Senhor do Bonfim (Bahia)




































































































Município de Senhor do Bonfim

"Capital Baiana do Forró"
"Bom Fim"


Igreja Matriz de Senhor do Bonfim.

Igreja Matriz de Senhor do Bonfim.











Bandeira de Senhor do Bonfim


Brasão de Senhor do Bonfim


Bandeira

Brasão


Hino

Aniversário
28 de maio
Fundação

1 de outubro de 1799 (219 anos)

Gentílico

bonfinense

Prefeito(a)
Carlos Alberto Lopes Brasileiro (PT)
(2017 – 2020)
Localização

Localização de Senhor do Bonfim

Localização de Senhor do Bonfim na Bahia


Senhor do Bonfim está localizado em: Brasil


Senhor do Bonfim


Localização de Senhor do Bonfim no Brasil

10° 27' 46" S 40° 11' 27" O10° 27' 46" S 40° 11' 27" O

Unidade federativa

Bahia

Mesorregião

Centro Norte Baiano IBGE/2008[1]

Microrregião

Senhor do Bonfim IBGE/2008[1]
Municípios limítrofes

Jaguarari, Filadélfia, Andorinha, Itiúba, Campo Formoso e Antônio Gonçalves
Distância até a capital
375 km
Características geográficas

Área
827,5 km²

Distritos
Senhor do Bonfim, Carrapichel, Igara, Missão do Sahy, Quiçé e Tijuaçu

População
78 588 hab. estimativa IBGE/2018[2]

Densidade
94,97 hab./km²

Altitude
538 m

Clima

Não disponível

Fuso horário

UTC−3
Indicadores

IDH-M
0,666 médio PNUD/2010[3]

Gini
0,57 PNUD/2010[4]

PIB

R$ 586,265 mil IBGE/2008[5]

PIB per capita

R$ 7,823 44 IBGE/2008[5]
Página oficial

Prefeitura

http://senhordobonfim.ba.gov.br/

Senhor do Bonfim é um município brasileiro localizado no centro norte da Bahia. Localizado a 375 quilômetros da capital Salvador, sua população, conforme estimativas do IBGE de 2018, era de 78 588[2] habitantes. O município possui uma forte tradição de festas juninas e é considerada a capital baiana do forró.




Índice






  • 1 História


  • 2 Turismo


  • 3 Economia


  • 4 Educação


  • 5 Geografia


    • 5.1 Distritos


    • 5.2 Povoados




  • 6 Comunicações


  • 7 Referências


  • 8 Ligações externas





História |


A história da formação de Senhor do Bonfim está diretamente relacionada à busca de ouro e pedras preciosas e à introdução da criação de gado no sertão baiano. Em fins do século XVI, portugueses pertencentes à Casa da Torre, organizavam expedições com destino ao rio São Francisco e às minas de ouro de Jacobina, iniciando a ocupação do interior da província e a formação de vias de comunicação com o litoral.[6]


Situado em zona de passagem dessas expedições, estabeleceu-se no território do atual município uma rancharia de tropeiros no século XVII, servindo de pouso para vaqueiros, bandeirantes e desbravadores que transitavam naquela região. Na mesma época, dentro da estratégia de catequese das populações indígenas, foi criado o arraial da Missão do Sahy a partir de 1697, dirigido pela Ordem dos Frades Menores ou Ordem dos Padres Franciscanos. No Arraial, estabelecido nas proximidades de uma aldeia pataxó, foram construídos convento e igreja sob invocação de Nossa Senhora das Neves. Em 1720, o arraial do Sahy passou à categoria de Vila, sediando a comarca de Jacobina até 1724, quando a sede foi transferida para a Vila de mesmo nome.


Com o crescimento da atividade pecuária, a expansão das pastagens e o consequente avanço da ocupação do sertão baiano, formou-se uma povoação ao redor da antiga rancharia, às margens da estrada das Boiadas Em 1750, o núcleo contava com várias edificações e com população estabelecida, recebendo a denominação de arraial de Senhor do Bonfim da Tapera.


O Arraial, além de rota para a penetração no território, destacava-se como importante núcleo, desenvolvendo-se com base em atividades ligadas à criação de gado. As riquezas minerais da Região, além da localização privilegiada do Arraial, atraiam grande número de tropeiros, aventureiros e peões vindos de outras partes da Bahia e do Nordeste, dificultando o controle e a ordem na localidade. O município criado em 1776 por força de Carta Régia, para solucionar os constantes problemas que surgiam em 1799 com a população local que chegava a 600 pessoas? requereu ao governo da Província a criação da Vila, solicitação que foi atendida no mesmo ano com a instalação da Vila Nova da Rainha em primeiro de outubro.


Em 1885 a vila foi elevada à categoria de cidade, passando a chamar-se Senhor do Bonfim.



Turismo |


Senhor do Bonfim é considerada a Capital Baiana do Forró. Sua Festa de São João, que é o maior evento junino da Bahia e está entre os maiores do Brasil, é muito conhecido por sua guerra de espadas e tradição cultural de seu povo de acender fogueiras em frente às suas residencias. As noites juninas são animadas por inúmeros grupos de forró e desfiles de 'quadrilhas', que seguindo a tradição portuguesa consiste em pares que executam várias evoluções de passos de dança, sempre ao ritmo do forró pé de serra.


A festa em Senhor do Bonfim transcorre durante todo o mês de junho e envolve toda a área urbana. Várias ruas são decoradas com motivos juninos e nordestinos, tendo como homenageada a figura de Luiz Gonzaga. Durante os festejos desta época, a cidade de Senhor do Bonfim recebe cerca de 80 mil visitantes. Nesses dias é possível conhecer e desfrutar uma enorme variedade de pratos da culinária nordestina, como o bode assado, a buchada, o sarapatel, o feijão de torresmo, a legítima carne do sol do sertão, o feijão verde, o andu, a canjica, a pamonha, os mingaus variados, o baião de dois, dentre outros. A variedade de bebidas típicas dos festejos como os licores caseiros é abundante, e é essencial provar desde os mais tradicionais, como o de jenipapo, maracujá, laranja e gengibre como os mais modernos, de uvas passas.


As serras são especiais para a prática do motocross e trilhas, adequadas para hiking. Para os amantes da vela, a 40 quilômetros de distância, as represas de Ponto Novo e Pindobaçu, são ótimas para a prática desse esporte, sendo que na primeira existe uma etapa da Copa de Vela da Bahia. Nesses dois lagos pratica-se também pesca esportiva.


No Monte Tabor, localizado no distrito de Missão do Sahy, ainda podem ser encontradas ruínas das edificações realizadas pelos padres franciscanos, principalmente de uma capela no topo da elevação.


A cidade também realiza anualmente, no mês de julho, a procissão de São Cristóvão, considerado o santo padroeiro dos motoristas.



Economia |


A região que Senhor do Bonfim centraliza é uma rica província mineral, destacando-se a grande produção de cobre (Mina da Caraíba), Cromo (Mina de Pedrinhas e Ferbasa), ouro, vanádio, magnesita, ferro, manganês, calcita, granito, ametista (Mina da Cabeluda), esmeralda (Minas da Carnaíba e Socotó) e níquel.


Possui também uma intensa atividade agropecuária, com produção considerável de milho e feijão bem como de gado de corte. Destaca-se também na pecuária leiteira. Possui dois matadouros para abate do gado bovino, caprino e ovino e começa a destacar-se também na produção de suínos.


Merece destaque a agricultura familiar que serve de sustento para uma parcela considerável da população e é geralmente comercializada na feira livre, pelos próprios produtores.



Educação |


Senhor do Bonfim é uma das quatro cidades baianas (Vitoria da Conquista, Salvador e Cachoeira) a sediar o Educandário Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento, fundado a 22 de junho de 1937, além de uma variada rede de escolas particulares e públicas, como o Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, Colégio Isabel de Queiroz, Colégio Teixeira de Freitas dentre outros.


Em 1986, foi inaugurada a então Faculdade de Educação de Senhor do Bonfim, hoje Departamento de Educação do Campus VII da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), considerada pioneira e uma das mais tradicionais instituições do ensino superior público na Bahia e que oferece cursos de graduação, licenciaturas e bacharelados em diversas áreas, como também Cursos de Especialização lato sensu e Mestrado.


A cidade abriga um campus do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Baiano (IFBaiano, antiga Escola Agrotécnica), que oferece Cursos técnicos de nível médio e pós-médio, cursos do PRONATEC, Graduação, Ensino à Distância e Pós-graduação.


A Universidade Aberta do Brasil (UAB), articulada com a Universidade São Carlos.


Em 2014 a Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), inaugurou um campus na cidade, que possui ainda uma ampla gama de instituições privadas de nível superior, tornando o município um polo de referência educacional na região.



Geografia |


A cidade está localizada no sopé sul da Serra do Gado Bravo, extensão da Chapada Diamantina, na Cordilheira do Espinhaço. Sua altitude, na região central da cidade, é de 453 metros acima do nível do mar, mas possui locais na extensão do município com altitude superior a 600 metros. Por ter localização privilegiada, é sempre verde em todos os meses do ano, sempre abastecida de frutas e verduras da região denominada "Grota", nos vales da cordilheira.


Nos seus domínios encontram-se várias nascentes de rios, todos pertencentes à bacia do Rio Itapicuru. Existem vários açudes no município, como o Açude do Sohen, Açude do Quiçé, Açude da Boa Vista, que ajudam a minorar a falta d'água nos tempos de seca. Esses açudes represam riachos também pertencentes à bacia do rio Itapicuru.


Na área do município é possível observar vários tipos de vegetação, desde a densa mata serrana, remanescente da Mata Atlântica, até a caatinga, sendo um observatório perfeito para quem pretende contemplar ou estudar os aspectos da cobertura vegetal do Nordeste brasileiro.


Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1977 a 1980 e a partir de 1993, a menor temperatura registrada em Senhor do Bonfim foi de 13,9 °C em 8 de agosto de 1977,[7] e a maior atingiu 38,2 °C em 3 de outubro de 1997.[8] O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 102 milímetros (mm) em 11 de janeiro de 1999.[9] Fevereiro de 1980, com 321,7 mm, foi o mês de maior precipitação.[10]






































































































































































Dados climatológicos para Senhor do Bonfim
Mês

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez
Ano
Temperatura máxima recorde (°C)
37,7
36,3
36,6
35,4
35,7
32,1
33,2
34,3
37,8
38,2
38
37,8
38,2
Temperatura máxima média (°C)
31,9
31,9
31,5
30
28
26,2
25,8
27
29,5
31,5
31,6
31,8
30,7
Temperatura média compensada (°C)
26
26,1
25,9
24,9
23,3
21,7
21,1
21,6
23,4
25,2
25,6
25,9
24,2
Temperatura mínima média (°C)
21,1
21,3
21,5
21
20
18,7
17,9
17,8
18,6
19,9
20,5
20,9
19,9
Temperatura mínima recorde (°C)
18,1
18,5
17,9
17,7
17
15
14,3
13,9
15
16,4
17,2
17,6
13,9

Precipitação (mm)
75,5
65,6
96,2
80,6
73,4
79,7
63,3
40,3
21,1
28,7
65,1
62,8
752,3
Dias com precipitação (≥ 1 mm)
6
5
8
7
10
12
12
9
5
3
5
4
87

Umidade relativa compensada (%)
58,9
59,1
63,9
68
73,6
77,7
74,2
69,4
61,2
55,4
58,6
59,1
64,9

Horas de sol
225,7
199,6
211
189,3
165,5
133,8
155,8
190,2
207,5
230,3
207,3
212,2
2 328,2

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (normal climatológica de 1981-2010;[11]
recordes de temperatura: 01/01/1977 a 31/12/1980 e 01/01/1993 a 31/07/2011)[7][8]



Distritos |



  • Senhor do Bonfim

  • Carrapichel

  • Igara

  • Missão do Sahy

  • Quiçé

  • Tijuaçu



Povoados |



  • Baraúnas

  • Barroca do Faleiro

  • Barro

  • Boa Vista

  • Caatinguinha

  • Cachoeirinha

  • Campo do Meio

  • Canavieira

  • Cariacá

  • Coité

  • Estiva

  • Itapicuru

  • Lagoa do Boi

  • Passagem Velha

  • Socotó

  • Tanquinho

  • Terrerinho

  • Umburanas

  • Varzéa do Mulato



Comunicações |




  • 97.3 - FM Rainha


  • 105.9 - Princesa FM (Faixa comunitária)



Referências




  1. ab «Divisão Territorial do Brasil». Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 1 de julho de 2008. Consultado em 11 de outubro de 2008 


  2. ab «Estimativa populacional 2018 IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de agosto de 2018. Consultado em 2 de outubro de 2018 


  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 11 de agosto de 2013 


  4. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (2010). «Perfil do município de Senhor do Bonfim - BA». Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013. Consultado em 4 de março de 2014 


  5. ab «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 


  6. «Histórico | Prefeitura Municipal de Senhor do Bonfim». senhordobonfim.ba.gov.br. Consultado em 21 de março de 2016 


  7. ab «BDMEP - série histórica - dados diários - temperatura mínima (°C) - Senhor do Bonfim». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 14 de julho de 2018 


  8. ab «BDMEP - série histórica - dados diários - temperatura máxima (°C) - Senhor do Bonfim». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 14 de julho de 2018 


  9. «BDMEP - série histórica - dados diários - precipitação (mm) - Senhor do Bonfim». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 14 de julho de 2018 


  10. «BDMEP - série histórica - dados mensais - precipitação total (mm) - Senhor do Bonfim». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 14 de julho de 2018 


  11. «NORMAIS CLIMATOLÓGICAS DO BRASIL». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 14 de julho de 2018 



Ligações externas |



Wikisource

O Wikisource contém fontes primárias relacionadas com Hino de Senhor do Bonfim


  • Página da Prefeitura Municipal





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