Oscar Schmidt
Informações pessoais | ||||||||||||||||||||||||
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Nome completo | Oscar Daniel Bezerra Schmidt | |||||||||||||||||||||||
Data de nasc. | 16 de fevereiro de 1958 (60 anos) | |||||||||||||||||||||||
Local de nasc. | Natal, RN, Brasil | |||||||||||||||||||||||
Altura | 2,05 m | |||||||||||||||||||||||
Apelido | Mão Santa , Rei do Basquete | |||||||||||||||||||||||
Informações no clube | ||||||||||||||||||||||||
Clube atual | Aposentado (26 de maio de 2003) | |||||||||||||||||||||||
Número | 6, 11, 14, 18 | |||||||||||||||||||||||
Posição | Ala | |||||||||||||||||||||||
Clubes de juventude | ||||||||||||||||||||||||
Palmeiras 0085j 0000(2.114pts) Mackenzie 0036j 0000(1.332pts) Seleção Paulista 0015j 0000(393 pts) Seleção Brasileira 0031j 0000(569pts) | ||||||||||||||||||||||||
Clubes profissionais | ||||||||||||||||||||||||
Ano | Clubes | Partidas (pontos) | ||||||||||||||||||||||
1974–1979 1979–1982 1982–1990 1990–1993 1993–1995 1995–1997 1997–1998 1998–1999 1999–2003 1974-2003 | Palmeiras Sírio Juvecaserta Pavia Forum Valladolid Corinthians Bandeirantes Mackenzie Flamengo Total | 00082 0000(2.033) 00146 0000(4.351) 00284 0000(9.143) 00119 0000(4.814) 00071 0000(2.009) 00131 0000(4.270) 00117 0000(3.570) 00120 0000(4.613) 00219 0000(7.241) 001.289 0000(42.044) | ||||||||||||||||||||||
Seleção nacional | ||||||||||||||||||||||||
1977-1996 | Brasil | 00326 0000(7.693) | ||||||||||||||||||||||
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Oscar Daniel Bezerra Schmidt (Natal, 16 de fevereiro de 1958) é um ex-jogador brasileiro de basquetebol, considerado um dos maiores jogadores de basquetebol de todos os tempos, apesar de nunca ter atuado na NBA. Com 2,05 m de altura, Oscar é o maior pontuador da história do basquete, com 49.737 pontos.[1]
Este recorde é extraoficial, pois não havia súmulas de todos os jogos de Oscar no Brasil. Seu rendimento em equipes como Sírio e Palmeiras foram calculados através de estudos do jogador com o seu biógrafo, o jornalista e escritor Odir Cunha, autor do livro Oscar Schmidt, a história do maior ídolo do basquete brasileiro, lançado em 1996.[1]
Seu número da sorte é o 14, tanto que o usou em 1987, porém em 1990 na FIBA usou o número 6.
Oscar foi nomeado um dos 50 Maiores Jogadores de Basquete da FIBA em 1991. Em agosto de 2010 ele foi incluído no Hall da Fama da FIBA, em reconhecimento ao que jogou em competições internacionais.
Em 8 de Setembro de 2013 Oscar Schmidt entrou para o Hall da Fama de basquete dos EUA "Basketball Hall of Fame"[2]
Tentou uma carreira política através do antigo Partido Progressista Brasileiro (PPB) - atual Partido Progressista (PP), se candidatando a senador pelo estado de São Paulo em 1998, perdendo para o então senador Eduardo Suplicy (PT), encerrando sua curta passagem pela política.
Oscar atualmente se dedica à condução do recém criado campeonato Novo Basquete Brasil, em contraposição ao campeonato organizado pela CBB e também participa do programa esportivo Esporte Fantástico, da Rede Record de televisão.
Seu primeiro treinador foi Laurindo Miura, que desenvolveu um trabalho especial de coordenação para ele. Esse trabalho serviu de base para seus arremessos.
Índice
1 Carreira
1.1 Clubes em que atuou
1.2 Seleção Brasileira
1.2.1 A conquista do Pan de 1987
2 Estatísticas
2.1 Campeonato Nacional
2.2 Seleção Brasileira
3 Títulos
3.1 Pela seleção brasileira
3.2 Pelos clubes
4 Recordes
4.1 Honrarias
5 Vida pessoal
6 Críticas
7 Referências
8 Ligações externas
Carreira |
Ele foi selecionado pelo New Jersey Nets na sexta rodada do draft da NBA de 1984, e teve várias outras oportunidades de jogar na NBA, mas recusou-se a todos, a fim de manter seu status de "amador" e continuar a jogar na Seleção Brasileira (até 1989, os jogadores da NBA não foram autorizados a jogar por seleções nacionais).
No dia 27 de outubro de 2001 - partida entre Flamengo e Fluminense válida pelo Campeonato Carioca - Oscar superou a marca de 46.725 pontos de Kareem Abdul-Jabbar e se tornou o maior cestinha da história do basquetebol[3] - ele terminaria a carreira de jogador com 49.737 pontos, destes 42.042 foram marcados pelas equipes em que passou e, 7.695, pela Seleção Brasileira.[4] Este recorde (maior cestinha do basquete) ainda lhe pertence.
Clubes em que atuou |
Palmeiras, São Paulo
Sírio, São Paulo
Juvecaserta, Itália
- Pavia, Itália
- Forum/Valladolid, Espanha
Corinthians, São Paulo
Bandeirantes, São Paulo
Barueri, São Paulo
Flamengo, Rio de Janeiro
Seleção Brasileira |
Pela Seleção Brasileira, Oscar participou de 3 Campeonatos Mundiais, e é o 2o jogador que mais vezes vestiu a Camisa da Seleção Brasileira em Campeonatos Mundiais - 33 (atrás apenas de Ubiratan, com 34)[5]
Sua maior conquista com a Camisa Verde Amarela, foi a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 1987
A conquista do Pan de 1987 |
Ver artigo principal: Final do Basquetebol Masculino nos Jogos Pan-Americanos de 1987
Oscar liderou um dos maiores feitos da história do basquete mundial. A data de 23 de agosto de 1987 foi o dia histórico em que a equipe masculina de basquete do Brasil venceu o poderoso time norte-americano, representado pelos jogadores universitários da época, os favoritos e donos da casa, por 120 a 115, na final dos 10º Jogos Pan-americanos de 1987. Foi uma virada espetacular e a primeira e única vez, até então, que os Estados Unidos perderam em casa. O palco era o Market Square Arena, Indianápolis. De um lado a equipe brasileira; do outro, os norte-americanos. Os Estados Unidos já tinham toda a festa preparada para seu time. No elenco destacavam-se jogadores que mais tarde se tornaram grandes astros da NBA, como David Robinson, Rex Chapman, Dan Majerle e Danny Manning. A seleção do Tio Sam já atropelara Porto Rico nas semifinais, impondo uma vantagem final de cinco pontos. Para os brasileiros, a classificação havia sido contra o México com um placar de 137 a 116.
A seleção brasileira não assustava muito o técnico Denny Crum. A única tática necessária para garantir o ouro, segundo ele, era uma defesa forte em cima de Oscar e Marcel que, segundo o técnico, tinham uma precisão muito grande nos arremessos. No fim do primeiro tempo, o Brasil perdia por 14 pontos, sendo que chegou a ficar em desvantagem de 20 pontos no decorrer do período. A equipe formada por Gérson, Oscar, Israel, Marcel e Guerrinha (que substituía o armador Maury, vítima de contusão) voltou com muita determinação e com um ataque extremamente preciso, sobretudo nas bolas de três pontos que foram a chave para a virada do Brasil. Os "reis do basquete" não conseguiam entender o que estava acontecendo, nem mesmo sua fiel torcida, que se calava a cada cesta de Oscar e Marcel. Final de jogo: a cena do banco norte-americano cabisbaixo era contrastante com a euforia de Oscar, deitado no chão, gritando e chorando. Essa era a maior conquista do esporte nacional, desde a Copa do Mundo de 70.
Estatísticas |
† | Denota temporadas em que a equipe de Oscar ganhou o torneio |
Líder do torneio |
Campeonato Nacional |
Ano | Equipe | PJ | MPJ | 2P% | 3P% | LL% | RT | AS | BR | TO | PPJ |
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1996† | Corinthians | 31 | 34.3 | .588 | .485 | .881 | 3.6 | .8 | .6 | .2 | 30.9 |
1997 | Corinthians | 26 | 37.6 | .530 | .504 | .880 | 3.2 | 1.3 | .6 | .3 | 38.2 |
1998 | Bandeirantes | 28 | 39.6 | .541 | .440 | .903 | 4.3 | 1.4 | .6 | .2 | 39.8 |
1999 | Mackenzie | 36 | 39.0 | .573 | .464 | .913 | 2.7 | 1.7 | .7 | .3 | 38.2 |
2000 | Flamengo | 38 | 37.9 | .543 | .389 | .862 | 4.2 | 1.7 | .5 | .1 | 34.9 |
2001 | Flamengo | 34 | 36.9 | .483 | .457 | .899 | 4.2 | 1.3 | .6 | .1 | 33.0 |
2002 | Flamengo | 34 | 37.1 | .516 | .403 | .908 | 4.0 | 1.9 | .6 | .2 | 34.8 |
2003 | Flamengo | 31 | 36.3 | .495 | .451 | .924 | 4.0 | 2.0 | .5 | .2 | 33.1 |
Seleção Brasileira |
Ano | Evento | PJ | MPJ | 2P% | 3P% | LL% | RT | AS | BR | TO | PPJ |
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1978 | Copa do Mundo | 9 | - | - | - | .688 | - | - | - | - | 17.7 |
1980 | Olimpíada | 7 | 29.4 | .548 | - | .875 | 6.7 | 0.4 | 0.3 | .0 | 24.1 |
1982 | Copa do Mundo | 6 | - | - | - | .700 | - | - | - | - | 21.0 |
1984 | Olimpíada | 9 | 26.7 | .524 | - | .781 | 4.7 | 0.7 | 1.0 | .0 | 24.1 |
1986 | Copa do Mundo | 10 | - | - | - | .764 | - | - | - | - | 28.1 |
1988 | Olimpíada | 8 | 36.0 | .576 | .556 | .918 | 7.8 | 1.6 | 0.6 | .4 | 42.2 |
1990 | Copa do Mundo | 8 | - | - | - | .873 | - | - | - | - | 34.6 |
1992 | Olimpíada | 8 | 31.7 | .324 | .378 | .889 | 3.5 | 0.6 | 2.1 | .0 | 24.8 |
1996 | Olimpíada | 8 | 32.9 | .475 | .381 | .953 | 3.1 | 1.0 | 0.5 | .0 | 27.4 |
Títulos |
Pela seleção brasileira |
- Títulos
Jogos Pan-Americanos: 1987
Campeonato Sul-Americano de Basquetebol: 1977, 1983, 1985
Pelos clubes |
Sociedade Esportiva Palmeiras
- Copa Interamericana de Basquete: 1977
Campeonato Brasileiro: 1977
Campeonato Paulista: 1974
Campeonato Paulistano: 1974 , 1975, 1976- Torneio de Preparação da FPB: 1976, 1977
- Torneio de Aniversário da FPB: 1976
Esporte Clube Sírio
Campeonato Mundial Interclubes: 1979
Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões: 1979
Campeonato Brasileiro: 1979
Campeonato Paulista: 1978, 1979
Juvecaserta Basket
- Copa da Itália: 1988
- Campeonato Italiano (Segunda Divisão): 1983
Pallacanestro Pavia
- Campeonato Italiano (Segunda Divisão): 1991
Sport Club Corinthians Paulista
Campeonato Brasileiro: 1996
Associação Atlética Mackenzie College
Campeonato Paulista: 1998
Clube de Regatas do Flamengo
Campeonato Carioca: 1999, 2002
Recordes |
- Maior pontuador de todos os tempos com 49.737 pontos
- Jogador de basquete com mais participações em olimpíadas – 5 (empatado com o porto-riquenho Teófilo Cruz e com o australiano Andrew Gaze)[6]
- Mais pontos nas olimpíadas – 1.093[6]
- Maior média de pontos por jogo em uma edição das olimpíadas – 42,3 pontos por jogo[6]
- Mais vezes cestinha em olimpíadas – 3[6]
- Mais cestas de três pontos, dois pontos e lances livres em Olimpíadas[6]
- 2o jogador que mais vezes vestiu a Camisa da Seleção Brasileira em Campeonatos Mundiais - 33 (atrás apenas de Ubiratan, com 34)[5]
- Mais pontos por um jogo em olimpíadas – 55 contra a Espanha em 1988[6]
- 2o Jogador com Mais pontos por um jogo no campeonato nacional de clubes – 57 jogando pelo Flamengo (superado por Marcelinho Machado, que fez 63 pontos)
- Maior cestinha da seleção brasileira – 7.693
Honrarias |
- Inclusão no Hall da Fama da FIBA
- O Hall da Fama de Springfield fez uma publicação citando os 100 maiores jogadores da história e nesse livro constam somente cinco jogadores não-americanos - Oscar é um deles.[7]
- Quatro camisetas aposentadas na carreira – 18 de Caserta (Itália) – 11 de Pavia (Itália) – 14 do Unidade (Brasília) e do Flamengo (Rio de Janeiro)
- Agraciado com a Ordem do Ipiranga, no grau de Grande Oficial, pelo Governo do Estado de São Paulo.[8]
Vida pessoal |
Filho de um pai militar de ascendência alemã, Oscar nasceu no Rio Grande do Norte para onde seu pai havia sido transferido. Sua mãe é potiguar do município de Parelhas. Em 1970, sua família mudou-se para Brasília. Oscar é casado com Maria Cristina Victorino desde 1981, com quem tem dois filhos: Filipe (nascido em 1986) e Stephanie (nascida em 1989).[9] Seu sobrinho, Bruno Schmidt, é jogador de vôlei de praia[10]
Desde 2011 Oscar luta contra um câncer no cérebro.[11] Em 2014, Oscar foi internado devido a uma arritmia cardíaca.[12]
Críticas |
Em 16 de novembro de 2014, Oscar foi contratado para dar uma palestra na Faculdade de Desenvolvimento e Integração Regional (FADIRE) da cidade de Caruaru - PE , onde os estudantes o consideraram como sendo arrogante e grosseiro. O seu microfone apresentou problemas, e quando o repórter e apresentador da TV Jornal, Eliaquim Oliveira, ofereceu o microfone dele, Oscar recusou dizendo que aquele tipo de microfone era "para amadores". Neste mesmo evento, Oscar reclamou com a plateia que o fotografava alegando que "estava ali para contar a sua história, e não para ser fotografado.". Irritadas com a situação, centenas de pessoas deixaram a palestra antes do término.[13] Em nota, a FADIRE afirmou que "Não compactua e nem aceita a atitude grosseira do palestrante para com os alunos, os quais deixaram seus afazeres no dia de domingo pós-feriado, para buscar conhecimento."[14]
Referências
↑ ab Revista Veja, Ricarto Setti. «Oscar Schmidt, o maior jogador de basquete da história do Brasil». 7 de setembro de 2013. Consultado em 17 de fevereiro de 2014
↑ GLOBOESPORTE.COM (15 de fevereiro de 2013). «Oscar Schmidt entra para o Hall da Fama do basquete nos EUA». GLOBOESPORTE.COM. Consultado em 3 de agosto de 2014
↑ super.abril.com.br/ O maior cestinha do basquete: A mão de Deus
↑ virgula.uol.com.br/ Oscar se despede das quadras
↑ ab globoesporte.globo.com/ Em seu quinto Mundial, Marcelinho Machado iguala recorde de portorriquenho
↑ abcdef sportv.globo.com/ Destruidor de recordes: dez façanhas de Oscar Schmidt nas Olimpíadas
↑ Biografia de Oscar Schmidt
↑ «Governo entrega Ordem do Ipiranga a personalidades». Portal do Governo do Estado de São Paulo. 31 de agosto de 2010. Consultado em 9 de março de 2018
↑ Revista Caras: perfil de Oscar Schmidt
↑ Ao lado do irmão, Oscar constrange humorista no Altas Horas, Blog do Juca Kfouri, 17 de novembro de 2013.
↑ Tribuna de Criciúma; Bruna Borges. «Oscar Schmidt dá lição de vida em Criciúma». 4 de outubro de 2013. Consultado em 17 de fevereiro de 2014
↑ Após 'maior susto' da vida, Oscar abre o coração': 'Estou curado da arritmia' Globoesporte.globo.com
↑ Lancepress! (20 de novembro de 2014). «Oscar gera indignação e vaias após "ofensas" em palestra». Terra. Consultado em 20 de novembro de 2014
↑ «Bezerrenses que estudam na FADIRE saíram decepcionados de palestra com Oscar Schmidt». 19 de novembro de 2014. Consultado em 19 de novembro de 2014
Ligações externas |
- Página oficial de Oscar Schmidt
- Números de Oscar Schmidt
- Biografia de Oscar Schmidt
- Concessão de título benemérito pelo Estado do Rio de Janeiro
- Perfil no interbasket.com