3000 metros com obstáculos
3000 metros com obstáculos | |
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3000 m c/ obstáculos na Rio 2016. | |
Olímpico desde | 1920 H / 2008 M |
Desporto | Atletismo |
Praticado por | Ambos os sexos |
Homens | Conseslus Kipruto Quênia |
Mulheres | Ruth Jebet Bahrein |
Daegu 2011 | |
Homens | Conseslus Kipruto Quênia |
Mulheres | Emma Coburn Estados Unidos |
3000 metros com obstáculos é uma prova olímpica de meio-fundo disputada em uma pista de atletismo entre barreiras e fossos de água e deriva seu nome original, steeplechase, da antiga e tradicional corrida de cavalos disputada entre obstáculos em campo aberto.
Índice
1 História
2 Regras
3 Recordes
4 Melhores marcas mundiais
4.1 Homens
4.2 Mulheres
5 Melhores marcas olímpicas
5.1 Homens
5.2 Mulheres
6 Marcas da lusofonia
7 Referências
8 Ligações externas
História |
A prova é originária das Ilhas Britânicas, onde corredores corriam de uma cidade para a outra se orientando pelos campanários de suas igrejas, usados como marcos por serem visualizados à grande distância. Durante o percurso, eles tinham inevitavelmente que pular sobre córregos e pequenos obstáculos e muros de pedra separando as propriedades no caminho.[1]
A primeira destas provas sobre a qual se tem registro aconteceu em Edimburgo, em 1828. A prova moderna também tem origem numa corrida de cross-country de duas milhas disputadas pelos alunos da Universidade de Oxford em 1860, que foi substituída em 1865 por uma corrida com obstáculos em terreno plano. No campeonato inglês de atletismo de 1879, ela surgiu transformada num corrida de pista, com barreiras, de onde se deriva a prova atual.[1]
A prova do steeplechase foi primeiramente disputada nos Jogos Olímpicos de Paris 1900, em duas distâncias de 2500 m e 4000 metros. A distância de 3000 metros foi tornada padrão em 1920, durante os Jogos de Antuérpia 1920, e vencida pelo canadense Percy Hodge, mas como nem sempre era disputada com o mesmo número de obstáculos, o primeiro recorde dela só foi reconhecido pela IAAF em 1954, no Campeonato Europeu de Atletismo, para o húngaro Sandor Roznyoi, com um tempo de 8min49s6.[2]
Incluída nesta distância padrão em Antuérpia e assim disputada em todas as edições seguintes dos Jogos, apenas em Pequim 2008 o Comitê Olímpico Internacional a integrou ao atletismo também para mulheres; e a prova estreou em grande estilo, com um recorde mundial da russa Gulnara Galkina, primeira campeã olímpica, com a marca de 8:58.81 permanecendo até hoje como recorde olímpico.[3] No masculino, o domínio absoluto pertence ao Quênia, seja em Olimpíadas ou campeonatos mundiais. Entre a Cidade do México 1968 e a Rio 2016, os quenianos venceram todas as provas olímpicas à exceção de Montreal 1976 e Moscou 1980, que boicotaram. O queniano Ezekiel Kemboi é bicampeão olímpico e tetracampeão mundial desta prova, sendo o mais bem sucedido entre todos os quenianos que a dominam.[4]
O recorde mundial masculino dos 3000 m com obstáculos é do qatari - nascido no Quênia com o nome de Stephen Cherono - Saif Saaeed Shaheen, 7:53.63, em Bruxelas, 2004; o recorde olímpico é do queniano Conseslus Kipruto, 8:03.28, conquistado na Rio 2016.[5]
Regras |
A largada é dada com os atletas lado a lado ou em bloco ocupando toda a largura da pista, sem marcação de raia. O número de voltas na pista padrão de 400 metros depende da posição do fosso d'água obrigatório – fora ou dentro da segunda curva da pista – mas os atletas precisam saltar um número total de 28 barreiras e sete fossos d'água durante a duração da corrida.[1]
As barreiras da prova masculina tem altura de 91,4 cm e as da feminina de 76,2 cm, com uma largura mínima de 3,94 m; o fosso d'água de superfície inclinada tem 3,66 m de comprimento com uma profundidade de 70 cm em sua parte mais funda, [1] exatamente em baixo da barreira até chegar ao mesmo nível da pista ao final do comprimento, o que significa que quanto mais longe o atleta que a ultrapassa conseguir saltar, menos água e pressão contrária pela frente terá nos pés e tornozelos, o que dá vantagem aos melhores saltadores entre os corredores. Diferente das provas de velocidade com barreiras, que caem a qualquer toque, os obstáculos do steeplechase são mais sólidos e pesados e os atletas muitas vezes os usam para pegar impulso da passada na corrida ao invés de apenas saltá-los, especialmente o obstáculo do fosso.
Recordes |
De acordo com a Federação Internacional de Atletismo – IAAF.[6][7]
- Homens
Recorde | Tempo | Atleta | País | Data | Local |
7:53.63 | Saif Saaeed Shaheen | 3 setembro 2004 | Londres | ||
8:03.28 | Conseslus Kipruto | 17 agosto 2016 | Rio 2016 |
- Mulheres
Recorde | Tempo | Atleta | País | Data | Local |
8:52.78 | Ruth Jebet | 27 agosto 2016 | Paris | ||
8:58.81 | Gulnara Galkina | 17 agosto 2008 | Pequim 2008 |
Melhores marcas mundiais |
As marcas abaixo são de acordo com a Federação Internacional de Atletismo – IAAF.[8][9]
Homens |
Posição | Tempo | Atleta | País | Data | Local |
---|---|---|---|---|---|
1 | 7:53.63 | Saif Saaeed Shaheen | 3 setembro 2004 | Londres | |
2 | 7:53.64 | Brimin Kipruto | 22 julho 2011 | Mônaco | |
3 | 7:54.31 | Paul Koech | 31 maio 2012 | Roma | |
4 | 7:55.28 | Brahim Boulami | 24 agosto 2001 | Bruxelas | |
5 | 7:55.51 | Saif Saaeed Shaheen | 26 agosto 2005 | Bruxelas | |
6 | 7:55.72 | Bernard Barmasai | 24 agosto 1997 | Köln | |
7 | 7:55.76 | Ezekiel Kemboi | 22 julho 2011 | Mônaco | |
8 | 7:56.16 | Moses Kiptanui | 24 agosto 1997 | Köln | |
9 | 7:56.32 | Saif Saaeed Shaheen | 3 julho 2006 | Atenas | |
10 | 7:56.34 | Saif Saaeed Shaheen | 8 julho 2005 | Roma |
Mulheres |
Posição | Tempo | Atleta | País | Data | Local |
---|---|---|---|---|---|
1 | 8:52.78 | Ruth Jebet | 27 agosto 2016 | Paris | |
2 | 8:58.78 | Celliphine Chespol | 26 maio 2017 | Eugene | |
3 | 8:58.81 | Gulnara Galkina | 17 agosto 2008 | Pequim | |
4 | 8:59.75 | Ruth Jebet | 15 agosto 2016 | Rio de Janeiro | |
5 | 8:59.97 | Ruth Jebet | 28 maio 2016 | Eugene | |
6 | 9:00.01 | Hyvin Kiyeng | 28 maio 2016 | Eugene | |
7 | 9:00.12 | Hyvin Kiyeng | 5 maio 2017 | Doha | |
8 | 9:00.70 | Beatrice Chepkoech | 26 maio 2017 | Eugene | |
9 | 9:01.57 | Beatrice Chepkoech | 5 maio 2017 | Doha | |
10 | 9:01.59 | Gulnara Galkina | 4 julho 2004 | Heraklion |
Melhores marcas olímpicas |
As marcas abaixo são de acordo com o Comitê Olímpico Internacional – COI.[10]
Homens |
Posição | Tempo | Atleta | País | Medalha | Local |
---|---|---|---|---|---|
1 | 8:03.28 | Conseslus Kipruto | ouro | Rio 2016 | |
2 | 8:04.28 | Evan Jager | prata | Rio 2016 | |
3 | 8:05.51 | Julius Kariuki | ouro | Seul 1988 | |
4 | 8:05.81 | Ezekiel Kemboi | ouro | Atenas 2004 | |
5 | 8:06.11 | Brimin Kipruto | prata | Atenas 2004 | |
6 | 8:06.64 | Paul Koech | bronze | Atenas 2004 | |
7 | 8:06.79 | Peter Koech | prata | Seul 1988 | |
8 | 8:07.12 | Joseph Keter | ouro | Atlanta 1996 | |
9 | 8:07.18 | Musa Obaid | Atenas 2004 | ||
10 | 8:07.96 | Mark Rowland | bronze | Seul 1988 |
Mulheres |
Posição | Tempo | Atleta | País | Medalha | Local |
---|---|---|---|---|---|
1 | 8:58.81 | Gulnara Galkina | ouro | Pequim 2008 | |
2 | 8:59.75 | Ruth Jebet | ouro | Rio 2016 | |
3 | 9:07.12 | Hyvin Kiyeng | prata | Rio 2016 | |
4 | 9:07.41 | Eunice Jepkorir | prata | Pequim 2008 | |
5 | 9:07.63 | Emma Coburn | bronze | Rio 2016 | |
6 | 9:07.64 | Yekaterina Volkova | bronze | Pequim 2008 | |
7 | 9:08.37 | Habiba Ghribi | ouro | Londres 2012 | |
8 | 9:09.84 | Sofia Assefa | prata | Londres 2012 | |
9 | 9:09.88 | Milcah Cheywa | bronze | Londres 2012 | |
10 | 9:12.33 | Tatyana Petrova | Pequim 2008 |
Marcas da lusofonia |
País | Masculino | Atleta | Ano | Local | Feminino | Atleta | Ano | Local | |
8:14.41 | Vander Moura | 1995 | Mar del Plata | 9:38.63 | Juliana Gomes dos Santos | 2016 | Praga | [11] | |
8:19.82 | Manuel da Silva | 2004 | Estocolmo | 9:18.54 | Jéssica Augusto | 2010 | Huelva | [12] | |
8:56.79 | Aurélio Mity | 1994 | Lisboa | 10:56.77 | Liliana Silva | 2010 | Póvoa do Varzim | [13] | |
9:14.40 | Aries José Pariera | 1993 | Jacarta | 11.42.94 | Nélia Martins | 2016 | Ho Chi Minh | [14]:597, 730 | |
9:22.32 | Hélio Fumo | 2004 | Lisboa | sem registro | [15]:597 | ||||
9:56.15 | Nataniel Lopes | 2011 | Lisboa | 10.58.77 | Sónia Lopes | 2007 | Marcon | [16][17]:730 | |
10:06.22 | Mussa Djau | 2013 | Beja | 12:03.75 | Suaila Sá | 2014 | Spilimbergo | [18]:596, 730 | |
10:08.0 | Mário Pitra | 1981 | Luanda | 10:42.48 | Celma Soares | 2008 | Lisboa | [19]:597, 730 |
Referências
↑ abcd «3000 METRES STEEPLE CHASE». IAAF. Consultado em 1 de setembro de 2015
↑ «Histórico das Provas - Masculino». CBat. Consultado em 1 de setembro de 2015
↑ «MIDDLE/LONG - 3000 METRES STEEPLECHASE W». IAAF. Consultado em 1 de setembro de 2015
↑ «EVENT RESULTS». olympic.org. Consultado em 1 de setembro de 2015
↑ «3000 METRES STEEPLECHASE MEN Results». IAAF. Consultado em 18 de agosto de 2016
↑ «MIDDLE/LONG - 3000 METRES STEEPLECHASE W». IAAF. Consultado em 1 de setembro de 2015
↑ «MIDDLE/LONG - 3000 METRES STEEPLECHASE M». IAAF. Consultado em 1 de setembro de 2015
↑ «All time best M». IAAF. Consultado em 30 de agosto de 2015
↑ «All time best». IAAF. Consultado em 30 de agosto de 2015
↑ «48 PAST OLYMPIC GAMES». OIC. Consultado em 24 de abril de 2013
↑ «Recordes». CBat. Consultado em 1 de setembro de 2015
↑ «RECORDES DE PORTUGAL». FPA. Consultado em 1 de setembro de 2015. Arquivado do original em 24 de setembro de 2015
↑ «estatisticas». FAA. Consultado em 1 de setembro de 2015
↑ «IAAF WORLD CHAMPIONSHIPS LONDON 2017 STATISTICS HANDBOOK». IAAF. 2017. Consultado em 2 de agosto de 2017
↑ «IAAF WORLD CHAMPIONSHIPS LONDON 2017 STATISTICS HANDBOOK». IAAF. 2017. Consultado em 2 de agosto de 2017
↑ «Tabela de Records de Cabo Verde». FCA. Consultado em 1 de setembro de 2015
↑ «IAAF WORLD CHAMPIONSHIPS LONDON 2017 STATISTICS HANDBOOK». IAAF. 2017. Consultado em 12 de agosto de 2017
↑ «IAAF WORLD CHAMPIONSHIPS LONDON 2017 STATISTICS HANDBOOK». IAAF. 2017. Consultado em 2 de agosto de 2017
↑ «IAAF WORLD CHAMPIONSHIPS LONDON 2017 STATISTICS HANDBOOK». IAAF. 2017. Consultado em 2 de agosto de 2017
Ligações externas |
- Sítio da IAAF
- European Athletic Association (EAA)
- Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt)
- Federação Portuguesa de Atletismo