Legião Portuguesa (napoleónica)





Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Legião Portuguesa.



Um soldado da Légion Portugaise.


A Legião Portuguesa foi um corpo de tropas portuguesas integrado no Grande Armée de Napoleão Bonaparte.




Índice






  • 1 História


  • 2 Organização


  • 3 Batalhas notáveis


  • 4 Referências


  • 5 Bibliografia


  • 6 Ver também


  • 7 Ligações externas





História |


No contexto da Guerra Peninsular, a criação do corpo deveu-se a uma ordem directa de Napoleão a Jean-Andoche Junot, datada de 12 de Novembro de 1807, tendo-se materializado em Fevereiro de 1808 com as melhores unidades do, entretanto debandado, Exército Português. A Legião Portuguesa partiu para Salamanca em Abril de 1808 e depois de um longo périplo pela Espanha e França participou nas campanhas da Alemanha, Áustria e Rússia, tendo participado nas batalhas de Wagram, Smolensk, Vitebsk e Borodino (Moscovo) e sofrendo pesadas baixas. Altamente apreciada por Napoleão, as tropas da Legião eram referidas por este enquanto "Infantaria Negra".


Foi extinta a 5 de maio de 1814, tendo regressado a Portugal apenas cerca de um milhar dos mais de 30 000 soldados que partiram, sem contar com os 24 000 que foram abandonando o exército francês e voltando a Portugal para se juntarem à resistência durante a travessia de Espanha. Assim é uma unidade de 9 000 homens que é integrada no Exército Imperial de Napoleão.


Recentemente foram descobertos alguns restos mortais de soldados portugueses no campo da batalha de Lubino os quais foram sepultados num cemitério em Smolensko.[1]



Organização |


A Legião Portuguesa formava uma divisão composta por:



  • 5 Regimentos de Infantaria;

  • 3 Regimentos de Cavalaria;

  • 1 Regimento de Artilharia.


Por esta organização foram nomeados comandantes das forças portuguesas:



  • o marquês de Alorna, D. Pedro José de Almeida Portugal;


  • Gomes Freire de Andrade, segundo comandante;


  • Manuel Inácio Martins Pamplona, chefe de estado-maior general;

  • D. José Carcome Lobo, comandante da 1.ª Divisão; e


  • João de Brito Mousinho, comandante da 2.ª Divisão.


Para subchefes do estado-maior:




  • Marino Miguel Franzini, mas "desertou" em Espanha, regressando a Portugal;[2] e


  • Manuel de Castro Pereira de Mesquita.


Entre os ajudantes de campo do general comandante estava:



  • Carlos Frederico Lecor, que conseguiu evadir-se para Inglaterra, onde foi o principal organizador da Leal Legião Lusitana.

Eram coronéis de cavalaria:



  • o marquês de Loulé;


  • Roberto Inácio Ferreira de Aguiar; e


  • Álvaro Xavier de Póvoas, que não saiu de Lisboa porque o seu regimento não chegou a organizar-se.


Da infantaria eram coronéis:




  • Saldanha e Albuquerque;

  • o marquês de Ponte de Lima;


  • Francisco António Freire Pego;

  • o conde de São Miguel:


  • José de Vasconcelos e Sá; e


  • Francisco Ferreri.


Com os restos de vários regimentos formou-se um esquadrão de caçadores a cavalo, comandado por:


  • D. João de Melo

e um batalhão de caçadores a pé, comandado por:



  • Francisco Cláudio Blanc.[3]

Para a campanha de 1809, foi criada a 13ª Meia-Brigada de Élite fazendo parte do II Corpor de Oudinot sob o comando do General de Brigada D. José Carcome Lobo com:



  • 3 Batalhões de Infantaria, criados por elementos de diversos regimentos de infantaria da Legião;

  • 1 Regimento Provisional de Caçadores a Cavalo sob o comando do Coronel Roberto Inácio Ferreira de Aguiar.


Em 1811, a Legião Portuguesa é reorganizada em:



  • 3 Regimentos de Infantaria;

  • 1 Regimento de Caçadores a Cavalo;

  • 1 Batalhão de Depósito.


Em 1813, após sofrer pesadas baixas, os restos da Legião são reorganizados em:



  • 1 Batalhão de Guerra;

  • 1 Batalhão de Depósito.



Batalhas notáveis |



  • Batalha de Wagram

  • Batalha de Smolensk (1812)

  • Vitebsk


  • Batalha de Borodino (Moscovo)



Referências




  1. No dia seguinte a esta batalha, Bonaparte distribuiu a Legião de Honra a 80 portugueses. MARTINS, Luís Almeida. "Quando os portugueses invadiram a Rússia". Visão, nº 1017, 30 de Agosto a 5 de Setembro de 2012, p. 58-59.


  2. Marino Miguel Franzini, História Moderna, arqnet.pt


  3. Legião Portuguesa ao Serviço De Napoleão, De Lisboa a Grenoble (1808 A 1809), O Portal da História, As Invasões Francesas



Bibliografia |



  • Artur, Ribeiro, Legião Portuguesa ao Serviço de Napoleão (1808-1813), Lisboa, Ferin, 1901.

  • Banha, Teotónio, Apontamentos para a História da Legião Portuguesa, Lisboa, 1863.

  • Boppe, P., La Legion Portugaise 1807-1813, 497pp., Paris, 1897 (há uma reimpressão de 1994 pela casa C. Térana Editeur).



Ver também |



  • Leal Legião Lusitana

  • Regimento de Infantaria de Cascais



Ligações externas |



  • A Legião Portuguesa ao serviço de Napoleão, por Ribeiro Artur.

  • Regimentos estrangeiros nas forças imperiais (em francês).





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