Rondon Pacheco
Rondon Pacheco | |
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Rondon Pacheco no Palácio da Liberdade para cerimônia de comemoração de seus 90 anos, em 2009. | |
Governador de Minas Gerais | |
Período | 1971–1975 |
Deputado federal por Minas Gerais | |
Período | 1950–1967 1982–1986 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 31 de julho de 1919 Uberlândia |
Morte | 4 de julho de 2016 (96 anos) Uberlândia |
Nacionalidade | brasileiro |
Cônjuge | Marina de Freitas Pacheco |
Partido | PSDB |
Profissão | Advogado |
Rondon Pacheco (Uberlândia, 31 de julho de 1919 - Uberlândia, 4 de julho de 2016) foi um político brasileiro que, entre outros cargos, foi Governador do Estado de Minas Gerais entre 15 de março de 1971 e 15 de março de 1975.
Índice
1 Biografia
1.1 Carreira política
1.2 Morte
2 Homenagens
3 Referências
Biografia |
Nasceu em Uberlândia no ano de 1919 e era filho de Raulino Cotta Pacheco e Nicolina dos Santos Pacheco. Iniciou o curso de Direito na terra natal e, em seguida, foi para a capital Belo Horizonte onde concluiu os estudos, advogou e iniciou a carreira pública.
Carreira política |
Começou a vida política ainda estudante da Faculdade de Direito da UMG, hoje UFMG, quando em 1942, foi Presidente do CAAP - Centro Acadêmico Afonso Pena - uma das mais tradicionais entidades estudantis do Brasil e a mais antiga de Minas Gerais, combatendo o Estado Novo no período da ditadura do ex-presidente Getúlio Vargas. Participou da elaboração do Manifesto dos Mineiros de 24 de outubro de 1943 em defesa da redemocratização e do fim do Estado Novo. Concluído o bacharelado em Direito advogou no escritório de Abílio Machado junto com nomes como Pedro Aleixo.
Foi um dos fundadores da União Democrática Nacional, em 1945.[1] Em 1947 foi eleito para a Assembléia Legislativa de Minas Gerais como Constituinte Estadual. Foi eleito deputado federal em 1950, foi releito sucessivamente e permaneceu no congresso até 1967, quando foi para a casa civil da presidência.[1]
Na década de 1960, havia se aliado a movimentos conservadores que apoiaram a destituição do presidente João Goulart, foi uma das lideranças civis do regime militar. Era porém considerado uma figura incômoda pela linha dura do regime militar. O chefe do Gabinete Civil do presidente Costa e Silva foi quem sentou com o ministro da Justiça, Gama e Silva, antes da reunião do Conselho de Segurança e retirou os pontos mais duros da primeira proposta do Ato Institucional nº 5. Entre os itens que foram modificados, estava o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal.[1]
Rondon Pacheco, chefe do Gabinete Civil, acompanhou o tom ponderado do seu conterrâneo e antigo companheiro político Pedro Aleixo, vice-presidente da República.[2]
Foi um dos votos mais reticentes. Declarou, durante a reunião do Conselho de Segurança, que não teve "outro rumo a tomar, outro caminho a escolher" senão o de aceitar o ato. Quando o presidente ia passar para outro ministro, Pacheco pediu de volta o direito de fala e fez outra ponderação - propôs um prazo de um ano para a vigência do ato, mas infelizmente o Conselho de Segurança aprovou o AI-5 sem a determinação do prazo de um ano proposto por Rondon Pacheco.
Em 14 de agosto de 1969 pelo decreto lei 762 criou a Universidade de Uberlândia (UnU) posteriormente Universidade Federal de Uberlândia quando foi ministro-chefe do gabinete do presidente Arthur da Costa e Silva.
Em 3 de outubro de 1970 foi eleito Governador de Minas Gerais pela Assembleia Legislativa, assumindo o cargo em 15 de março de 1971.
Como Governador de Minas Gerais implantou a fábrica a Fiat Automóveis S.A. na década de 70. Antes de tomar posse, visitou Gianni Agnelli (1921-2003), presidente da Fiat, em Turim, dando início a negociações que culminaram com a assinatura, em 14 de março de 1973, do "Acordo de Comunhão de Interesses para a implantação de uma indústria automobilística em Betim, Minas Gerais". O primeiro presidente da empresa foi o engenheiro Adolfo Neves Martins da Costa.[3]
Três anos depois, em 9 de julho de 1976, a fábrica era inaugurada, com a presença de Agnelli e do então presidente brasileiro Ernesto Geisel. A Fiat brasileira é até hoje líder de mercado no Brasil, a maior indústria de Minas Gerais e a maior fábrica da Fiat em todo o mundo.
Com a extinção do bipartidarismo, se filiou ao PDS e em 1982 se elegeu deputado federal novamente.[1] Foi um dos 113 deputados ausentes na votação da Emenda Dante de Oliveira em 1984 que propunha Eleições Diretas para Presidência da República, faltaram vinte e dois votos para a emenda ser aprovada.[4]
Em 1986 se candidatou ao senado, experimentando sua primeira derrota política.[1]
Morte |
Morreu em sua residência na cidade de Uberlândia, aos 96 anos, após uma longa internação para tratar uma pneumonia.[5][6] Até então é o governador mais longevo da história de Minas Gerais.[7]
Homenagens |
- Uma das principais avenidas de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil recebeu o nome do Governador: Avenida Governador Rondon Pacheco, mais chamada de Avenida Rondon Pacheco ou simplesmente Rondon.
- Em Araguari, Minas Gerais, Brasil, o Parque de Exposições da cidade ganhou o nome de Rondon Pacheco.[8]
- Existe também em Uberlândia o Teatro Rondon Pacheco.[9]
Referências
↑ abcde «1968 - Ato Institucional 5 - Rondon Pacheco». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 5 de julho de 2016
↑ «Morre Rondon Pacheco ex-governador de Minas e chefe do gabinete civil do presidente Costa e Silva». Patrocinio On Line. Consultado em 7 de julho de 2016
↑ «No governo, Rondon foi responsável pela instalação da Fiat». Correio de Uberlândia. Consultado em 7 de julho de 2016
↑ Primeira página: Folha de S.Paulo - Coletânea das mais importantes primeiras páginas do jornal desde 1921. São Paulo: Publifolha. p. 170
↑ Caroline Aleixo (4 de julho de 2016). «Rondon Pacheco morre em Uberlândia aos 96 anos». G1/MG. Consultado em 4 de julho de 2016
↑ «Corpo de Rondon Pacheco é enterrado em Uberlândia». 4 de julho de 2016. Consultado em 5 de julho de 2016
↑ «Rondon Pacheco, um homem de muitas homenagens». O Tempo. Consultado em 5 de julho de 2016
↑ «Parque de Exposições Rondon Pacheco». www.encontraaraguari.com.br. Consultado em 5 de julho de 2016
↑ «Teatro Rondon Pacheco - PMU». www.uberlandia.mg.gov.br. Consultado em 5 de julho de 2016
Precedido por Luís Augusto Fraga Navarro de Brito | Ministro-chefe do Gabinete Civil do Brasil 15 de março de 1967 até 30 de outubro de 1969 | Sucedido por João Leitão de Abreu |
Precedido por Israel Pinheiro | 7° Governador de Minas Gerais 15 de março de 1971 até 15 de março de 1975 | Sucedido por Aureliano Chaves |