Nova Zelândia, Singapura, Tailândia

  • Asulblan - Argentina

  • Atlansil - Argentina, Brasil, Chile

  • Cardinorm - Austrália

  • Cor Mio - Brasil

  • Cordarex - Alemanha

  • Cordarone - Bélgica, Bulgária, Canadá, Chile, Dinamarca, Finlândia, França, Hong Kong, Hungria, Índia, Irlanda, Itália, Malásia, México, Holanda, Noruega, Nova Zelândia, Portugal, África do Sul, Singapura, Suécia, Suíça, Tailândia, Inglaterra, Estados Unidos

  • Cordarone X - Austrália, Irlanda, África do Sul, Inglaterra

  • Cornaron - Alemanha

  • Coronovo - Argentina

  • Diodarone - Brasil

  • Miocoron - Brasil

  • Miodarid - Brasil

  • Miodaron - Brasil

  • Miotenk - Argentina

  • Ritmocardyl - Argentina, Chile

  • Sedacoron - Áustria, Hong Kong

  • Tachydaron - Alemanha



  • Portal da farmácia



  1. abcdefg http://www.vademecum.es/principios-activos-amiodarona-c01bd01


  2. abcd http://www.iqb.es/cbasicas/farma/farma04/a047.htm








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