Shell script
Shell script é uma linguagem de script usada em vários sistemas operativos (operacionais), com diferentes dialetos, dependendo do interpretador de comandos utilizado. Um exemplo de interpretador de comandos é o bash, usado na grande maioria das distribuições GNU/Linux.
A maior parte dos usuários classificam shell script como uma linguagem de fácil aprendizagem. O primeiro passo é, saber o que se deseja fazer, então ver qual o código que executa este comando em shell e aí criar, basta escrever o código em algum editor de texto e salvar. Depois de salvo você tem que executar o arquivo, dessa forma:
./Nome do arquivo
No Linux o script deve ter permissão de execução, isto pode ser feito com o comando chmod +x "arquivo", para exibir um manual do bash ou mesmo do comando 'chmod', digite na linha de comando 'man bash' ou 'man chmod' (sem aspas).
É possível executar o arquivo mesmo sem modificar a permissão de execução, por exemplo, se for um arquivo escrito para ser executado pelo bash, usar:
sh ./"Nome do arquivo, sem aspas"
Índice
1 Shell
2 Características
3 Exemplos de uso
3.1 Apagar arquivos velhos
3.2 Data anterior
4 Veja também
5 Referências
6 Ligações externas
Shell |
Antes de saber o que é um script em shell, é importante saber o que é um Shell.
Na linha de comandos de um shell, podemos utilizar diversos comandos um após o outro, ou mesmo combiná-los numa mesma linha. Se colocarmos diversas linhas de comandos em um arquivo texto simples, teremos em mãos um Shell Script, ou um script em shell, já que Script é uma descrição geral de qualquer programa escrito em linguagem interpretada, ou seja, não compilada. Outros exemplos de linguagens para scripts são o PHP, Perl, Python, JavaScript e muitos outros. Podemos então ter um script em php, um script perl e assim em diante.
Uma vez criado, um ShellScript pode ser reutilizado quantas vezes for necessário. Seu uso, portanto, é indicado na automação de tarefas que serão realizadas mais de uma vez. Todo sistema Unix e similares são repletos de scripts em shell para a realização das mais diversas atividades administrativas e de manutenção do sistema.
Os arquivos de lote (batch - arquivos *.bat) do Windows são também exemplos de ShellScripts, já que são escritos em linguagem interpretada e executados por um Shell do Windows, em geral o command.com ou hoje em dia o cmd.exe. Os Shells do Unix, porém, são inumeras vezes mais poderosos que o interpretador de comandos do Windows, podendo executar tarefas muito mais complexas e elaboradas.
Os scripts shell podem ser agendados para execução através da tabela crontab, entre outras coisas. É uma ferramenta indispensável aos administradores de sistemas Unix.
O Shell mais comum e provavelmente o que possui mais scripts escritos para ele é também um dos mais antigos e simples, o sh. Este shell está presente em todo o sistema tipo Unix, incluído o Linux, FreeBSD, AIX, HP-UX, OpenBSD, Solaris, NetBSD, Irix, etc. Por ser o shell nativo mais comum é natural que se prefira escrever scripts para ele, tornando o script mais facilmente portável para outro sistema.
Os Shells não estão diretamente associados a um ou outro tipo de Unix, embora várias empresas comerciais tenham suas próprias versões de Shell. No software livre o Shell utilizado em um sistema em geral é exatamente o mesmo utilizado em outro. Por exemplo, o bash encontrado no Linux é o mesmo shell bash encontrado no FreeBSD e pode também facilmente ser instalado no Solaris, Windows através do Cygwin [1] ou outros sistemas Unix comerciais para passar a ser utilizado como interface direta de comandos ou como interpretador de scripts. O mesmo acontece com o tcsh e vários outros shells desenvolvidos no modelo de software livre.
Características |
Os scripts shell podem conter estruturas de programação tais como:
- estruturas de decisão (if)
Recurso utilizado para dar sequencia em fluxos de execução baseado decisões. Cuja sintaxe é:
- - Condição Verificada é o teste que definirá se controle deve ser passado para dentro do bloco then, observe que esse teste é feito sobre a saída de um comando.
- - Ação são comandos a serem executados em caso verdadeiro da condição verificada.
- - Condição Verificada é o teste que definirá se controle deve ser passado para dentro do bloco then, observe que esse teste é feito sobre a saída de um comando.
- Operadores para números
- - -eq - Verifica se é igual,
- - -ne - Verifica se é diferente,
- - -lt - Verifica se é menor,
- - -gt - Verifica se é maior,
- - -le - Verifica se é menor ou igual,
- - -ge - Verifica se é maior ou igual.
- - -eq - Verifica se é igual,
- Operadores para Texto
- - != - Verifica se é diferente,
- - = - Verifica se é igual.
- - != - Verifica se é diferente,
- Operadores Lógicos
- - ! - Lógica NOT,
- - -o - Lógica OU, (OR) ou ||,
- - -a - Lógica E, (AND) ou &&.
- - ! - Lógica NOT,
- Operador para arquivos/diretórios
- - -d - Verifica se é diretório,
- - -f - Verifica se é arquivo,
- - -e - Verifica se existe.
- - -d - Verifica se é diretório,
Ex:
# !/bin/bash
# Uso de Estrutura de Decisão
clear
echo 'opções'
echo '======'
echo '< 1 > -> Data do Sistema'
echo '< 2 > -> Uso do Sistema'
read opcao
if [ "$opcao" -eq 1 ]
then
echo 'Data do sistema: ' && date
elif [ "$opcao" -eq 2 ]
then
echo 'Uso do disco: ' && df -Th
fi
- estruturas de repetição (for)(while)
- Estrutura de repetição for
Permite que ações de iteração sejam executadas sobre determinados comandos ou variáveis até que a condição seja satisfeita.
# !/bin/bash
clear
echo "DIAS DA SEMANA"
for dia in seg ter qua qui sex sab dom
do
echo "$dia"
done
- Estrutura de Repetição While
Em situações onde sabemos até onde o loop irá realizar uma contagem o ideal é usar o for entretanto em cenarios onde a iteração deve cessar somente após se satisfazer uma condição o uso do laçõ while é mais indicado:
Ex:
# /bin/bash
clear
var=1
while [ $var -le 7 ]
do
echo "Valor de var: $var"
var=$((var+1))
done
- funções e argumentos
Ex:
# !/bin/bash
# REALIZAR BACKUP DO DIR
echo -e " 33[1;33m Digite o caminho de origem.: 33[0m "
read DIR_ORIGEM
clear
echo -e " 33[1;34m Digite o caminho de destino.: 33[0m "
read DIR_DESTINO
clear
verifica_argumentos(){
if [ $# -lt 1 ];
then
echo "Faltou informar um dos argumentos (parametros) necessarios!"
exit 1
fi
}
copia_arquivos(){
verifica_argumentos
clear
echo "Realizando backup..."
#Verificando se o dir de destino existe
if ! [ -d $DIR_DESTINO ]
then
mkdir $DIR_DESTINO
echo "Diretorio de Destino Criado"
fi
#COPIANDO ARQUIVOS
for arq in `ls $DIR_ORIGEM`
do
cp /$DIR_ORIGEM/$arq $DIR_DESTINO/$arq.bak
done
}
copia_arquivos
- definições de variáveis e escopo destas
Variáveis são definidas pela nomenclatura NOME_VARIAVEL="Valor da Variável". O valor pode ser tanto numérico quanto texto.
Nome="Jose"
Se quisermos acessá-la, basta fazer referência a ela com o caractere $ (cifrão) antes do nome: o comando echo $Nome, por exemplo, retornará a palavra "Jose".
Variáveis de ambiente
As variáveis de ambiente independem da definição do usuario. Elas são criadas automaticamente, no momento em que se faz o login no sistema.
Ex:
PATH: define diretórios de procura por programas executados no shell;
USER: informa o nome do usuário do shell;
HOME: informa o caminho do diretório home do usuário;
PWD: diretório atual;
Exemplos de uso |
Apagar arquivos velhos |
Apagar periodicamente arquivos mais velhos que 30 dias do diretório /tmp:
#!/bin/bash
cd /tmp
find . -type f -mtime +30 -delete
Este seria o conteúdo de um shell script que sempre que fosse executado apagaria arquivos com data de modificação maior que 30 dias a partir do diretório /tmp do sistema de arquivos.
Notem que ele é nada mais do que uma associação de 2 comandos (cd e find) em um arquivo para facilitar a repetição da tarefa. Este poderia ser, por exemplo, o conteúdo do arquivo /bin/limpatmp.sh e poderíamos chamar este script pela linha de comandos sempre que desejássemos repetir esta ação:
$ limpatmp.sh
Onde o símbolo "$" representa o prompt de comandos. Do ponto de vista do usuário este seria mais um comando disponível para uso.
Os scripts em shell são também muito empregados junto à inicialização do sistema (para auto-iniciar tarefas) ou como mini-aplicativos, que facilitam tarefas dos usuários, tais como montagem de dispositivos, menus de ajuda, etc.
Sua primeira linha obrigatoriamente começa com um "#!" (que não se deve confundir com um comentário qualquer, pois realmente é uma exceção; este par se chama, em inglês, de shebang), informando diretamente ao núcleo qual interpretador ele deverá usar, juntamente com seu caminho, de acordo com a necessidade de cada caso. Exemplo:
#!/bin/bash
Em seguida, são adicionados os comandos desejados, um por linha, ou separados por ponto e vírgula. Exemplo:
mount -t reiserfs /dev/hda1 /mnt/hda1
ls /mnt/hda1
cp -r /mnt/hda1/* /home/user/backup
umount /dev/hda1
Por fim, dá-se a permissão de execução a este arquivo de texto simples ("chmod +x arquivo").
Data anterior |
#!/bin/bash
# Função em Bash para retornar a data anterior, levando em conta o mês e ano.
fn_data_anterior()
{
DIA=$D
MES=$M
ANO=$A
# Dado DIA, MES e ANO numéricos, obtém a data do dia anterior
DIA=`expr $DIA - 1`
if [ $DIA -eq 0 ]; then
MES=`expr $MES - 1`
if [ $MES -eq 0 ]; then
MES=12
ANO=`expr $ANO - 1`
fi
DIA=`cal $MES $ANO`
DIA=`echo $DIA | awk '{ print $NF }'`
fi
}
ano=`date +%Y`;
mes=`date +%m`;
let dia=10#`date +%d`;
if (( $dia<10 ));
then
j=0$dia;
else
j=$dia;
fi
dia=$j;
j="";
D=$dia
M=$mes
A=$ano
fn_data_anterior
echo $DIA $MES
Veja também |
- CLI
- Bash
- Shell
Dialog (software), uma forma de criar uma "interface" para scripts shell
GNU Core Utilities, utilitários usados corriqueiramente em scripts shell
Referências
↑ «ShellScript_Sintaxe_Básica»
Ligações externas |
- Wikilivros
Programando em shell-script (em português)
Programando em shell-script - Carlos E. Morimoto (em português)
Papo de Botequim - Julio Neves (em português)
Canivete suiço do programador shell - Aurélio Marinho Jargas (em português)
Cantinho do Shell (em português)
Sintaxe Básica Shell Script (em português)
Documentação TLDP de Shell Script & Shell Script Avançado (em inglês)