Francisco Rodrigues Lobo
Francisco Rodrigues Lobo | |
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Nascimento | 1580 Leiria |
Morte | 1622 (42 anos) Lisboa |
Nacionalidade | Português |
Ocupação | Poeta |
Magnum opus | A Corte na Aldeia (1616) |
Escola/tradição | Barroco |
Francisco Rodrigues Lobo (Leiria, 1580 — Lisboa, 4 de Novembro de 1621) foi um poeta português. Autor regionalista como poucos, apresenta o cognome de "cantor do Lis", e é considerado o iniciador do Barroco na literatura portuguesa[1].
Índice
1 Biografia
2 Obra
3 Homenagens
4 Referências
5 Ligações externas
Biografia |
Nasceu em Leiria no seio de uma família de cristãos-novos, cidade onde a presença judaica remonta a inícios do século XIII[2].
Estudou na Universidade de Coimbra, onde se formou em Cânones. Foi precisamente na cidade do Mondego que iniciou a sua atividade literária, compondo o Romanceiro, tinha pouco mais de 16 anos.
Afirma-se que se dava com a nobreza, entre os quais Teodósio II, Duque de Bragança e Duarte de Bragança, senhor de Vila do Conde, e que este último lhe dava alojamento. Desconhece-se se terá exercido cargos públicos.
Na sua escrita percebe-se uma certa influência da lírica de Luís de Camões, nomeadamente nos temas do bucolismo e do desencanto.
Morreu afogado no rio Tejo durante uma viagem entre Lisboa e Santarém.
Obra |
Viveu durante a Dinastia Filipina, o que explica as numerosas obras escritas em língua castelhana, tendo escrito raramente em língua portuguesa. Foi autor, entre outras, das obras:
Primavera (1601), título geral das três novelas pastoris: "Primavera", "Pastor Pereyrino" e "Desenganado";
O Pastor Peregrino (1608);
Condestabre (1609); e
A Corte na Aldeia (1619).
Dessas, Corte na Aldeia é considerada como o primeiro sinal literário do Barroco em Portugal e um contributo importante no que se refere ao desenvolvimento do Barroco na Península Ibérica. A obra é dedicada ao descendente da Coroa Portuguesa, ou seja D. Duarte, irmão do Duque de Bragança e marquês de Frechilha e de Malagam. Na dedicatória da obra, Rodrigues Lobo convida D. Duarte de Bragança a preservar e ter orgulho da "língua e da nação Portuguesa" que, no passado, conheceu momentos muito mais gloriosos. "Corte na Aldeia" é composta de dezasseis diálogos didácticos que descrevem a vida cortesã da época, reflectindo a frustração da nobreza portuguesa pelo desaparecimento da corte nacional, sob a dominação filipina.[3]
Homenagens |
O seu nome foi atribuído à Escola Secundária de Francisco Rodrigues Lobo, e à Praça Rodrigues Lobo, em Leiria.
É também nome de rua em Lisboa, freguesia de Campolide.
Referências
↑ Município de Leiria
↑ Rede Judiarias de Portugal
↑ Miguel Real. «A Corte na Aldeia». e-Cultura (Centro Nacional de Cultura). Consultado em 6 de outubro de 2017
- Commons
- Wikisource
Ligações externas |
Fotobiografia (im) Possível - Francisco Rodrigues Lobo 1878-1946, autor: Carlos Ascenso André Ed. Imagens&Letras, 2009 www.imagenseletras.pt- 1º Volume da obra "Côrte na aldeia e noites de inverno (eBook)