Pielonefrite






































Pielonefrite


Pielonefrite é uma inflamação da Pélvis renal (6); Uréter proximal (7) e Cálices (8)

Especialidade

urologia
Classificação e recursos externos

CID-10

N10-N12, N13.6, N20.9

CID-9

590.0, 590.1, 590.3, 590.8, 590.81

DiseasesDB

11052 29255 31522

MedlinePlus

001274

eMedicine

ped/1959

MeSH

D011704

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Pielonefrite (do grego antigo pyelos, pélvis; nephrós, rim; -itis inflamação) é uma inflamação do parênquima, cálices e pelve renal, a parte central do rim, geralmente causada por uma infecção do trato urinário bacteriana. [1]


Existem duas formas de pielonefrite, a aguda causada por uma infecção bacteriana, e a crônica, na qual infecções de repetição se conjugam com a reação do sistema imunitário a essas infecções para produzir o quadro de lesões.




Índice






  • 1 Pielonefrite aguda


    • 1.1 Epidemiologia


    • 1.2 Fisiopatologia


    • 1.3 Clínica (sintomas)


    • 1.4 Patologia


    • 1.5 Tratamento




  • 2 Pielonefrite crônica


    • 2.1 Fisiopatologia


    • 2.2 Clínica (sintomas)


    • 2.3 Patologia


    • 2.4 Tratamento




  • 3 Referências





Pielonefrite aguda |


É uma infecção supurativa (com produção de pus). É quase sempre causada por bactérias (Escherichia coli e Enterobacter são 80% dos casos)[2] e raramente por vírus como o poliomavirus ou fungos como Candida albicans.



Epidemiologia |


Afecta mais frequentemente três populações: bebês com menos de um ano e anomalias congênitas do sistema urinário; mulheres com vida sexual ativa e idosos. É 3 a 5 vezes mais comum em mulheres, com incidência de 15-17 casos anuais por cada 10,000 mulheres e 3-5 casos anuais por cada 10.000 homens.[3]



Fisiopatologia |


A pielonefrite é frequentemente causada por bactérias Gram-negativas que são flora normal no intestino. Estas bactérias (Escherichia coli, Enterobacter, Proteus Mirabillis, Klebsiella) causam as infecções do tracto urinário (ITUs), mais frequentes nas mulheres.


As pielonefrites são quase sempre complicações decorrentes destas infecções da uretra, bexiga e/ou ureteros - denominada infecção ascendente. Normalmente os ureteres não recebem urina de volta da bexiga, devido a mecanismos anti-refluxo. Contudo se estes mecanismos devido a anomalias congénitas ou a inflamação não forem eficazes, o refluxo vesicoureteral de urina pode transportar bactérias que infectem a bexiga ou a uretra para o rim.[4]


Outra condição que frequentemente leva à pielonefrite é a obstrução do ureter. A obstrução pode ser devida a litíase renal ("pedra dos rins") ou nos idosos do sexo masculino a hiperplasia benigna da próstata (uma condição quase universal a partir dos 70 anos) pode provocar suficiente obstrução também. Nessa situação, a estase da urina acima da obstrução permite o crescimento bacteriano, que normalmente seria impedido pelo fluxo constante. A cateterização de doentes acamados ou com outros problemas das vias urinárias também é um factor de risco.[5]



Clínica (sintomas) |


O início é abrupto, com dor na micção (disúria) e maior frequência (polaciúria) e urgência, inclusivamente acordando o doente à noite (noctúria). Como em qualquer infecção, há febre, suores, mal-estar. São detectaveis leucócitos em massas cilíndricas na urina (piúria), devido a terem sido arrastados dos túbulos cilíndricos pela urina.



Patologia |


Microscópicamente observa-se inflamação supurativa, com infiltração primeiro de neutrófilos, mais tarde de macrofagos e linfócitos. Há necrose das células dos túbulos renais. Pode haver ou não formação de abcessos. Após resolução há extensa fibrosação das regiões afectadas.



Tratamento |


A resolução inicia-se após alguns dias de terapia com antibióticos. Infrequentemente, e principalmente em individuos debilitados ou diabéticos podem ocorrer complicações. Estas incluem a Bacteremia, multiplicação bacteriana no sangue grave, frequentemente pode ser mortal, ou a necrose da pelve renal, com insuficiência renal crônica, podendo levar a morte.



Pielonefrite crônica |


A pielonefrite crônica é derivada de múltiplos ataques de pielonefrite aguda, que podem ser mais ou menos graves, e que ocorrem frequentemente durante um período alargado.



Fisiopatologia |


A causa mais frequente é a insuficiência dos mecânismos anti-refluxo, com refluxo de urina da bexiga para o rim. Outra causa frequente é a litíase renal, com cálculos obstrutivos do fluxo da urina.



Clínica (sintomas) |


O início pode ser gradual ou dar-se ataque de pielonefrite aguda. Sintomas são semelhantes a esta última mas tendem a ser mais suaves mas mais arrastados.
Pode complicar com surgimento de hipertensão arterial de causa renal; síndrome nefrótica; e insuficiência renal.



Patologia |


Macroscopicamente há atrofia do rim afectado. A pelve e os cálices ficam danificados e por vezes obstruem a passagem da urina.
Com o microscópio, vê-se extensa fibrosação do rim, uma resposta provocada pelo sistema imunitário à infecção constante. Há atrofia de alguns túbulos, dilatação de outros, com conteúdo hialino devido à proteína retida.



Tratamento |


A pielonefrite crónica não raramente resulta em insuficiência renal crónica, com necessidade de diálise. A terapia com antibióticos resolve os episódios agudos mas não impede a sua recorrência.



Referências




  1. http://www.medilexicon.com/dictionary/74282


  2. Ramakrishnan, K; Scheid, DC (2005). "Diagnosis and management of acute pyelonephritis in adults". American Family Physician. 71 (5): 933–42. PMID 15768623.


  3. Czaja, CA; Scholes D; Hooton TM; Stamm WE (2007). "Population-based epidemiologic analysis of acute pyelonephritis" (PDF). Clin Infect Dis. 45 (3): 273–80. doi:10.1086/519268. PMID 17599303.


  4. Acute pyelonephritis - risk factores. http://www.healthline.com/health/pyelonephritis#risk-factors4


  5. Aparentemente simples, infecção urinária é perigosa









































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