Comboios de Portugal
Comboios de Portugal | |
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Logótipo da Comboios de Portugal | |
Tipo | Entidade Pública Empresarial |
Slogan | 'Sempre em movimento' |
Fundação | 11 de maio de 1860 (158 anos) |
Fundador(es) | José de Salamanca y Mayol |
Sede | Calçada do Duque, 20 Encarnação, Lisboa |
Área(s) servida(s) | Portugal (Rede Ferroviária Portuguesa) |
Proprietário(s) | Governo da República Portuguesa |
Presidente | Carlos Nogueira (desde 2017) |
Empregados | 2681 (2017) |
Clientes | 122 milhões de passageiros (2017) |
Serviços | Transporte ferroviário |
Divisões | CP Lisboa, CP Porto, CP Longo Curso, CP Regional |
Subsidiárias | EMEF (100%), FERNAVE (100%), SAROS (100%), ECOSAUDE (100%) |
Receita | EUR 250 milhões (2017) |
Lucro | EUR -111.952 milhões (2017) |
LAJIR | EUR 14.626 milhões (2017) |
Antecessora(s) | Caminhos de Ferro Portugueses, E.P. |
Website oficial | www.cp.pt |
A empresa Comboios de Portugal, E.P.E. é uma empresa portuguesa de transporte ferroviário. Foi criada em 11 de maio de 1860 pelo empresário espanhol José de Salamanca y Mayol com o nome de Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses, para construir as linhas ferroviárias que ligassem a cidade de Lisboa ao Porto e à fronteira com Espanha em Badajoz.[1] Mudou a sua designação após a Implantação da República Portuguesa em 5 de Outubro de 1910, para Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[2] Na primeira metade do Século XX, passou por um processo de expansão, tendo assimilado várias empresas ferroviárias privadas, e os caminhos de ferro que tinham estado sob a gestão do Governo Português.[3] No entanto, os efeitos da Segunda Guerra Mundial, e o avanço dos transportes rodoviário[4] e aéreo[5] deterioraram de tal forma a sua situação económica que, após a Revolução de 25 de Abril de 1974, foi necessário nacionalizar a Companhia, mudando novamente de nome, para Caminhos de Ferro Portugueses, E.P.[6] Esta empresa foi profundamente modificada pelo Decreto-Lei n.º 137-A/2009, retirando-lhe a gestão das infra-estruturas, que foi entregue a uma nova entidade, a Infraestruturas de Portugal, ficando somente com a exploração dos serviços ferroviários; em sequência desta alteração, foi modificada a denominação social, que passou a ser Comboios de Portugal, E.P.E.[7]
Índice
1 História
1.1 Antecedentes
1.2 Fundação
1.3 Implantação da República
1.4 Primeira Guerra Mundial
1.5 Período entre as duas Guerras Mundiais
1.6 Segunda Guerra Mundial
1.7 Do final da Segunda Guerra Mundial à Revolução dos Cravos
1.8 Revolução dos Cravos e nacionalização
1.9 Finais do século XX
1.10 Década de 2000
2 Caracterização
2.1 Atividade de transporte
2.2 Resultados económicos
3 Linhas em que presta ou prestou serviços de transporte
3.1 Actuais
3.2 Serviços extintos
4 Serviços ferroviários
4.1 Longo Curso
4.2 Médio Curso
4.3 Urbanos
4.4 Turismo
5 Conselho de Administração
6 Ver também
7 Referências
8 Bibliografia
9 Ligações externas
História |
Ver artigo principal: História do transporte ferroviário em Portugal
Antecedentes |
A primeira empresa nacional para a construção de caminhos de ferro foi a Companhia das Obras Públicas de Portugal, criada em 1844 pelo governo de Costa Cabral para promover o desenvolvimento dos transportes em Portugal; no entanto, esta tentativa falhou devido à instabilidade política.[1] Após o regresso a um ambiente mais estável, renovou-se o interesse pelo caminho de ferro, pelo que em 1851 o empresário inglês Hardy Hislop apresentou uma proposta para uma linha de Lisboa a Badajoz, que foi entregue no ano seguinte à Companhia Central Peninsular dos Caminhos de Ferro de Portugal, formada por Hislop para esse fim.[1] No entanto, em 1855 as obras foram paralisadas devido a conflitos entre a empresa e os empreiteiros, tendo a gestão das obras passado para o estado português.[1] Em 28 de Outubro de 1856, foi inaugurado o primeiro troço, até ao Carregado, mas a companhia continuou a sofrer de graves problemas financeiros e de gestão.[1] O empresário inglês Samuel Morton Peto, que se encontrava a dirigir as obras, foi encarregado de formar uma nova empresa, que substituísse a Companhia Peninsular, mas sem sucesso, tendo o seu contrato sido terminado em 6 de Junho de 1859.[1]
Fundação |
Assim, o governo elaborou um novo contrato em 30 de Julho com o empresário espanhol José de Salamanca y Mayol, que formou a Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses, para construir a ligação ferroviária das Linhas do Norte e Leste; os estatutos desta empresa foram elaborados em 12 de Dezembro, e aprovados no dia 22 do mesmo mês, tendo a empresa sido formalmente constituída em 11 de Maio de 1860,[1] embora o decreto que oficializou este acto só foi publicado em 20 de Junho.[8]
Em 25 de Junho de 1865, a Companhia Real adquiriu os direitos de exploração da Linha do Norte a José de Salamanca;[1] no dia 10 de Novembro, a escritura pública foi aprovada, e o troço já construído, entre Lisboa e Ponte da Asseca, passou para a Companhia.[9]
Em Janeiro de 1902, já tinha chegado uma das locomotivas encomendadas pela Companhia à casa Fives-Lille para assegurar os serviços rápidos, encontrando-se, nesse mês, a ser montada nas oficinas de Lisboa.[10] O relatório de 1901, apresentado nesse mês, reportava que a situação financeira da Companhia era bastante favorável, devido, principalmente, à queda dos preços do carvão.[11]
Implantação da República |
Após a Implantação da República Portuguesa, em 5 de Outubro de 1910, a Companhia Real vê o seu nome modificado, ainda nesse ano, para Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[2]
Primeira Guerra Mundial |
Após o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914, verificou-se um forte aumento nos preços do carvão, o que levou a Companhia a reduzir os serviços, e utilizar lenhas para alimentar as suas locomotivas, o que gerava vários problemas de manutenção do material circulante; esse ano ficou, igualmente, marcado por várias greves gerais dos ferroviários, tendo sido praticados graves actos de sabotagem[12] que conduziram à necessidade de ser ordenada uma intervenção do Exército.[13]
Período entre as duas Guerras Mundiais |
Após o final da Primeira Grande Guerra, permaneceram os problemas de exploração, devido ao aumento dos preços, aos quais as operadoras respondiam com a emissão de sobretaxas.[14] O carvão, em especial, continuava escasso e a preços excessivos, pelo que continuou a utilização de lenhas nas locomotivas.[14] Por outro lado, também continuaram os problemas sociais, agravados por novas medidas, com a introdução das 8 horas de trabalho diárias, que geraram vários conflitos e greves, como o encerramento das oficinas do Entroncamento em 1922, que tiveram efeitos nefastos no material motor.[14]
Em 11 de Maio de 1927, ganhou o concurso de arrendamento da exploração das ligações ferroviárias do Governo Português, até então geridas pela operadora Caminhos de Ferro do Estado; devido à falta de experiência na gestão de linhas de bitola reduzida, subarrendou a Linha do Tâmega à Companhia dos Caminhos de Ferro do Norte de Portugal, e as Linhas do Corgo e Sabor à Companhia Nacional de Caminhos de Ferro.[3] Em 1929, a tendência de crescimento da Companhia inverteu-se, devido à concorrência do transporte rodoviário; na Década de 1930, verificou-se uma regressão no transporte, inicialmente apenas para passageiros, e depois para mercadorias, o que forçou a uma redução nas despesas, como na manutenção de via e na mão-de-obra.[14] Por outro lado, também se começaram a estudar novas técnicas e novos meios de tracção, como locomotivas e automotoras a gasóleo.[14]
Em 1932, verificou-se uma alteração nos estatutos, tendo a Companhia passado a ser uma Sociedade anónima de responsabilidade limitada.[3]
Segunda Guerra Mundial |
Durante a Segunda Guerra Mundial, verificou-se uma escassez de carvão, o que levou, novamente, à redução dos serviços.[3] Mesmo assim, em 1940, a Companhia iniciou o serviço rápido Flecha de Prata, entre Lisboa e o Porto.[15]
Do final da Segunda Guerra Mundial à Revolução dos Cravos |
Em 1945, é publicada a Lei n.º 2008, sobre a coordenação de transportes terrestres, que determinou a concentração de todas as concessões de exploração ferroviária numa só empresa; no ano seguinte, foi realizada a escritura de transição das Companhias dos Caminhos de Ferro Portugueses da Beira Alta, Nacional de Caminhos de Ferro e Portuguesa para a Construção e Exploração de Caminhos de Ferro para a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[3] Esta empresa começou, assim, em 1947, a explorar todas as linhas em Portugal, de bitola larga e estreita, excepto a Linha de Cascais, que tinha sido arrendada à Sociedade Estoril até 1976.[3]
Verificou-se, no entanto, uma acentuada quebra nas receitas, tendo a Companhia sido forçada, em 1950, a pedir um empréstimo de 50 milhões de escudos.[16] No ano seguinte, entrou em vigor o contrato único, que reorganizou a gestão do transporte ferroviário, e alterou os estatutos da Companhia.[16]
Ainda assim, a Companhia conseguiu realizar vários investimentos, apoiados pelo I Plano de Fomento (1953-1958), no sentido de modernizar os seus serviços; destaca-se, principalmente, a viagem inaugural do serviço rápido Foguete, em 1953, e os projectos de electrificação da Linha de Sintra e do troço entre Lisboa e Carregado da Linha do Norte, concluídos em 1956.[16] Em 1958, foi introduzido, para o pessoal das oficinas, o regime de semana inglesa, e, em 1959, a empresa contratou com a Ericsson para a instalação de sinalização e comando centralizado na Linha de Vendas Novas.[16] Em 1966, são publicados novos estatutos para a Companhia, e é completada a electrificação entre Lisboa e o Porto; em 1968, é assinado um contrato com um consórcio da SOMAFEL e Somapre, para a renovação total da via.[16]
Em 1973, é publicado o Decreto-lei n.º 104/73, que autorizou o Ministro das Comunicações a estabelecer um novo contrato de concessão com a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[16]
Revolução dos Cravos e nacionalização |
A situação da Companhia alterou-se profundamente após a Revolução de 25 de Abril de 1974; com efeito, várias inspecções levadas a cabo revelaram os graves problemas laborais, ocultados pela organização, e que tiveram de ser resolvidos, com efeitos nefastos sobre a já instável capacidade financeira da Companhia.[17] Esta situação foi piorada pelas Crises do petróleo de 1973 e 1978, e pelas novas prioridades do regime democrático, que reduziu substancialmente os apoios à Companhia, com os quais apenas se puderam fazer algumas obras de construção e manutenção de via, como a instalação dos acessos ferroviários ao Complexo Industrial de Sines, e prosseguir com o programa de substituição do material motor a vapor, que se tinha iniciado há cerca de 30 anos.[18] Em 1975, deu-se a nacionalização da Companhia, embora, na prática, este processo não tenha tido grandes efeitos, uma vez que a empresa já se encontrava quase totalmente subordinada ao Estado.[6]
Finais do século XX |
Com a entrada de Portugal na CEE em 1986, a CP usufrui de fundos cada vez maiores para modernizar a empresa e o Caminho de Ferro.
Em 1987, é lançado o serviço Alfa com recurso a carruagens Corail. Um ano depois, em 1988, é lançado o serviço Intercidades também assegurado com carruagens Corail e alguns anos depois com carruagens Sorefame modernizadas.[19]
No ano de 1988 são suprimidos os serviços de passageiros na Linha do Sabor, parte da Linha do Vouga e da Linha do Douro. No ano seguinte, são encerradas a Linha do Sabor, Linha do Dão, Linha de Guimarães entre Guimarães e Fafe e a Linha do Douro entre Pocinho e Barca d'Alva.[19]
Em 1990 é assinado o contrato de aquisição de 42 UQE para o serviço suburbano da Linha de Sintra, este investimento marca o ínicio da modernização do Caminho de Ferro em Portugal.[19]
Em 1992, é criada a Fernave resultado da autonomização da área de formação da CP.[20]
Em 1993, a EMEF - Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário é criada resultando da autonomização da área industrial da CP destinada à Reparação e Reabilitação do Material Circulante.[21]
A CP bate o recorde de velocidade ferroviária em Portugal em 1993 com uma locomotiva série 5600 e 3 carruagens Corail atingindo 220 km/h entre Espinho e Avanca na Linha do Norte.[22] Velocidade que seria atingida em serviço comercial apenas alguns anos depois pelos comboios Alfa Pendular.
Em 1997, é lançado o site da CP na Internet (www.cp.pt). O site permite a consulta dos horários por linha, dos serviços e da informação institucional sobre a empresa. Foi posteriormente adicionada uma procura de horários mais inteligente, que combina automaticamente várias linhas e vários serviços.[23]
A empresa é profundamente modificada pelo Decreto-Lei n° 104/97 que lhe retira a responsabilidade das infraestruturas. Competência transferida para uma nova empresa pública, a REFER. Nesse mesmo ano a administração da CP implementa uma organização mais flexível baseada em Unidades de Negócio[24] Depois desta reorganização do setor a CP concentra-se na modernização da sua frota de material circulante com a compra de novos comboios e a reabilitação de outros. Foi renovado o material circulante dos comboios suburbanos de Lisboa, nomeadamente com novos comboios de dois pisos,[25][26][27] e do Porto.[28] No serviço regional esta modernização foi materializada com a reabilitação de várias séries de material circulante.[29][30][31]
Entre 1997 e 1999 foram inauguradas várias obras que introduziram profundas alterações tecnológicas que por sua vez originaram melhorias como o aumento da segurança, do conforto e a diminuição dos tempos de percurso. A eletrificação e modernização da Linha da Beira Alta é concluída. Os CCC (Postos de Comando Centralizado) de Campolide e da Pampilhosa são inaugurados. Em 1998 é a vez da GIL - Gare Intermodal de Lisboa (Gare do Oriente) ser inaugurada. Foi eletrificado o Ramal de Leixões que contribuiu para a melhoria da eficiência do transporte ferroviário de mercadorias. Por fim são concluídas várias quadruplicações na Linha de Sintra, de Cintura e do Norte que resolveram graves estrangulamentos à exploração ferroviária.
Em 1999 é inaugurado o serviço Alfa Pendular assegurado com recurso as novas automotoras CPA 4000 que podem atingir os 220 km/h em serviço comercial.[32] Velocidades que não poderam ser praticadas nos primeiros anos devido ao atraso na modernização da Linha do Norte. Este novo serviço substitui o antigo "ALFA" assegurado por carruagens Corail.
Década de 2000 |
Com a entrada no novo milénio a CP continua a renovar, modernizar e melhorar os seus serviços. São iniciadas as ligações Cacém/Alverca e Vila Franca de Xira/Alcântara Terra com recurso às novas automotoras de dois pisos UQE 3500. A partir de 2002, a classe única é generalizada no serviço Regional e InterRegional.[33]
A 5 de Junho de 2004 é inaugurado o "Eixo Atlântico" ou seja a ligação direta em Alfa Pendular entre Braga e Faro efetuada em cerca de 6 horas. O transbordo fluvial entre Santa Apolónia e o Barreiro, grave problema que vigorou durante mais de 100 anos, é definitivamente suprimido. Esta nova ligação foi possível graças à conclusão do Eixo Norte/Sul que implica a travessia ferroviária da Ponte 25 de Abril e a modernização e eletrificação da Linha do Sul até Faro. O Eixo Atlântico foi inaugurado pelo Primeiro Ministro Durão Barroso.[34]
Em 2004, é progressivamente criada a nova rede de Urbanos do Porto com a inauguração da modernização da Linha do Minho, de Guimarães e do Douro. Toda a rede de urbanos do Porto é explorada com as novas automotoras UME 3400. Estas automotoras foram construidas na fábrica da Bombardier na Amadora (ex-Sorefame) e integram as tecnologias mais modernas da altura.[35]
Em janeiro de 2006, a CP encomenda à Siemens 15 locomotivas elétricas para substituir as cinquentenárias LE 2500 e LE 2550. Estas locomotivas deram origem à série LE 4700. Posteriormente, foram encomendadas mais 10 unidades, o que aumentou o valor da aquisição de 70 para 100 milhões de euros. As primeiras três locomotivas foram montadas pela Siemens em Munique e as restantes pela EMEF (uma empresa do Grupo CP).[36][37][38]
Em 2007 é suprimido o "Comboio Azul" que é substituído pela ligação em Alfa Pendular Braga/Faro inaugurada em 2004. A última viagem deste comboio aconteceu no dia 20 de Abril de 2007. O serviço "Auto-expresso" (transporte ferroviário de automóveis) que era parte integrante do "Comboio Azul" já tinha sido suprimido no dia 1 de Abril de 2006, o que diminuiu a competitividade deste serviço ferroviário face ao próprio automóvel.[39][40]
Nesse mesmo ano entram ao serviço as primeiras automotoras UQE 2300 renovadas. Estas automotoras efetuam serviço na Linha de Sintra e de Azambuja. Os interiores são totalmente renovados com novas cores e estofos. Também é instalado o sistema visual e sonoro de informação ao público.
Nos anos de 2008, 2009 e 2010 é implementado o sistema de bilhética eletrónica nos comboios urbanos de Lisboa. Várias estações das Linhas de Sintra, Cascais e Azambuja são equipadas com controlos de acessos automáticos no sentido de reduzir a fraude.[41]
Em 2009, a CP aluga à RENFE 17 automotoras da série 592 para fazer face ao envelhecimento da sua frota dedicada ao serviço Regional. O contrato prevê uma duração de 5 anos (ou seja até 2014) data a partir da qual deverá chegar novo material circulante. Efetivamente, também em 2009, a CP lança um concurso público internacional de compra de material circulante com o objetivo de renovar a frota do serviço Regional e da Linha de Cascais. Concurso esse que será cancelado alguns meses depois devido à crise financeira.[42] Este aluguer permite abater ao serviço toda a série 0600.
Caracterização |
Actualmente, a CP transporta cerca de 122 milhões de passageiros[43] (dados de 2017). Encontra-se dividida em diferentes sub-empresas que representam unidades de negócio diferentes, cada uma com uma parte específica dos serviços prestados pela empresa:
- CP Regional
- CP Porto
- CP Lisboa
- CP Longo Curso
A CP detém ainda a gestão destas empresas:
EMEF - Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário, S.A.- FERNAVE - Formação Técnica, Psicologia Aplicada e Consultoria em Transportes e Portos, S.A.
- ECOSAÚDE - Educação, Investigação e Consultoria em Trabalho, Saúde e Ambiente, S.A.
- SAROS - Sociedade de Mediação de Seguros, Lda.
A CP - Comboios de Portugal, E.P.E. e as suas participadas formam o Grupo CP.
A CP actualmente dedica-se apenas ao transporte e actividades conexas. A gestão da rede ferroviária nacional, que lhe pertenceu até 1997, está hoje entregue a uma outra empresa pública, a Infraestruturas de Portugal.
É liderada por Carlos Nogueira, presidente do Conselho de Administração da CP desde Julho de 2017..
Atividade de transporte |
Desde 1989, o volume de passageiros transportados pela CP esteve numa queda continua, fomentada pelo aumento do uso do transporte individual fruto do forte investimento nas infraestruturas rodoviárias e do aumento do poder de compra da população. Entre 2008 e 2013, a CP registou uma queda extremamente importante da procura devido à crise financeira.[44] Desde 2013, a empresa recupera progressivamente com a implementação de uma política comercial agressiva, da paz laboral e da retoma económica.[45][46]
2005 | 2006 | 2007 | 2008 | 2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | 2016 | 2017 | |
Passageiros transportados (em milhões) | 130,6[47] | 133,2[47] | 134,7[48] | 135,5[49] | 131,2[50] | 130[51] | 126,1[52] | 111,7[53] | 107,2[54] | 109,7[55] | 112[56] | 114,8[57] | 122[58] |
Receita da atividade (em milhões de euros) | 175,9[47] | 194,7[47] | 204,5[48] | 216,2[49] | 213,2[50] | 212,2[51] | 212,4[52] | 210,5[53] | 203,4[54] | 214,4[55] | 220,5[56] | 230,3[57] | 250[58] |
Resultados económicos |
A CP regista prejuízos crónicos devido aos serviços públicos (com preços relativamente acessíveis determinados pelo estado) que presta sem ter um contrato de serviço público que estipule as indemnizações compensatórias que a CP deve receber. O elevado peso da divida histórica também impacta o défice. Desde 2015, a CP está sob perímetro de consolidação do Orçamento de Estado, o que permite à CP financiar-se directamente no OE sem necessidade de se endividar.[56] Desde então a divida da CP encontra-se numa tendência decrescente.
2006 | 2007 | 2008 | 2009* | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | 2016 | 2017 | |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
EBITDA (em milhões) | 14[47] | -24,5[49] | -26,3[49] | -22,1[50] | 13[52] | 39[52] | 45,6[59] | 21,9[54] | 14,7[55] | 3,7[56] | 0,344[57] | 14,626[58] |
Resultado Operacional (em milhões) | -114,6[60] | -105,9[61] | -99,3[49] | -107,7[50] | -87[52] | -62[52] | -27,7[59] | -19,7[54] | 36,7[55] | -175,1[56] | -54,3[57] | -35,5[58] |
Resultado Líquido (em milhões) | -192,8[60] | -183,9[61] | -190,4[49] | -217,3[50] | -202[52] | -289[52] | -223,3[59] | -226,5[54] | -159,8[55] | -278,4[56] | -144,5[57] | -111,9[58] |
Divida (em milhões) | 3 034[60] | 3 174[61] | 3 368[62] | 3 811[63] | 3 683[52] | 3 911[52] | 4 055[59] | 4 265[54] | 4 376[55] | 3 742[56] | 3 179[57] | 2 751[58] |
*Autonomização da CP Carga
Linhas em que presta ou prestou serviços de transporte |
Actuais |
Linha do Minho (excepto no troço entre Valença e Monção- encerrado)- Ramal Internacional de Valença
- Ramal de Braga
Linha de Guimarães (excepto no troço entre Porto-Trindade e Trofa- integrado na Linha C do Metro do Porto entre Porto-Trindade e ISMAI, encerrado entre ISMAI e Trofa)
Linha do Douro (excepto no troço entre Pocinho e Barca d'Alva- encerrado)
Linha do Tua (apenas no troço entre Cachão e Carvalhais, por concessão ao Metro de Mirandela- restante percurso encerrado)- Linha do Norte
Linha do Vouga (excepto no troço entre Sernada do Vouga e Viseu- encerrado)- Ramal de Aveiro
- Linha da Beira Alta
- Ramal de Alfarelos
- Linha do Oeste
- Ramal de Tomar
- Linha do Leste
Linha da Beira Baixa (excepto no troço entre Covilhã e Guarda, actualmente em obras, reabertura prevista para 2019[64])- Linha de Cintura
- Linha de Sintra
- Linha de Cascais
Linha do Alentejo (excepto no troço entre Beja e Funcheira- encerrado)- Linha de Évora
- Linha do Sul
- Linha do Algarve
- Linha do Sado
Serviços extintos |
- Linha do Tâmega
- Linha do Corgo
- Linha do Sabor
- Linha de Leixões
- Linha da Póvoa
- Linha do Dão
- Ramal do Montijo
- Ramal do Seixal
- Ramal de Neves-Corvo
- Ramal de Cáceres
- Ramal de Mora
- Ramal de Montemor
- Ramal de Reguengos
- Ramal de Vila Viçosa
- Ramal de Moura
- Ramal de Aljustrel
- Linha de Sines
- Ramal da Figueira da Foz
- Ramal da Lousã
- Ramal de Portalegre
Serviços ferroviários |
Tradicionalmente desde a sua fundação a CP separou completamente os seus serviços de Médio Curso dos de Longo Curso. Na atualidade, a divisão é mais flexível, existem serviços com ligação entre os comboios de Médio Curso e Longo Curso, e também comboios de Longa Curso que admitem certos passageiros de Médio Curso entre cidades próximas.
Longo Curso |
As linhas de longo curso são serviços não subvencionados, que geralmente incluem grandes prestações de bordo, como uma cafetaria, classe preferencial, restauração em assento ou a emissão de filmes. O nome de cada um destes serviços indica normalmente as prestações e o tipo de comboio, embora às vezes existam diferenças dentro de serviços com o mesmo nome.
Entre os serviços de longo curso incluem-se:
Alfa Pendular: é o serviço premium da CP e é efetuado pelas automotoras eléctricas da série 4000, com capacidade de pendulação, que possibilita uma velocidade máxima de 220 km/h. O serviço Alfa Pendular realiza os seguintes percursos:
Lisboa Santa Apolónia - Porto Campanhã (Comboios 120 a 129);
Lisboa Santa Apolónia - Braga (Comboios 130 a 137);
Lisboa Santa Apolónia- Guimarães (Comboios 140 e 141);
Porto-Campanhã - Faro (Comboios com o número 180 a 186).
Este serviço dispõe de duas classes: Classe Turística (equivalente à Segunda Classe dos serviços Intercidades) - Carruagens 6 a 3 - e Classe Conforto (equivalente à Primeira Classe dos serviços Intercidades) - Carruagens 1 e 2. O Bar está localizado na carruagem 3. De salientar que as carruagens se encontram ordenadas de sul para norte (1 -> 6).
Intercidades: é o serviço rápido da CP que liga as principais cidades do país. Estes serviços são maioritariamente efectuados com composições Locomotiva + Carruagens (CP 5600 com carruagens Corail ou Sorefames Modernizadas) possibilitando assim uma maior flexibilidade consoante a procura. A velocidade máxima deste serviço é 200 km/h, exceptuando nas ligações Casa Branca - Beja e Beira Baixa, onde é 120 km/h. O serviço Intercidades realiza os seguintes percursos:
Linha | Comboio | Percurso | Observações | |
---|---|---|---|---|
1 | 520 a 527 | Lisboa-Santa Apolónia - Porto-Campanhã | ||
2 | 720 a 723 | Lisboa-Santa Apolónia - Braga | ||
3 | 620 e 621 | Lisboa-Santa Apolónia - Guimarães | ||
4 | 510 a 519 | Lisboa-Santa Apolónia - Guarda | ||
5 | 540 a 545 | Lisboa-Santa Apolónia - Covilhã | ||
6 | 570, 572, 574, 670, 672 e 674 | Lisboa-Oriente - Faro | ||
7 | 590, 592, 594, 596, 598, 690, 692, 694 e 696 | Lisboa-Oriente - Casa Branca | Casa Branca - Évora | |
580 a 589 (no percurso Casa Branca - Beja) | Casa Branca - Beja | Único serviço Intercidades que utiliza comboios a diesel através de um shuttle. |
A numeração das carruagens neste serviço é pouco intuitiva e especialmente confusa para os novos utilizadores. As carruagens são numeradas como se segue (excepto os serviços Beira Baixa e Casa Branca - Beja, que são efectuados com automotoras CP 2240 e CP 0450, respectivamente), em circunstâncias ditas normais:
- Números 21 a 29: Carruagens de Segunda Classe. As carruagens estão ordenadas (21 -> 29) no sentido sul -> norte e circulam na ponta norte do comboio.
- Números 41 a 49: Carruagens de Segunda Classe. Esta númeração é apenas utilizada em dias de excepcional afluência (sextas, véspras de fim de semana prolongado ou feriados). Um exemplo da sua utilização é no Intercidades 723 (Lisboa - Braga) onde estão colocadas na cauda do comboio, seguem na retaguarda das carruagens de primeira classe, ordenadas 41 -> 49, no sentido sul -> norte. De notar que estas carruagens apenas circulam entre Lisboa e o Porto e são normalmente 4 (nº 41 a 44).
- Números 81 a 89: Carruagem de Primeira Classe com Bar. Normalmente, cada comboio apenas circula com uma carruagem Bar (a número 81), mas em caso excepcionais, caso circule com mais, as carruagens estão ordenadas (81 -> 89) no sentido norte -> sul e circulam no "meio" do comboio, entre as carruagens de Segunda e Primeira Classe. De notar que a parte do Bar se encontra sempre do lado da carruagem 21 (lado norte).
- Números 11 a 19: Carruagem de Primeira Classe. As carruagens estão ordenadas (11 -> 19) no sentido norte -> sul e circulam na ponta sul do comboio.
Para além disso, a CP realiza vários serviços nocturnos com uma velocidade máxima de 140 km/h. São serviços da categoria Internacional formados por composições de carruagens Talgo "Tren-hotel" alugadas à Renfe Operadora que inclui carruagem restaurante. Nesta categoria inserem-se dois serviços com destino a Espanha e França.
Sud-Expresso: serviço operado em exclusivo pela CP que liga as estações de Lisboa-Santa Apolónia e Hendaye (sentido ascendente) e Irún e Lisboa-Santa Apolónia (sentido descendente). A ligação de e para Paris (Gare Montparnasse) é assegurada por TGV. Circula acoplado ao Lusitânia entre Lisboa e Medina del Campo (em Portugal este serviço é conhecido por Sud-Lusitânia) e é sempre a composição do lado norte. Este serviço é apenas operado pela CP e circula pela Linha do Norte e da Beira Alta.
Lusitânia: serviço operado pela CP juntamente com a Renfe Operadora que liga as estações de Lisboa-Santa Apolónia e Madrid-Chamartín. Circula acoplado ao Sud-Expresso entre Lisboa e Medina del Campo (em Portugal este serviço é conhecido por Sud-Lusitânia) e é sempre a composição do lado sul. Este serviço circula pela Linha do Norte e pela Linha da Beira Alta.
Médio Curso |
No Médio Curso realizam-se linhas, que podem receber subvenções, tanto individualmente para cada linha por vezes através dos municípios, como globalmente através de um acordo com o governo estatal conhecido como contrato-programa. Todos os serviços têm prestações parecidas, com classe única sem cafetaria a bordo e a possibilidade de utilizar bicicletas.
InterRegional: é o serviço mais rápido de entre os serviços de médio curso, efetuando paragens apenas nas estações das cidades e vilas de maior importância. Estes serviços efectuam-se nas linhas do Norte, Minho, Douro, Oeste e no Ramal de Tomar.
Regional: são os serviços locais da CP efectuam paragem em todas ou quase todas as estações e apeadeiros. São os únicos serviços de passageiros prestados na Linha do Leste, Linha do Vouga e nos troços Guarda-Vilar Formoso da Linha da Beira Alta, Lagos-Tunes e Faro-Vila Real de Santo António da Linha do Algarve. Também são prestados nas linhas do Norte, Minho, Douro, Beira Alta, Beira Baixa, Oeste, Alentejo e Ramal de Tomar. São operados pela CP Regional. Nesta categoria está incluída a rede de Via Estreita, da qual atualmente só está em operação a Linha do Vouga e o Ramal de Aveiro que foi herdada da Companhia do Vouga, da Companhia do Norte e da Companhia Nacional. A CP assegura um relevante serviço público através de um contrato de prestação de serviços para o Metro Ligeiro de Mirandela, uma empresa onde detém uma participação minoritária e que foi criada após o encerramento da própria operação da CP na Linha do Tua.
Para além disso, a CP realiza vários serviços de Médio Curso, incluídos na categoria Internacional, que abrangem percursos internacionais:
Celta: Serviço rápido entre Portugal e a Galiza, operado pela CP e pela RENFE, ligando as estações de Porto-Campanhã e Vigo-Guixar. Segue pela Linha do Minho e efectua paragens em Nine, Viana do Castelo e Valença, atravessando a fronteira pelo Ramal Internacional de Valença. Na estação galega, permite ligação aos serviços Regionais e de Longo Curso com destino à Corunha, Santiago de Compostela, Pontevedra e Ourense.
Raiano: Serviço internacional entre Portugal e a Estremadura operado pela CP, ligando diariamente o Entroncamento e Badajoz. Circula pela Linha da Beira Baixa e a Linha do Leste, este serviço efetua paragem em cidades importantes tais como Abrantes, Portalegre e Elvas.[65]
Urbanos |
Urbanos compõem-se de serviços de caminho-de-ferro suburbano que circulam no interior das grandes áreas metropolitanas.
Este serviço é prestado nas três maiores aglomerações urbanas portuguesas:
Urbanos do Porto: utilizam as linhas do Norte (Porto Campanhã-Aveiro), Douro (Porto São Bento-Caíde), Minho (Porto Campanhã-Nine), Guimarães (Lousado-Guimarães) e Ramal de Braga (Nine-Braga).
Urbanos de Coimbra: fazem o percurso entre as estações de Coimbra e da Figueira da Foz, utilizando partes do Ramal da Lousã (Coimbra - Coimbra B), da Linha do Norte (Alfarelos - Coimbra B), do Ramal de Alfarelos (Alfarelos - Bifurcação de Lares), da Linha do Oeste (Bifurcação de Lares - Figueira da Foz), (até 2011 também o Ramal da Figueira da Foz).
Urbanos de Lisboa: utilizam as linhas do Norte, Cintura, Sintra, Cascais, Sul e Alentejo.
Turismo |
Além dos seus serviços regulares, a CP comercializa vários serviços turísticos ferroviários nas linhas do Douro e Vouga. Estes serviços são sazonais, funcionando unicamente durante o Verão.
Comboio Histórico do Douro: Serviço efectuado pela locomotiva a vapor CP 0186 na Linha do Douro entre as estações da Régua e do Tua[66], tem tido um sucesso crescente nos últimos anos, o que conduziu a CP a alargar a oferta deste serviço.[67]
MiraDouro: Serviço efetuado por uma locomotiva diesel 1400 e carruagens Schindler reabilitadas, foi lançado em 2017 com vista a reforçar a oferta na Linha do Douro.[68][69] Na primeira temporada, circulou entre a estação de Porto São Bento e a estação do Tua com um sucesso assinalável. No entanto, na segunda temporada em 2018 foi encurtado à estação da Régua, consequência das dificuldades operacionais da CP nesse período,[70] o que gerou uma queda abrupta do número de passageiros.
Comboio Histórico do Vouga: Serviço efetuado pela locomotiva a diesel, restaurada nas suas cores originais, CP 9004. Foi lançado em 2017 com o objectivo de dinamizar a Linha do Vouga, circula entre a estação de Aveiro e de Macinhata do Vouga, incluindo uma visita ao museu ferroviário existente nesta localidade.[71] O enorme sucesso da primeira temporada, tendo sido registadas taxas de ocupação de 100%, levou a CP a aumentar a oferta e o número de circulações em 2018.[72][73]
Conselho de Administração |
O Presidente do Conselho de Administração é o responsável máximo da empresa, liderando uma equipa geralmente constituída por cinco membros, contando com o próprio Presidente. Os membros do conselho de administração são nomeados diretamente pelo ministro da tutela e exercem geralmente um mandato trianual.
Sendo um cargo de confiança política, os nomeados são geralmente membros ou independentes próximos dos dois partidos que se alternam na chefia do Governo de Portugal, o PS e o PSD.
O atual Presidente do Conselho de Administração é Carlos Nogueira, que sucedeu a Manuel Queiró em Julho de 2017.
Acompanham-no os vogais Sérgio Abrantes Machado e Ana Maria dos Santos Malhó.
Esta administração tem como missão "o desenvolvimento de uma política que contribua para a coesão territorial do país, a renovação estratégica do material circulante e a reestruturação orgânica da empresa", segundo um comunicado do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas.[74]
Titular | Partido Político | Mandato |
Francisco Neto de Carvalho | Ind. | 1969—1974 |
Walter Rosa | PS | 1974—1975 |
José Augusto Fernandes | Ind. | 1975—1976 |
Amílcar Marques | Ind. | 1976—1980 |
José Ricardo Marques da Costa | Ind. | 1980—1982 |
António Queirós Martins | PSD | 1982—1986 |
Carvalho Carreira | PSD | 1986—1993 |
Pedro Alves | PSD | 1993—1994 |
António Brito da Silva | PSD | 1994—1996 |
Manuel Frasquilho | Ind. | 1996—1997 |
Crisóstomo Teixeira | PS | 1997—2003 |
Ernesto Martins de Brito | PSD | 2003—2004 |
António Ramalho | PSD | 2004—2006 |
Francisco Cardoso dos Reis | PS | 2006—2010 |
José Benoliel | Ind. | 2010—2013 |
Manuel Queiró | CDS-PP | 2013—2017 |
Carlos Nogueira | Ind. | 2017—presente |
Ver também |
- RAVE
- Conselho de Administração da CP
- REFER
- Interrail
- Alfa Pendular
- Intercidades
- Comboio inter-regional
- Comboio regional
- Comboio urbano
Referências
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↑ ab OJANGUREN, Arturo E. Sanchez (Dezembro de 1979). «Portugal se Esfuerza en la Modernizacion de sus Ferrocarriles». Via Libre (em espanhol). 16 (191). Madrid: Gabinete de Información y Relaciones Externas de RENFE. p. 16
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↑ Martins et al, 1996:63, 64
↑ TAVARES, 2000:107
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↑ MARTINS et al, p. 16
↑ MARTINS et al, 1996:18
↑ «Linhas portuguezas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (337). 1 de Janeiro de 1902. p. 11. Consultado em 6 de Fevereiro de 2016
↑ «Orçamento da Companhia Real» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (340). 16 de Fevereiro de 1902. p. 51. Consultado em 6 de Fevereiro de 2016
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↑ REIS et al, 2006:100
↑ abcdef REIS et al, 2006:102
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↑ «Carlos Gomes Nogueira será o novo presidente da CP»
Bibliografia |
TAVARES, João Fernando Cansado (2000). 100 Obras de Arquitectura Civil no Século XX. Portugal. Lisboa: Ordem dos Engenheiros. 286 páginas. ISBN 972-97231-7-6
REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público - Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X !CS1 manut: Uso explícito de et al. (link) !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
MARTINS, João; BRION, Madalena; SOUSA, Miguel; et al. (1996). O Caminho de Ferro Revisitado. O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses. 446 páginas !CS1 manut: Uso explícito de et al. (link) !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
Ligações externas |
Mais informações nos sites oficiais das empresas/entidades
- Operador Ferroviário Português - CP - Comboios de Portugal, E.P.E.
- Gestor das Infraestruturas Ferroviárias Portuguesas - IP - Infraestruturas de Portugal, S.A.
- Entidade Reguladora do Sector Ferroviário Português - IMT - Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I.P.
- Material de Longo curso - Transportes XXI: CP- Longo Curso - Jul. 2012
Material motor ferroviário em Portugal | ||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Tipologia ↓ | diesel / gasolina / gasogénio | vapor: carvão / óleo | elétrica (IP: 25 kV / 50 kHz ou (*) 1500 V; outras redes q.v.) | ← Tracção | ||||||||
Estado → | em serviço | fora de serviço (ou uso ocasional) | em serviço | Bitola ↓ | ||||||||
Rede IP (Notas: A itálico, séries com uso partilhado entre a CP e outras empresas, simult. ou não; a itálico sublinhado, séries usadas exclusivamente por outra empresa.) | ||||||||||||
automotoras | “592” | remodelados | M1 0050 0100 0500 0750 0600 0650 | 1001 Z1 | 2000 2050 2080 ABm1-18→ | remodelados | 2300 2400 3400 3500 4000 | 1668 mm (ibérica) | ||||
0350← 0450← | ←0300 ←0400 | 2100⎫ 2150⎬ 2200⎭ ⎰*3100→ ⎱*3200→ | →2240 →3150* →3250* | |||||||||
9630 | 9500← | ←9700─╮ 9400←╯ | ME1 ME21 9050 9100 9300 9600 | (Vale do Lima) | (não existe atualmente tração elétrica na rede ferroviária métrica da IP) | 1000 mm (métrica) | ||||||
locomotivas | 9000 9020 Lydya |
| ||||||||||
1200 1400 1500 1520 1900 1930 6000 | 1300 1320 1550 1800 1960 |
| 2500 2550 3300* 2600 2620 | 4700 5600 | 1668 mm (ibérica) | |||||||
locotratoras | 1150 | 1000 1020 1050 1100 | 005 | |||||||||
Redes locais (excl. sistemas de frota fixa específica, como funiculares e teleféricos) | ||||||||||||
bondes |
| STCP200 STCP270 STCP280 | 1435 mm (padrão) | |||||||||
automotoras | ML7 ML79 | ML90 ML95 ML97 ML99 | ||||||||||
LRVs, articulados | MP000 MP100 C000 | |||||||||||
CCFL501 | 900 mm | |||||||||||
bondes | TUB1 |
| CCFL001 CCFL005 CCFL541 CCFL701 CCFL737 | |||||||||
(PdV-VdC) | (CCFTNA) (CFPLER) | SMTUC01 SMTUC03 SMTUC16 | (CSA) | 1000 mm (métrica) | ||||||||
locomotivas | (CSA23074) | (Pomarão) | ||||||||||
(Transpraia) (P.d’El-Rei) | (Mira) (CFPL) | 600 mm | ||||||||||
(JAPH) N0(JAPPD) | 2140 mm | |||||||||||
Estado → | em serviço | fora de serviço | em serviço | Bitola ↑ | ||||||||
Tipologia ↑ | diesel / gasolina / gasogénio | vapor: carvão / óleo | elétrica | ← Tracção | ||||||||
Ver também: Linhas • Empresas • Multimédia |