Guerra biológica
Nota: Para o filme com Steven Segal, veja The Patriot (1998).
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Guerra biológica consiste no uso de microorganismos ou de toxinas, como arma de guerra para incapacitar ou matar um adversário.
Na Antiguidade e na Idade Média a guerra biológica era praticada através do uso das substâncias tóxicas originárias de organismos vivos. Os Exércitos usavam corpos em decomposição para contaminar o abastecimento de água de uma cidade sitiada, ou atiravam dentro das muralhas inimigas cadáveres de vítimas de doenças como varíola ou peste bubônica (conhecida na Idade Média como peste negra). O arremesso de corpos sobre as muralhas das cidades sitidas era realizado com o uso de catapultas, e apresentava também um impacto moral pela visão de um corpo voando sobre a muralha e se espatifando no pátio interno da fortaleza ou cidade, além do forte odor do corpo em putrefação.
Atualmente, essas armas podem ser bactérias (ou suas toxinas), vírus e fungos fabricados em laboratórios. Durante a Guerra Fria, os EUA e a ex-URSS desenvolvem pesquisas voltadas para a guerra bacteriológica. Mas o único uso documentado de armas biológicas em combate foi feito pelos japoneses contra cidades chinesas entre os anos 30 e 40, na Segunda Guerra Sino-Japonesa. O exército imperial japonês possuía uma unidade secreta para pesquisa e desenvolvimento de guerra biológica, denominada Unidade 731. Também foram atribuídos aos japoneses experimentos com agentes bacteriológicos, principalmente em prisioneiros de guerra.
A criação e armazenamento de armas biológicas foi proibida pela Convenção sobre Armas Biológicas (BWC) de 1972. Até maio de 1997, o acordo foi assinado por 159 países, dos quais 141 já o ratificaram, inclusive o Brasil. A ideia subjacente a este acordo é evitar o devastador impacto de um ataque bem sucedido, que poderia concebivelmente resultar em milhares, possivelmente milhões de mortes e causar roturas severas a sociedades e economias. No entanto, a convenção proíbe somente a criação e o armazenamento, mas não o uso, destas armas. Entretanto, o consenso entre analistas militares é que, exceto no contexto do bioterrorismo, a guerra biológica tem uma aplicação militar bastante limitada.
Ver também |
- Estudo da Sífilis não Tratada de Tuskegee
- Experimentos humanos nazistas
- Gás venenoso na Primeira Guerra Mundial
- Guerra química
- Unidade 731