Miguel Ducas (protoestrator)







































Miguel Ducas
Nascimento
ca. 1061
Morte
antes de 1117
Nacionalidade

Império Bizantino
Progenitores

Mãe: Maria da Bulgária
Pai: Andrônico Ducas
Parentesco

João Ducas (avô);
João Ducas (irmão);
Irene Ducena (irmã)
Filho(s)
vide artigo
Ocupação
General
Religião
Catolicismo




Iluminura de Aleixo I Comneno (r. 1081–1118)


Miguel Ducas (em grego: Μιχαήλ Δούκας; transl.: Mikhael Doukas; ca. 1061 - antes de 1117) foi um membro da família Ducas, um parente do imperador Aleixo I Comneno (r. 1081–1118) e uma figura militar sênior, com o posto de protoestrator, durante o reinado de Aleixo. Sua vida é conhecida apenas através da A Alexíada de Ana Comnena e a história de seu marido, Nicéforo Briênio.




Índice






  • 1 Biografia


  • 2 Família


  • 3 Referências


  • 4 Bibliografia





Biografia |


Miguel Ducas nasceu ca. 1061, o filho mais velho do doméstico das escolas Andrônico Ducas, filho do césar João Ducas, e sua esposa, Maria da Bulgária, a neta do tsar João Vladislau (r. 1015–1018). Miguel foi assim o cunhado de Aleixo I Comneno, que tinha se casado com sua irmã Irene Ducena.[1][2][3] Em 1074, durante a rebelião do mercenário normando Roussel de Bailleul, Miguel e seu irmão mais novo João estavam nas propriedades do avô deles, o césar João Ducas da Bitínia. Roussel exigiu que o césar entregasse os dois como reféns em troca da libertação do pai ferido deles, a quem mantinha cativo. O césar concordou, e os dois foram presos por Roussel. Os servos dos dois garotos conseguiram persuadir um camponês local a ajudá-los a escapar e levá-los para Nicomédia, mas no evento, apenas Miguel com seu eunuco pedagogo Leontácio conseguiu escapar e alcançar a segurança. Seu irmão João ficou para trás, até ser libertado após a derrota de Roussel mais tarde no mesmo ano.[4][5]


Em 1078, desempenhou um papel crucial no casamento de Nicéforo III Botaniates (r. 1078–1081) com a imperatriz Maria da Alânia. O casamento foi contra a lei canônica, uma vez que ela ainda estava casada com o imperador deposto Miguel VII Ducas (r. 1071–1078), mas sob as instruções de seu avô João, Miguel procurou um padre disposto a conduzir a cerimônia.[6] Em 1081, quando Aleixo Comneno rebelou-se contra Botaniates, Miguel acompanhou seu avô para o acampamento de Aleixo em Schiza. Lá, apoiaram a candidatura de Aleixo ao trono bizantino contra seu irmão mais velho Isaac Comneno.[7][8] Após a ascensão bem sucedida de Aleixo ao trono, Miguel foi recompensado com o título de sebasto e o ofício de protoestrator, uma das posições militares bizantinas mais altas.[7][6]


Em 1083, participou na campanha na Tessália contra os normandos sob Boemundo, comandando a infantaria pesada. Foi derrotado em batalha por Boemundo próximo de Lárissa, e seu exército dispersou. Quatro anos mais tarde, participou na expedição mal-sucedida contra os pechenegues na Bulgária, e instou o imperador Aleixo a fugir após a derrota bizantina em Dorostolo. Durante a fuga, o cavalo de Miguel escorregou e ele caiu, mas um soldado lhe deu seu próprio cavalo, permitindo-lhe se juntar com o imperador.[6][9]


Poucos anos depois, contudo, em 1091, participou na vitória final sobre os pechenegues na batalha de Levúnio.[6][9] Depois disso, é registrado como tendo participado do sínodo de 1094, que condenou Leão da Calcedônia e, segundo uma carta datada da invasão normanda de 1107-1108, Miguel foi enviado para o Epiro para levantar tropas. Morreu após uma doença prolongada em 9 de janeiro. O ano é incerto, contudo foi em algum momento antes de 1117, quando é listrado como morto no tipicon do Mosteiro de Cecaritomena.[10][11]



Família |


Através de seu casamento com uma mulher de nome desconhecido, teve vários filhos. Apenas um é atestado com certeza, Constantino Ducas, um sebasto e governador da região do rio Vardar ca. 1118.[12] Demetrios I. Polemis identifica duas Ducenas como filhas de Miguel. A primeira é uma certa Teodora Ducena, atestada em um epigrama como casada com um Teodoro. Polemis considera-a como a mãe de Eufrosina Ducena, neta de Miguel, cujo pai foi também chamado Teodoro.[11][13] A segunda é Irene Ducena, a esposa de Gregório Camatero, um homem de origem humilde que ascendeu à alto posto sob Aleixo Comneno e seu sucessor, João II Comneno (r. 1118–1143).[14][15] Ainda especula-se outra filha de nome desconhecido, casada com um certo João, e é possível que um poema de Nicolau Calicles refira-se a outro filho.[13]



Referências




  1. Kazhdan 1991, p. 655–656.


  2. Polemis 1968, p. 63–64.


  3. Skoulatos 1980, p. 203.


  4. Polemis 1968, p. 64, 66.


  5. Skoulatos 1980, p. 146, 203.


  6. abcd Skoulatos 1980, p. 203.


  7. ab Polemis 1968, p. 64.


  8. Skoulatos 1980, p. 127, 203.


  9. ab Polemis 1968, p. 64–65.


  10. Polemis 1968, p. 65.


  11. ab Skoulatos 1980, p. 204.


  12. Polemis 1968, p. 65–66, 76.


  13. ab Polemis 1968, p. 66, 77.


  14. Polemis 1968, p. 66, 78–79.


  15. Skoulatos 1980, p. 110–111.



Bibliografia |




  • Kazhdan, Alexander Petrovich (1991). The Oxford Dictionary of Byzantium. Nova Iorque e Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-504652-8 


  • Polemis, Demetrios I. (1968). The Doukai: A Contribution to Byzantine Prosopography. Londres: The Athlone Press 


  • Skoulatos, Basile (1980). Les personnages byzantins de I'Alexiade: Analyse prosopographique et synthese. Louvain-la-Neuve: Nauwelaerts 








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