Xisto
Nota: Para outros significados, veja Xisto (desambiguação).
Xisto (do grego σχιστός schistós, ‘cindido’) é o nome genérico de vários tipos de rochas metamórficas facilmente identificáveis por serem fortemente laminadas. Em linguagem popular, em Portugal é também conhecida por "lousa" (e, por extensão, designa-se como "terra lousinha" aos solos com base xistosa).
A argila metamorfizada, devido ao aumento de pressão e temperatura (metamorfismo), torna-se primeiro um xisto argiloso (folhelho), e em seguida, ao continuar o metamorfismo, passa a ardósia, que depois vira filito e finalmente passa a xisto. Ou seja, a sequência de formação é: argila - folhelho (xisto argiloso) - ardósia - xisto - gnaisse.
Índice
1 Definição
1.1 Xistos Azuis
2 Fonte de combustíveis
3 Ver também
4 Referências
5 Fontes
Definição |
O xisto apresenta aspecto nitidamente cristalino, e tem foliação mais ou menos nítida como resultado das fortíssimas pressões a que a rocha é sujeita. Esta foliação é fina em rochas cristalinas, por via de regra de grão médio a fino, por vezes sendo tão pequeno que não se distingue macroscopicamente. Em geral, as "folhas" têm composição sensivelmente igual.
Podem ser definidos vários grupos de xisto, conforme o grau de xistosidade (foliação) e os minerais que predominam na sua constituição: nos micaxistos predominam o quartzo e as micas (biotite/moscovite), nos anfiboloxistos a anfíbola e o quartzo, nos cloritoxistos a clorite, e nos talcoxistos o talco.[1]
Xistos Azuis |
Comumente as ocorrências de xistos azuis devem-se a metamorfismo retrógrado de fácies anidras eclogíticas, frequentemente reliquiares como bolsões dentro do xisto azul, ao sofrerem hidratação e condições cristais menos severas do que as do pico metamórfico.
Deriva de rochas máficas metamorfizadas em condições de baixa temperatura e alta pressão, caracterizando a crosta oceânica colisionada, da série de fácies Sanbagawa, de Myashiro.
A cor deve-se a minerais azuis e verde-azulados como o anfibólio sódico glaucofano que se associa a minerais da paragênese hidratada lawsonita, epidoto, clorita com pouco ou nenhum plagioclásio consumido nas reações metamórficas.
Fonte de combustíveis |
O xisto betuminoso (também conhecido como folhelho ou xisto argiloso) é uma fonte de combustível.[2] Quando submetido a altas temperaturas, produz petróleo de xisto – um petróleo não convencional de composição semelhante à do petróleo convencional do qual se extrai nafta, óleo combustível, gás liquefeito, óleo diesel e gasolina.
Estados Unidos, Brasil, China e Argentina são os países com as maiores reservas mundiais de Xisto[3] e estes com exceção do Brasil lideram a sua extração.[4] A empresa brasileira Petrobrás desenvolveu o Processo Petrosix ® [5] para produção de óleo de xisto em larga escala.
Ver também |
- Fraturamento hidráulico
- Gás de xisto
Aldeias de xisto, em Portugal
Referências
↑ Botelho da Costa, J. (1992) Estudo e Classificação das Rochas por Exame Macroscópico, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
↑ (em português) Petrobras - Espaço Conhecer
↑ (em português) Química e Derivados
↑ Argentina and China lead shale development outside North America in first-half 2015
↑ (em português) Petrobras - O processo Petrosix ®
Fontes |
- Petrobrás. Folder Xisto Agrícola - Produção para o novo mercado mundial.