Humor





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Uma das principais reações ao humor é o riso que, na maioria das vezes, é uma resposta impulsiva do corpo.


Lato sensu, humor (do latim humore, "líquido") é o estado de espírito de um indivíduo. Stricto sensu, é um determinado estado de ânimo cuja intensidade representa o grau de disposição e de bem-estar psicológico e emocional de um indivíduo.[1]


O humor (no sentido estrito) é uma das chaves para a compreensão de culturas, religiões e costumes das sociedades, sendo elemento vital da condição humana. Através dos tempos, a maneira humana de sorrir modifica-se, acompanhando os costumes e correntes de pensamento. Em cada época da história humana, a forma de pensar cria e derruba paradigmas, e o humor acompanha essa tendência sociocultural. Expressões culturais do humor podem representar retratos fiéis de uma época, como é o caso, por exemplo, das comédias gregas de Plauto e das comédias de costumes do brasileiro Martins Pena.


Para a Psicologia e Neurociência Afetiva, o humor é um estado afetivo, assim como as emoções. Diferentemente das emoções (que são reações intensas, breves e direcionadas a um estímulo), os humores são considerados mais difusos, menos intensos e independem de um objeto, pessoa ou evento desencadeador. Ou seja, as emoções são reações agudas, como a raiva, a tristeza, o medo e a alegria, enquanto a ansiedade, a depressão, a irritação (ou “mal humor”) e a felicidade poderiam ser classificados como humores.[2]




Índice






  • 1 Etimologia


  • 2 Teorias do humor


    • 2.1 Teorias da superioridade


    • 2.2 Teorias da incoerência


    • 2.3 Teorias do alívio




  • 3 Ver também


  • 4 Referências





Etimologia |


A palavra humor surgiu na medicina humoral dos antigos Gregos. Naqueles tempos, o termo humor representava qualquer um dos quatro fluidos corporais (ou humores) - sangue, fleuma, bílis amarela e bílis negra - que se considerava serem responsáveis por regular a saúde física e emocional humana.



Teorias do humor |



Teorias da superioridade |


Estas teorias partem do pressuposto de que todo riso é oriundo da sensação de superioridade de um indivíduo frente a outro ou alguma situação. Traduz-se o riso como uma resposta a uma "glória repentina" advinda da percepção de superioridade por parte do indivíduo. A superioridade pode se dar não somente pela depreciação do outro mas também da depreciação da ética e da moral estabelecidas, como em piadas e trocadilhos que zombam das regras sociais ou mesmo das regras gramaticais.



Teorias da incoerência |


A incoerência, aqui, é tida como força motriz de toda situação cômica, sendo a mesma identificada como uma "experiência frustrada". Immanuel Kant alegava que o humor surge da "transformação repentina de uma grande expectativa em nada". O humor é tido como a dissolução violenta de uma atitude emocional, produzida pela associação de duas ideias inicialmente distantes. Segundo estes preceitos, a piada de boa qualidade deverá, necessariamente, mesclar dois elementos altamente contrastantes de forma que se estabeleça forte relação entre ambos.


Para que a piada tenha boa aceitação pelo público, é essencial que este esteja inteirado das ideias opostas que se apresentam na piada. Da mesma forma, o comediante deve se inteirar sobre os aspectos socioculturais do público para que consiga estabelecer relações inusitadas para aquela plateia, uma vez que certas relações podem parecer inusitadas para um grupo e não para outro.



Teorias do alívio |


Segundo estas teorias, o humor provém da remoção de uma tensão. Sigmund Freud teorizou que esta tensão é resultado da ação da "censura", nome que deu às proibições internas que impedem o indivíduo de dar forma aos seus impulsos naturais. Segundo Freud, o humor seria uma forma de enganar a censura e, portanto, provocar alívio e, por conseguinte, o riso. A censura é enganada se a quebra da proibição for disfarçada por uma ideia que não denote algo proibido. Como um insulto dito como uma "brincadeira".



Ver também |


  • Metahumor



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Referências




  1. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 909.


  2. Cabral, JC (2018). «Uma Introdução à Neurociência das Emoções». Universo Racionalista 













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