Dinamarca
Nota: DK redireciona para este artigo. Para a série de jogos eletrônicos com o personagem homônimo, veja Donkey Kong.
Kongeriget Danmark Reino da Dinamarca | |
Lema: Guds hjælp, folkets kærlighed, Danmarks styrke "A ajuda de Deus, o amor do povo, a força da Dinamarca" | |
Hino nacional: Der er et yndigt land "Há uma bela terra" Hino real: Kong Christian stod ved højen Mast | |
Gentílico: Dinamarquês (esa)[1] | |
Localização da Dinamarca (em vermelho) No continente europeu (em cinza) Na União Europeia (em branco) Localização de Dinamarca, Ilhas Feroe e Groenlândia, que juntas formam o Reino da Dinamarca (em vermelho). | |
Capital | Copenhaga ou Copenhague 55°43′N 12°34′E |
Cidade mais populosa | Copenhaga |
Língua oficial | Dinamarquês |
Religião oficial | Luteranismo |
Governo | Monarquia constitucional |
- Rainha | Margarida II |
- Primeiro-ministro | Lars Løkke Rasmussen |
Formação | |
- Independência | Antes do século VIII |
Entrada na UE | 1 de janeiro de 1973 |
Área | |
- Total | 43 094 km² (134.º) |
- Água (%) | 1,6 |
Fronteira | Alemanha e ligada à Suécia por meio da Ponte do Øresund |
População | |
- Estimativa para 2018 | 5 789 957[2] hab. (108.º) |
- Densidade | 129,16 hab./km² (78.º) |
PIB (base PPC) | Estimativa de 2014 |
- Total | US$ 248,683 bilhões*[3] (52.º) |
- Per capita | US$ 44 325[3] (20.º) |
PIB (nominal) | Estimativa de 2014 |
- Total | US$ 347,196 bilhões*[3] (32.º) |
- Per capita | US$ 61 884[3] (8.º) |
IDH (2017) | 0,929 (11.º) – muito elevado[4] |
Gini (2012) | 28,1[5] |
Moeda | Coroa (krone) ( DKK ) |
Fuso horário | CET (UTC+1) |
- Verão (DST) | CEST (UTC+2) |
Clima | Oceânico |
Org. internacionais | ONU, OCDE, UE, OTAN, EFTA |
Cód. ISO | DNK |
Cód. Internet | .dk |
Cód. telef. | +45 |
Website governamental | Site Oficial da Dinamarca - em inglês |
¹ Cooficial com o Inuktitut, na Gronelândia. |
Dinamarca (em dinamarquês: Danmark, [ˈd̥ænmɑɡ̊]), oficialmente Reino da Dinamarca, é um país nórdico da Europa setentrional e membro sênior do Reino da Dinamarca. É o mais meridional dos países nórdicos, a sudoeste da Suécia e ao sul da Noruega, delimitado no sul pela Alemanha. As fronteiras da Dinamarca estão no Mar Báltico e no Mar do Norte. O país é composto por uma grande península, a Jutlândia, e 443 ilhas, das quais 78 habitadas, com destaque para a Zelândia (Sjælland), Funen (Fyn), Vendsyssel-Thy, Lolland, Falster e Bornholm, assim como centenas de ilhas menores, muitas vezes referidas como o Arquipélago Dinamarquês.[6] A Dinamarca há muito tempo controla a entrada e a saída do mar Báltico, já que isso só pode acontecer por meio de três canais, que também são conhecidos como os "Estreitos Dinamarqueses".
A língua nacional, o dinamarquês, é próxima do sueco e do norueguês. A Dinamarca compartilha fortes laços históricos e culturais com a Suécia e com a Noruega. 82,0% dos habitantes da Dinamarca e 90,3% da etnia dinamarquesa são membros da Igreja Estatal Luterana. Cerca de 9% da população tem nacionalidade estrangeira, sendo que uma grande parte deles são provenientes de outros países escandinavos.
O país é uma monarquia constitucional com um sistema parlamentar de governo. Possui um governo central e outros locais em 98 municípios. O país é membro da União Europeia desde 1973, embora não tenha aderido ao euro, e um dos membros fundadores da Organização do Tratado do Atlântico Norte e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.
A Dinamarca, com uma economia mista capitalista e um estado de bem-estar social,[7] possui o mais alto nível de igualdade de riqueza do mundo, sendo considerado em 2011, o país com menor índice de desigualdade social do mundo. A Dinamarca tem o melhor clima de negócios no mundo, segundo a revista estadunidense Forbes.[8] De 2006 a 2008, pesquisas[9] classificaram a Dinamarca como "o lugar mais feliz do mundo", com base em seu princípio de saúde, bem-estar, assistência social e educação universal; O Índice Global da Paz de 2009 classificou a Dinamarca como o segundo país mais pacífico do mundo, depois da Nova Zelândia.[10] A Dinamarca também foi classificada como o país menos corrupto do mundo em 2008, pelo Índice de Percepção de Corrupção,[11] compartilhando o primeiro lugar com a Suécia e a Nova Zelândia.
Índice
1 Etimologia
2 História
2.1 Antiguidade, Idade Média e Era Moderna
2.2 Século XIX
2.3 Século XX
3 Geografia
4 Demografia
4.1 Composição étnica
4.2 Religião
4.3 Urbanização
5 Política
5.1 Relações exteriores
5.2 Forças armadas
6 Subdivisões
7 Economia
8 Infraestrutura
8.1 Energia renovável
9 Cultura
9.1 Esportes
10 Ver também
11 Referências
12 Ligações externas
Etimologia |
A etimologia da palavra Dinamarca e, especialmente, a relação entre os dinamarqueses e a Dinamarca e a unificação do país como um único reino, ainda são assuntos que atraem debate.[12][13] Esta discussão é centrada principalmente no prefixo "Dan" e se refere aos danos ou uma pessoa histórica chamada Dan. A questão é ainda mais complicada por uma série de referências a vários danos na Escandinávia ou em outros lugares na Europa em fontes gregas e romanas (como Ptolomeu, Jordanes e Gregório de Tours), bem como na literatura medieval (como Adão de Bremen, Beowulf, Widsith e Edda em verso).
A maioria dos manuais considera a origem da primeira parte da palavra,[14] bem como o nome das pessoas, de uma palavra que significa "terra plana" , relacionada com as palavras em alemão tenne e em sânscrito dhanus (धनुस् ; "deserto"). O sufixo marca provavelmente significa "floresta" ou "fronteira", com referências prováveis para as florestas de fronteira no sul do Schleswig.[15]
História |
Ver artigo principal: História da Dinamarca
Antiguidade, Idade Média e Era Moderna |
A origem da Dinamarca está perdida na pré-história. Sua fortaleza mais velha é datada do século VII, ao mesmo tempo que o novo alfabeto rúnico. A Dinamarca foi unida por Haroldo Dente-Azul por volta 456.
Após o século XI, os dinamarqueses ficaram conhecidos como viquingues, colonizando, invadindo e negociando em toda a Europa.[16]
Em vários momentos da história, a Dinamarca controlou a Inglaterra, Noruega, Suécia, Islândia, parte das Ilhas Virgens, partes da costa Báltica e o que é agora o norte da Alemanha. A Escânia foi parte da Dinamarca na maior parte de sua história, mas foi perdida para a Suécia em 1658.
Século XIX |
A união com a Noruega foi dissolvida em 1814, quando Noruega entrou em uma nova união com a Suécia (até 1905). O movimento liberal e nacional dinamarquês teve seu momento culminante em 1830, e após as revoluções europeias de 1848, a Dinamarca tornou-se uma monarquia constitucional em 1849. O ducado de Schleswig tornou-se propriedade pessoal do rei da Dinamarca em 1460. As tentativas feitas a partir de 1846 pela Dinamarca para anexar o ducado de Schleswig, assim como também o ducado de Holstein, fracassaram durante a guerra dos Ducados (1864). Depois da guerra austro-prussiana em 1866, a Prússia, vitoriosa na guerra, anexou ambos os ducados e aproveitou para dissolvê-los transformando-os numa única unidade a província do Schleswig-Holstein. Estes ducados sempre fizeram parte do Sacro Império Romano Germânico até Napoleão dissolver este Império em 1806.
Derrotado Napoleão, após o Congresso de Viena em 1815, os ducados Schleswig e Holstein passaram a fazer parte da Confederação Germânica, herdeira natural do Sacro Império Romano Germânico, visto que estes ducados nunca pertenceram à Dinamarca, mas eram apenas propriedade pessoal dos seus soberanos simultaneamente reis da Dinamarca. (Em 1920, mediante plebiscito realizado devido à derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial, uma das regiões plebiscitárias o norte do Schleswig (Abstimmungsgebiet) foi cedida à Dinamarca, onde ainda hoje há alguns núcleos populacionais maioritariamente de língua alemã, cujos direitos como minoria nacional estão reconhecidos internacionalmente.) Depois da segunda guerra de Schleswig em 1864, o rei da Dinamarca teve que ceder os ducados de Schleswig e Holstein à Prússia em resultado da sua derrota pessoal, este episódio por simbiose marcou profundamente a identidade nacional dinamarquesa.
Século XX |
Após a derrota frente à Prússia, a Dinamarca adotou uma política de neutralidade, permanecendo neutra na Primeira Guerra Mundial. Em 9 de abril de 1940, a Dinamarca foi invadida pela Alemanha Nazista (operação Weserübung) e permaneceu ocupada durante toda a Segunda Guerra Mundial, apesar de alguma pequena resistência interna. O país tentou ser o mais neutro possível e não ceder o seu poder interno ao controle nazista, sendo socialista na época, tentando inclusive persuadir dinamarqueses a não se afiliarem ao exército alemão, que ao fim da guerra, começou a intensificar este. Ao fim de 1944, poucos dinamarqueses apoiavam o regime de Hitler - ainda menos do que em 1940, justificando assim o aumento da resistência interna com atentados a soldados nazistas.
A mudança constitucional em 1953 levou a um parlamento de câmara única eleito por representação proporcional, a adesão feminina ao trono dinamarquês, e da Groenlândia se tornando parte integrante da Dinamarca. Os social-democratas lideraram uma série de governos de coalizão pela maior parte da segunda metade do século XX em um país geralmente conhecida por suas tradições liberais.
Após a Segunda Guerra Mundial, a Dinamarca tornou-se um dos membros fundadores da Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e das Nações Unidas. Durante os anos 1960 , os países da EFTA eram muitas vezes referidos como os Sete Exteriores, ao contrário dos Seis Interiores do que era então a Comunidade Econômica Europeia (CEE).[17]
Em 1973, juntamente com o Reino Unido e a Irlanda, a Dinamarca aderiu à Comunidade Econômica Europeia, que posteriormente iria formar a União Europeia (UE) após um referendo público. O Tratado de Maastricht, que envolvia uma maior integração europeia, foi rejeitado pelo povo dinamarquês em 1992; ele só foi aceito depois de um segundo referendo, em 1993, e pela adição de certas disposições para a Dinamarca. Os dinamarqueses rejeitaram o Euro como moeda nacional em um referendo em 2000. A Groenlândia ganhou governo próprio em 1979 e foi premiada com a autodeterminação em 2009. A Groenlândia e as Ilhas Faroé não são membros da UE; as Ilhas Faroé saíram da CEE em 1973 e a Groenlândia em 1986, em ambos os casos por causa de políticas de pesca.
Geografia |
Ver artigo principal: Geografia da Dinamarca
A Dinamarca compartilha uma fronteira de 68 km com a Alemanha no sul e é cercada por 7 314km de mar (incluindo pequenas baías e enseadas).[18] Possui área total de 43 094km². Desde 2000, a Dinamarca está ligada à Suécia pela Ponte do Øresund. A Dinamarca consiste na península da Jutlândia (Jylland) e de 443 ilhas com nome, das quais 76 são habitadas, e entre as quais as mais importantes são Fiónia e a Zelândia (Sjælland) onde localiza-se Copenhaga a capital do país. A ilha de Bornholm localiza-se um pouco para leste do resto do país, no mar Báltico. Muitas das ilhas estão ligadas por pontes.[19]
O país é, em geral, plano e com poucas elevações, os pontos mais elevados são o Møllehøj, o Ejer Baunehøj e o Yding Skovhøj, todos com altitude apenas uns centímetros acima dos 170 m. O clima é temperado, com invernos suaves e verões frescos. As cidades principais são a capital, Copenhague (na Zelândia), Aarhus (na Jutlândia) e Odense (em Fyn).[carece de fontes]
A Dinamarca encontra-se na zona de clima temperado. O inverno não é muito frio, com temperaturas médias em janeiro e fevereiro de 0 °C, e o verão é fresco, com uma temperatura média em agosto de 15,7 °C.[18] A Dinamarca tem uma média de 712mm de precipitação por ano; o outono é a estação do ano mais chuvosa e a primavera é a mais seca. Devido à sua localização geográfica, a duração dos dias varia muito na Dinamarca.[carece de fontes]
Demografia |
De acordo com estatísticas de 2012 do governo dinamarquês, 89,6% da população de mais de 5 580 516 habitantes da Dinamarca é de ascendência dinamarquesa (definido como tendo pelo menos um pai que nasceu na Dinamarca e tem nacionalidade dinamarquesa). Muitos dos 10,4% restantes são imigrantes ou descendentes de imigrantes recentes de países vizinhos, além de Turquia, Iraque, Somália, Bósnia e Herzegovina, Sul da Ásia e do Oriente Médio.[20]
A idade média é de 41,4 anos, com 0,97 homens por mulher. 99% da população (acima de 15 anos) é alfabetizada. A taxa de fecundidade é de 1,73 filhos por mulher (est. 2013). Apesar da baixa taxa de natalidade, a população continua a crescer a uma taxa média anual de 0,23%.[21]
As línguas dinamarquesa, feroesa e groenlandesa são as línguas oficiais da Dinamarca continental, das Ilhas Faroé e da Gronelândia, respectivamente. O alemão é uma língua minoritária oficial no antigo condado sul de Jutlândia, perto da fronteira com a Alemanha. O dinamarquês é falado em todo o reino e é a língua nacional da Dinamarca. O inglês e alemão são as línguas estrangeiras mais faladas.[22]
A Dinamarca é frequentemente classificada como o país mais feliz do mundo em estudos internacionais sobre níveis de felicidade entre a população.[23][24][25][26][27]
Composição étnica |
De acordo com censos de 2009, 90,5% da população da Dinamarca era descendente da etnia dinamarquesa. O restante eram imigrantes — ou descendentes de imigrantes — vindos da Bósnia e Herzegovina, países vizinhos e Ásia. A população da Dinamarca é de 5 475 791 pessoas, com uma densidade demográfica de 129,16 habitantes por km².[18] Grande parte da população encontra-se no litoral, principalmente em áreas próximas a capital Copenhague.
O dinamarquês é falado em todo o país, embora um pequeno grupo perto da fronteira alemã também fale alemão.
Religião |
Ver artigo principal: Religião na Dinamarca
De acordo com as estatísticas oficiais de janeiro de 2014, 78,4% da população da Dinamarca é composta por membros da Igreja Nacional da Dinamarca, a denominação religiosa oficialmente estabelecida, que é luterana na tradição.[28][29] Isto representa uma queda de 0,7% em relação ao ano anterior e 1,3% inferior em relação a dois anos antes. Apesar dos valores elevados de adesão, apenas 3% da população religiosa afirmam frequentar regularmente os cultos dominicais.[30][31]
A Constituição do país estabelece que os membros da família real devem ser seguidores da Igreja Nacional da Dinamarca, que é a igreja do estado, embora o restante da população seja livre para aderir a outras religiões.[29][32] Em 1682, o Estado concedeu o reconhecimento limitado a três grupos religiosos dissidentes da Igreja Estabelecida: o catolicismo romano, a Igreja Reformada e o Judaísmo,[32] embora a conversão desses grupos vista pela Igreja da Dinamarca permaneceu ilegal inicialmente. Até os anos 1970, o Estado reconhecia formalmente as "sociedades religiosas" por intermédio de um decreto real. Atualmente, os grupos religiosos não precisam de reconhecimento oficial do governo na Dinamarca, podendo ser concedido a estes o direito de realizar casamentos e outras cerimônias, sem este reconhecimento.[32]
Os muçulmanos na Dinamarca compõem cerca de 3% da população e formam a segunda maior comunidade religiosa do país, além da maior minoria religiosa.[33][34] Desde 2009, há dezenove comunidades muçulmanas reconhecidas na Dinamarca.[34] De acordo com o Ministério das Relações Exteriores dinamarquês, outros grupos religiosos correspondem a menos de 1% da população individualmente e cerca de 2%, quando considerados em conjunto.[35]
Conforme uma pesquisa feita pelo Eurobarómetro, em 2010, 28% dos cidadãos dinamarqueses entrevistados responderam que "acreditam que existe um Deus", 47% responderam que "acreditam que existe algum tipo de espírito ou força vital" e 24% responderam que "não acreditam que haja qualquer tipo de espírito, Deus ou força vital". Outra pesquisa, realizada em 2009, constatou que 25% dos dinamarqueses acreditam que Jesus Cristo é o filho de Deus, e 18% acreditam que ele é o salvador do mundo.[36][37]
Urbanização |
Cidades mais populosas da Dinamarca Maiores cidades da Dinamarca - GeoNames | |||||||||||
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Copenhague Aarhus | |||||||||||
Posição | Localidade | Região | Pop. | Odense Aalborg | |||||||
1 | Copenhague | Capital | 518,574 | ||||||||
2 | Aarhus | Central | 303,318 | ||||||||
3 | Odense | Sul | 187,929 | ||||||||
4 | Aalborg | Norte | 196,292 | ||||||||
5 | Esbjerg | Sul | 114,244 | ||||||||
6 | Vejle | Sul | 104,933 | ||||||||
7 | Randers | Central | 94,221 | ||||||||
8 | Kolding | Sul | 87,781 | ||||||||
9 | Horsens | Central | 81,565 | ||||||||
10 | Roskilde | Zelândia | 80,687 |
Política |
Ver artigo principal: Política da Dinamarca
Em 1849, o Reino da Dinamarca passou a ser uma monarquia constitucional com a adaptação de uma nova constituição. O monarca (A Rainha Margarida II da Dinamarca) é efectivamente o chefe de estado, a sua função é essencialmente de representação máxima do Estado e do povo. É, à semelhança da generalidade dos chefes de estado das monarquias do norte da Europa, titular de um papel cerimonial que representa a tradição e cultura enraizada do respectivo povo. O poder executivo é exercido pelos ministros, sendo o primeiro-ministro um primeiro entre iguais (primus inter pares). Os tribunais da Dinamarca são funcional e administrativamente independentes dos poderes executivo e legislativo. A atual monarca da Dinamarca é a Rainha Margarida II. Seu filho, o Príncipe Frederico é o herdeiro do trono.
O Folketing é o parlamento nacional, o órgão legislativo supremo do reino. Em teoria, ele tem a autoridade legislativa suprema de acordo com a doutrina da soberania parlamentar. O parlamento é capaz de legislar sobre qualquer assunto e não é vinculado às decisões de seus antecessores. Entretanto questões sobre soberania têm sido antecipadas por causa da entrada da Dinamarca na União Europeia. Parlamento é composto por 175 membros eleitos por maioria proporcional, além de dois membros da Groenlândia e das Ilhas Faroé cada.[38] As eleições parlamentares são realizadas pelo menos a cada quatro anos, mas está dentro dos poderes do primeiro-ministro pedir ao monarca para chamar para uma eleição antes do prazo decorrido. Em um voto de confiança, o parlamento pode forçar um único ministro ou todo o governo a demitir-se.[39]
O sistema político dinamarquês tradicionalmente tem gerado coligações A maioria dos governos dinamarqueses do pós-guerra foram coalizões minoritárias governando com o apoio dos partidos não-governamentais.[40]
Relações exteriores |
A política externa dinamarquesa é baseada na sua identidade como uma nação soberana na Europa. Como tal, o seu principal foco na política externa é em suas relações com outras nações como uma nação independente. A Dinamarca há muito tempo tem boas relações com outras nações. O país esteve envolvido na coordenação da ajuda ocidental para os países bálticos (Estônia,[41]Letônia e Lituânia).[42]
Após a Segunda Guerra Mundial, a Dinamarca terminou com a sua política de neutralidade de mais de duzentos anos. A Dinamarca tem sido um membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) desde a sua fundação, em 1949, e a participação na aliança militar continua a ser altamente popular.[43] Houve vários confrontos sérios entre os Estados Unidos e a Dinamarca sobre a política de segurança entre 1982 e 1988, quando uma maioria parlamentar alternativa forçou o governo a adotar posições nacionais específicas sobre as questões nucleares e de controle de armas. Com o fim da Guerra Fria, no entanto, a Dinamarca tem apoiado os objetivos da política dos Estados Unidos dentro da OTAN.[43]
Forças armadas |
As forças armadas da Dinamarca são conhecidos como a "Defesa Dinamarquesa". Durante tempos de paz, o Ministério da Defesa emprega cerca de 33 mil soldados no total. Os principais ramos militares empregam quase 27 mil: 15.460 no Exército Real Dinamarquês, 5.300 na Marinha Real Dinamarquesa e 6050 na Força Aérea Real Dinamarquesa (todos, incluindo recrutas).
A Agência de Gerenciamento de Emergências Dinamarquês (Beredskabsstyrelsen) emprega 2.000 (incluindo recrutas) e cerca de quatro mil estão em serviços não-específicos de cada ramo militar, como o Comando de Defesa Dinamarquês. Além disso em torno de 55.000 servem como voluntários no Guarda Caseira Real Dinamarquesa (Hjemmeværnet).
O país é um forte defensor da manutenção da paz internacional. A Defesa Dinamarquesa tem em torno de 1400[44] soldados em missões internacionais, não incluindo as contribuições permanentes da OTAN. As três maiores contribuições estão no Afeganistão (ISAF), Kosovo (KFOR) e no Líbano (UNIFIL). Entre 2003 e 2007, havia cerca de 450 soldados dinamarqueses no Iraque.[45]
Subdivisões |
Ver artigo principal: Subdivisões da Dinamarca
A Dinamarca divide-se em cinco regiões (regioner, singular region, em dinamarquês) nas quais se distribuem 98 municípios. As regiões foram criadas em 1 de janeiro de 2007 como parte da Reforma Municipal Dinamarquesa de 2007 e substituem os treze antigos condados (amter). Na mesma data, os 270 municípios foram consolidados em 98.[carece de fontes]
A Groenlândia e as ilhas Faroé integram o Reino da Dinamarca, mas gozam de autonomia e uma grande medida de auto-governo; ambas possuem dois membros, cada, no parlamento dinamarquês.[carece de fontes]
Região | Capital | Cidade mais populosa | População | Área (km²) | Densidade pop. (por km²) | Condados correspondentes (1970-2006) |
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Capital (Hovedstaden) | Hillerød | Copenhague | 1.636.749 | 2.561 | 639,1 | Copenhague e Frederiksborg, e os municípios de Copenhague, Frederiksberg e Bornholm |
Jutlândia Central (Midtjylland) | Viborg | Århus | 1.227.428 | 13.053 | 94,0 | Ringkjøbing, quase todo o Aarhus, a porção meridional do Viborg e a setentrional do Vejle |
Jutlândia do Norte (Nordjylland) | Aalborg | Aalborg | 576.972 | 8.020 | 71,9 | Jutlândia do Norte, a porção setentrional do condado de Viborg e uma pequena parte do Aarhus |
Zelândia (Sjælland) | Sorø | Roskilde | 816.118 | 7.273 | 112,2 | Roskilde, Storstrøm e a Zelândia Ocidental |
Dinamarca do Sul (Syddanmark) | Vejle | Odense | 1.189.817 | 12.191 | 97,5 | Fiônia, Ribe, Jutlândia do Sul e a metade meridional do condado de Vejle |
Dinamarca | Copenhague | Copenhague | 5.447.084 | 43.093 | 126,4 | O país como um todo |
Economia |
Ver artigo principal: Economia da Dinamarca
Segundo dados de 2011, a Dinamarca figura como a 31ª maior economia do mundo se considerarmos seu Produto Interno Bruto (PIB) nominal (estimado nesse mesmo ano em US$349,1 bilhões/mil milhões)[46], enquanto seu PIB medido de acordo com sua Paridade de Poder de Compra foi considerado o 52º maior do mundo em 2011 (calculado nesse período em US$208,8 bilhões/mil milhões)[47].
A economia da Dinamarca é dependente dos intercâmbios comerciais com os outros países e da capacidade de influência nas conjunturas internacionais e nos fatores econômicos. O valor das exportações e importações compõe cerca de um 1/3 do PIB do país. Grande parte dos intercâmbios comerciais são feitos com demais países da União Europeia. O sócio de comércio bilateral mais importante é a Alemanha, tendo uma boa interação económica com a Suécia e a Grã-Bretanha. Fora da UE, a Dinamarca mantém relações comerciais com a Noruega, os Estados Unidos e o Japão.[carece de fontes]
Desde a Segunda Guerra Mundial, as exportações dinamarquesas têm-se expandido. A venda de produtos industriais ultrapassou a exportação agrária, ocupando um lugar cada vez mais importantes dentro da pauta de exportações da Dinamarca. No final dos anos 90, a exportação industrial constituiu aproximadamente 80% do valor total das vendas ao exterior, enquanto as vendas de produtos agrários representaram 11%. As áreas de ferramentas e maquinaria formam 26% do total das exportações industriais, os produtos químicos representam 12% e os produtos da indústria agroalimentícia, incluída carne de conserva, atendem a 4%. O forte crescimento económico da Dinamarca entre as décadas de 1960 e 1980 não refletiu num bom desempenho nos anos 90, o que influenciou numa ligeira queda na exportação na área de serviços.[carece de fontes]
Na pauta de importações, os principais produtos comprados são matérias-primas e produtos semi-fabricados, incluindo a energia. A compra de maquinaria e equipamentos de produção para indústria e comércio representa 67% do valor total de importações. Nos anos 80, a importação de energia caiu significativamente, devido ao aumento da produção interna de petróleo. Os outros 33% de importações são de produtos de consumo, especificamente automóveis.
Infraestrutura |
Energia renovável |
A Dinamarca tem fontes consideráveis de petróleo e gás natural no Mar do Norte e classificada como o 32ª maior exportador líquido de petróleo bruto do mundo[48] e estava produzindo 259.980 barris de petróleo por dia em 2009.[49] A maioria electricidade é produzida a partir de carvão, mas, no final de 2015, 42% da demanda de eletricidade é fornecida através de turbinas eólicas.[50]
A Dinamarca é um líder de longa data em energia eólica e, em maio de 2011, a Dinamarca investia 3,1% do seu produto interno bruto em tecnologias de eficiência energética e em fontes de energias renováveis (limpas), algo em torno de 6,5 bilhões de euros.[51] A Dinamarca é interligada por linhas de transmissão de energia elétrica para outros países europeus. Em 6 de setembro de 2012, o país construiu a maior turbina eólica do mundo e vai acrescentar mais quatro nos próximos quatro anos.
O setor elétrico Dinamarca integrou fontes de energia como a energia eólica para a rede nacional. Dinamarca agora pretende se concentrar em sistemas de baterias inteligentes (V2G) e em veículos elétricos no setor dos transportes.[52][53]
Cultura |
Ver artigo principal: Cultura da Dinamarca
A Dinamarca, como seus vizinhos escandinavos, tem sido historicamente uma das culturas mais socialmente progressistas do mundo. Em 1969, o país foi o primeiro a legalizar a pornografia[54] e, em 2012, a Dinamarca substituiu suas leis de "parceria registrada", que tinha sido o primeiro país a introduzir, em 1989,[55][56] o casamento igualitário.[57][58] A modéstia, a pontualidade, mas acima de tudo, a igualdade, são aspectos importantes da maneira de viver dos dinamarqueses.[59]
As descobertas astronômicas de Tycho Brahe (1546-1601), a articulação negligenciada de Ludwig A. Colding (1815-1888) do princípio da conservação de energia e as contribuições para a física atômica de Niels Bohr (1885-1962) indicam a gama de realizações científicas dinamarquesas. Os contos de fadas de Hans Christian Andersen (1805-1875), os ensaios filosóficos de Søren Kierkegaard (1813-1855), os contos de Karen Blixen (pseudônimo Isak Dinesen, (1885-1962) , as peças de Ludvig Holberg (1684 -1754) e a densa poesia aforística de Piet Hein (1905-1996), ganharam reconhecimento internacional, assim como as sinfonias de Carl Nielsen (1865-1931). A partir de meados da década de 1990, os filmes dinamarqueses têm atraído a atenção internacional , especialmente aqueles associados com Dogma 95 como os de Lars von Trier.
Na literatura, o dinamarquês mais conhecido é provavelmente Hans Christian Andersen, um escritor famoso principalmente devido aos seus contos de fadas, como As Roupas Novas do Imperador e O Patinho Feio.
Esportes |
Ver artigo principal: Campeonato Dinamarquês de Futebol
O esporte mais popular na Dinamarca é o futebol.[60] Vela e outros desportos aquáticos são populares, assim como golfe e desportos indoor, como badmínton, handebol, e várias formas de ginástica. O piloto de maior sucesso de todos os tempos nas 24 Horas de Le Mans, com 8 primeiros lugares, é Tom Kristensen.
Outros desportistas notáveis da Dinamarca são: o artilheiro de futebol americano da National Football League Morten Andersen, os ciclistas Bjarne Riis, Rolf Sørensen, e Michael Rasmussen, os jogadores de badminton Peter Gade e Camilla Martin, o mesatenista Michael Maze, os jogadores de futebol Michael Laudrup, Brian Laudrup e Peter Schmeichel. A tenista Caroline Wozniacki, que já foi a número 1 do ranking da WTA. A Dinamarca é também a casa e o local de nascimento do ex-campeão mundial da WBA e WBC, Mikkel Kessler, e da golfista Thomas Bjorn, que ganhou vários eventos internacionais.[carece de fontes]
Em 1992, a Seleção dinamarquesa de futebol venceu o Campeonato Europeu. Em Copas do Mundo, a melhor colocação da Dinamarca foram as quartas-de-final de 1998.
O baterista da banda Metallica, Lars Ulrich é dinamarquês e filho do tenista e também dinamarquês Torben Ulrich.
Ver também |
- Países nórdicos
- Lista de dinamarqueses
- Missões diplomáticas da Dinamarca
Referências
↑ Portal da Língua Portuguesa - Dicionário de Gentílicos e Topónimos
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