Ávaros
Nota: Se procura pelo povo que habita o Cáucaso, consulte Avares.
Os ávaros (também chamados de avares ou abares) ditos eurásios ou eurasiáticos, foram um povo nômade da Eurásia que migrou para a Europa Central e Oriental no século VI d.C. O domínio ávaro sobre a Planície Panônia (a região entre os Cárpatos, os Alpes Dináricos e os Bálcãs) persistiu até o início do século IX. Considerados um grupo túrquico proto-mongol, os ávaros habitavam originalmente a Ásia ocidental. Ao adentrarem a Europa no século VI receberam dinheiro do Imperador Justiniano para evitar o Império Bizantino, dirigindo-se portanto para o norte, para a Germânia.[1]
Encontrando forte resistência dos francos e considerando a geografia local imprópria para seu estilo de vida nômade, voltaram-se para a Planície Panônia, que era naquele momento objeto de disputa entre os lombardos e os gépidas, ambas tribos germânicas. Ao lado dos lombardos, destruíram os gépidas em 567 e fundaram o Caganato Ávaro na área do Danúbio.
Por volta de 568, forçaram os lombardos a deixar a região e os empurraram para a Itália setentrional. Após diversas guerras contra os bizantinos, em 626, aliados aos persas, sitiaram Constantinopla mas não lograram tomá-la.
No período entre 630 e 635, participaram do estado dos onogures (Onogúria ou Antiga Grande Bulgária) juntamente com os búlgaros, formando um poderoso canato que se estendia da Panônia até a Ucrânia. Com o fim da aliança búlgaro-ávara, o Estado ávaro continuou a existir na Panônia até o século IX. No início daquele século, os ávaros foram subjugados pelos francos sob Carlos Magno e pelos búlgaros sob Crum.
Alguns estudiosos especulam que os ávaros teriam sido os primeiros a introduzir o estribo na Europa.
Referências
↑ Henry R. Loyn, ed. (1997). Dicionário da Idade Média. [S.l.: s.n.] p. 38