Bile





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A bile é armazenada na vesícula biliar (5) é produzida no fígado (4) e liberada no intestino delgado (6)


Bile, bílis, fel ou suco biliar é um fluído produzido pelo fígado (produz cerca de um litro de bile por dia) e armazenado na vesícula biliar - capacidade de armazenar 20 - 50 ml de bile - e atua na emulsificação de gorduras (transformar a molécula de gordura em partes menores chamadas micelas), facilitando a ação da lipase pancreática, uma enzima produzida pelo pâncreas, pois aumenta a superfície de contato gordura-enzima. Determinados microrganismos para evitar a putrefação de alguns alimentos e na absorção de substâncias nutritivas da dieta ao passarem pelo intestino.[1]




Índice






  • 1 Composição


  • 2 Trajetória


  • 3 Distúrbios


  • 4 Teoria dos quatro humores de Hipócrates


  • 5 Ver também


  • 6 Referências





Composição |


A bile é caracterizada por ser alcalina e amarga sendo 85% água, 10% bicarbonato de sódio e outros sais biliares, nos quais seriam 3% pigmentos, 1% gordura, 0,7% sais inorgânicos e 0,3% colesterol.


O principal ácido que compõe a bile é o ácido clorídrico, porém ela inclui outros tipos de ácidos com o objetivo de digerir os diferentes tipos de lipídeos (gorduras).[2] Os ácidos biliares de animais podem ser usados para remover manchas de roupas.[3]



Trajetória |


A bile é produzida pelo fígado e armazenada pela vesícula biliar. Ao ser produzida, segue pelos ductos biliares, passa à vesícula, indo ao intestino, onde emulsiona as gorduras fazendo com que o pequeno tamanho das partículas lipídicas formadas aumente a área superficial exposta à ação da lipase pancreática; sua coloração geralmente é amarela, apresentando uma tonalidade esverdeada. 95% dos sais produzidos pela bile são reabsorvidos e reutilizados.



Distúrbios |


Quando é ingerido alimento gorduroso, a vesícula se contrai para expelir seu conteúdo; se ocorrer alguma obstrução no ducto (tumor, cisto, ou cálculo biliar), a bile fica retida no fígado. Caso não seja tratado, ocorre um extravasamento retroativo, que deixa a tonalidade da pele amarelada, e altera também a coloração normal das fezes, que ficarão mais claras. A estes efeitos ou sintomas, se dá o nome de icterícia obstrutiva.


Além disso, vítimas de insuficiência renal podem ter dificuldades em digerir gorduras por distúrbios no metabolismo da bile. Da mesma forma, pedras na vesícula podem impedir a passagem da bile.



Teoria dos quatro humores de Hipócrates |


Hipócrates, o pai da medicina, no século IV a.C. formulou a teoria humoral acreditava que a bile amarela estava associada com a raiva (humor colérico) enquanto a bile negra estaria associada à melancolia. Essa foi a teoria sobre funcionamento das emoções é aceita até hoje pela medicina oriental e alternativa. Segundo ele, associando a bile amarela, bile negra, sangue e fleugma, respectivamente, ao fogo, terra, ar e água, esses humores predominariam em determinada estação do ano, isto é, verão (bile amarela), outono (bile negra), primavera (sangue) e inverno (fleugma). O desequilíbrio desses humores era considerado a fonte de todas as doenças.[4]



Ver também |



  • Colêmese: presença de bile no vômito

  • Colecistite

  • Colelitíase

  • Coledocolitíase



Referências




  1. Maton, Anthea; Jean Hopkins, Charles William McLaughlin, Susan Johnson, Maryanna Quon Warner, David LaHart, Jill D. Wright (1993). Human Biology and Health. Englewood Cliffs, New Jersey, USA: Prentice Hall. ISBN 0-13-981176-1.


  2. Bowen, R. (2001-11-23). "Secretion of Bile and the Role of Bile Acids In Digestion". Colorado State Hypertextbook article on Bile. http://www.vivo.colostate.edu/hbooks/pathphys/digestion/liver/bile.html. Retrieved 2007-07-17..


  3. NEWTON, W. (1837). "The invention of certain improvements in the manufacture of soap, which will be particularly applicable to the felting of woollen cloths.". The London Journal Of Arts And Sciences; And Repertory Of Patent Inventions IX: 289. http://www.google.co.uk/books?vid=0MfyvmoTsdK02ZeP86W&id=GhMAAAAAMAAJ&pg=RA19-PA291&lpg=RA19-PA291&dq=bile+soap&as_brr=1. Retrieved 2007-02-08.


  4. BARROS, José Augusto C.. Pensando o processo saúde doença: a que responde o modelo biomédico?. Saude soc. [online]. 2002, vol.11, n.1 [cited 2011-02-27], pp. 67-84 . Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12902002000100008&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0104-1290. doi: 10.1590/S0104-12902002000100008.








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