Adro






Adro da Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, em Cuiabá.



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Adro é o terreno em frente ou em volta de uma igreja, podendo ser aberto ou murado.[1] Por extensão, o nome também pode designar, em arquitectura, aos terrenos margeantes duma construção. Pode, ainda, ser usada como sinônimo de períbolo e átrio.[2]


Nas igrejas mais antigas é comum, ainda, a existência de cemitérios, localizados no adro.[2]



Histórico |


Os cristãos (católicos) procuram ter suas sepulturas próximas de um lugar sagrado para assim obterem o benefício da proteção santificada.[3] O costume de se enterrar pessoas em volta das igrejas, que parece ser tão antigo quanto as próprias, era comum entre famílias que não tinham recursos ou posição social para serem inumadas no interior das mesmas; em lugares como a Grã-Bretanha ou noroeste da França os cemitérios antecederam as igrejas; a maioria das lápides e estelas datam do século VI, pois o solo foi comumente reutilizado para novos enterros e as famílias não podiam pagar por um monumento fúnebre.[4] Este foi o caso do Cemitério de São Nicolau, em Hanôver, construído do lado de fora dos muros da cidade pelo medo da lepra, levada pelos soldados egressos das Cruzadas, e por isto foi construído além das muralhas e é mencionado a primeira vez em 1284 como uma capella leprosorum extra muros.[5]


O uso de adros como local de sepultamento foi sendo gradualmente abandonado na Europa durante os séculos XVII e XVIII em razão da falta de espaço à medida em que a população urbana aumentava; em muitos países os enterros nos adros chegaram a ser proibidos por decretos reais ou legislativos, ao passo em muitos adros foram destruídos para a construção de vias públicas ou edifícios.[6]



Referências




  1. «Adro». Dicionário Infopédia. Consultado em 5 de maio de 2018 


  2. ab «Adro». Dicionário Caldas Aulete. Consultado em 5 de maio de 2018 


  3. Michel Lauwers (2005). La naissance du cimetière : lieux sacrés et terre des morts dans l'Occident médiéval (em (em francês)). Paris: Aubier. 393 páginas. ISBN 978-2-700-72251-2. OCLC 420481899  !CS1 manut: Língua não reconhecida (link)


  4. Richard Muir (2004). Landscape Encyclopedia:A Reference Guide to the Historic Landscapers. [S.l.]: Windgather Press. 33 páginas. ISBN 0-9545575-1-4 


  5. Claus Conrad (2016). «Geschichte der St. Nikolai Stifts» (PDF). www.st-nikolai-stift.de. Consultado em 31 de março de 2017. Cópia arquivada (PDF) em 31 de março de 2017 


  6. Kathrin Krogner-Kornalik (2005). Tod in der Stadt: Religion, Alltag und Festkultur in Krakau 1869–1914 (em (em alemão)). [S.l.]: Vandenhoeck & Ruprecht. 310 páginas. ISBN 3-525-31026-9. Consultado em 31 de março de 2017  !CS1 manut: Língua não reconhecida (link)





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