Mazandarão
Mazandarão (em persa: استان مازندران; transl.: Ostān-e Māzandarān; em mazandarani: مازرون, transl. Māzerūn), conhecida até 1596 como Tapurestão ou Tapuria ou, em sua versão arabizada, Tabaristão[1] ou Tabaria, é uma das 31 províncias do Irã, localizada no norte do país, às margens do Mar Cáspio. Sua capital é a cidade de Sari. Com uma área de 23 833 km², sua população é de 2,6 de habitantes (1996).
Parte do antigo reino da Hircânia, a província faz fronteira com o Mar Cáspio ao norte, as províncias de Teerão e Semnan ao sul, Zanjan e Gilan a oeste e Golestão ao leste. Até recentemente Gorgan fazia parte de Mazandarão, porém agora é a capital da nova província iraniana do Golestão desde 1997.
História |
As condições climáticas de Mazandarão impediram a preservação de muitos monumentos históricos. Existem poucos vestígios remanescentes de períodos pré-islâmicos na área costeira da província, que é conhecida por ser povoada desde a mais remota antiguidade e que desde o início de sua história passou por vários domínios. Existem fortalezas remanescentes dos tempos partos e sassânidas, e muitos cemitérios antigos podem ser encontrados na província.
No ano de 662, passados dez anos após o falecimento de Isdigerdes III, o último xá sassânida, um grande exército muçulmano sob o comando de Haçane ibne Ali (Imame Haçane, o segundo Imame xiita) invadiu o Tabaristão (como Mazandarão era conhecida na época), porém sofreu uma derrota pesada para as forças dos príncipes zoroastristas da casa dabuída.
Nos vinte anos seguintes, o Tabaristão manteve uma existência independente em relação ao Califado Omíada, com casas independentes zoroastristas como os Bavandes e os Caranos lutando em uma guerra de guerrilha contra os muçulmanos. Um estado xiita alida de vida curta que caiu com a tomada subsequente pelos príncipes ziridas. Mazandarão, diferente do resto do Planalto Iraniano, manteve uma maioria zoroastrista até ao século XII, graças a seu isolamento e população resistente que lutou contra os exércitos dos califas por séculos.
Referências
↑ Fernandes, Ivo Xavier (1941). Topónimos e Gentílicos. I. Porto: Editora Educação Nacional, Lda.