Cristóvão de Moura
Cristóvão de Moura | |
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Cristóvão de Moura | |
Vice-rei de Portugal (1.ª vez) | |
Reinado | (1600 – 1603) |
Nascimento | 1538 |
| Lisboa, Reino de Portugal |
Morte | 1613 |
| Madrid, Reino de Castela |
Religião | Catolicismo romano |
Assinatura |
Cristóvão de Moura e Távora (Lisboa, 1538 - Madrid, 1613) foi um fidalgo português, líder do partido espanhol aquando da crise de sucessão de 1580.
Índice
1 Biografia
2 Títulos
3 Descendência
4 Ligações externas
Biografia |
Era filho de Luís de Moura, Alcaide-mor de Castelo Rodrigo, e de sua esposa, Brites de Távora, esta filha de Cristóvão de Távora, 2º senhor do morgado de Caparica, e de sua esposa, Francisca de Sousa.
Estabelecido em Espanha desde 1554, e reconhecido por sua inteligência e perspicácia, foi o responsável pela diplomacia de Filipe II de Espanha junto à nobreza portuguesa, alimentando as rivalidades políticas entre o Prior do Crato e o Duque de Bragança, e cooptando personagens-chave da sociedade e do governo para a causa do soberano espanhol.
Com a ascensão de Filipe II ao trono português, integrou o Conselho de Portugal, um colegiado de cinco membros que assessorava permanentemente o soberano nas questões referentes ao governo deste reino. Entre outras benesses, o soberano recompensou os seus serviços, concedendo-lhe por mercê o cargo de vedor da Fazenda (10 de Abril de 1581) e, posteriormente, outorgando-lhe o título de 1º Conde de Castelo Rodrigo (1594).
O seu filho e sucessor, Filipe III de Espanha, por sua vez, elevou-o a 1º Marquês de Castelo Rodrigo (1600). Este soberano dissolveu o Conselho estabelecido por seu pai e nomeou D. Cristóvão de Moura como vice-rei de Portugal, função que exerceu por três períodos: de 29 de Janeiro de 1600 a 1603, novamente em 1603, e de Fevereiro de 1608 a 1612.
O governo do Marquês de Castelo Rodrigo não foi bem aceite pelos portugueses. Os elevados impostos que lançou nesta época de dificuldades financeiras, aprofundaram a rejeição à sua actuação.
Cristóvão de Moura foi casado com Margarida Corte-Real, herdeira da Capitania de Angra, na ilha Terceira, Açores, que estava na posse de Vasco Anes Corte-Real seu pai. Tendo, no pacto celebrado para o casamento, adoptado o apelido Corte-Real, o qual foi mantido pelos seus descendentes. Na cidade de Angra do Heroísmo, a Rua do Marquês lembra o lugar onde se erguiam as casas do Marquês de Castelo Rodrigo.
Títulos |
Feito conde de Castelo Rodrigo por D. Filipe I em 1594, como recompensa aos serviços prestados por este gentil-homem português à causa espanhola durante a crise de sucessão de 1580.
O título foi extinto pela elevação do conde a 1.º marquês de Castelo Rodrigo, título criado por carta de 29 de Janeiro de 1600 de D. Filipe II.
Descendência |
De sua mulher D. Margarida Corte-Real teve:
- D. Manuel de Moura Corte Real, 2.º marquês de Castelo Rodrigo casado com D. Leonor de Melo, filha de D. Nuno Álvares Pereira de Melo, 3.º conde de Tentúgal.Passou a Espanha tendo sido desaoturado de todas as honras e privilégios.
- D. Margarida Coutinho casada com Manrique de Silva, 1.º marquês de Gouveia,de quem não deixou descendencia.
- D. Maria de Mendonça casada com D. Afonso de Portugal, 5.º conde de Vimioso, 1.º marquês de Aguiar ,em quem recaíu a representação patrimonial e genealógica.
- D. Beatriz de Moura casada com Fernando Enríquez, Duque de Alcala de los Gazules, vice-rei de Catalunha
De Ana Afonso teve:
- Inês Afonso de Moura
Precedido por não existia | 1º Conde de Castelo Rodrigo 1594-1600 | Sucedido por elevado a marquesado |
Precedido por condado | 1º Marquês de Castelo Rodrigo 1600 - 1613 | Sucedido por Manuel de Moura Corte Real |
Precedido por Francisco Gómez de Sandoval y Rojas | 4.º Vice-Rei de Portugal 1600-1603 | Sucedido por Afonso de Castelo Branco |
Precedido por Afonso de Castelo Branco | 6.º Vice-Rei de Portugal 1603 | Sucedido por Afonso de Castelo Branco |
Precedido por Pedro de Castilho | 9.º Vice-Rei de Portugal 1608-1612 | Sucedido por Pedro de Castilho |