Império Aiúbida
Império Aiúbida الأيوبيو | |||||||||||||||||||||||||||||||||
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Região | Médio Oriente | ||||||||||||||||||||||||||||||||
Capitais | Cairo (1171–1174) Damasco (1174–1218) Cairo (1218–1250) Alepo (1250–1260) | ||||||||||||||||||||||||||||||||
Países atuais | Egito Síria Líbano Israel Jordânia Arábia Saudita Iémen Turquia Líbia | ||||||||||||||||||||||||||||||||
Línguas mais usadas | árabe e curdo | ||||||||||||||||||||||||||||||||
Religião | Islão sunita | ||||||||||||||||||||||||||||||||
Forma de governo | Sultanato (confederação de principados) | ||||||||||||||||||||||||||||||||
Sultão | |||||||||||||||||||||||||||||||||
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Período histórico | Idade Média | ||||||||||||||||||||||||||||||||
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Área | |||||||||||||||||||||||||||||||||
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População | |||||||||||||||||||||||||||||||||
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Estados antecessores e sucessores
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O Império Aiúbida é o nome que se dá ao Estado muçulmano governado pela linhagem dinástica dos aiúbidas, durante os séculos XII e XIII, nas regiões centradas nos atuais Síria e Egito.
Foram os responsáveis pela criação do exército mameluco, com o objectivo de criar uma força de combate mortal e altamente bem treinada. Os membros desta elite chegavam a ser comprados muito novos, com idades a rondarem os 14 e os 18 anos, para serem disciplinados numa cultura militar.
Os aiúbidas atingiram o auge do seu poder, no tempo de Saladino, quando este se imortalizou na história como um herói para os muçulmanos, mas a partir daí esta linhagem teve uma queda impressionante, sendo o autor do golpe final, o famoso general e posteriormente também sultão Baibars, que ao matar Al-Muazzam Turanshah e toda a sua possível descendência, impôs um novo rumo na história, elevando os mamelucos ao poder.
A morte do ultimo líder desta dinastia representa, como na altura e após a morte de Saladino, as várias tribos do Médio Oriente, se começaram a dividir, criando assim um clima propicio para que os mongóis, pudessem avançar em direcção ao Egito, pois enquanto os aiúbidas discutiam entre si, a Síria foi-se dividindo em outras pequenas dinastias situadas nas cidades de Alepo, Hama, Homs e Damasco.
Só quando os mamelucos se decidiram impor para se defenderem da invasão mongol e para expulsarem os cristãos da Palestina, é que houve uma certa noção de unidade muçulmana, embora isso fosse na altura mais uma aparência imposta à força do que algo aceite de pura liberdade.
A responsabilidade desta decisão coube a Aibaque, um comandante mameluco, que não apoiava os ideais dos líderes desta dinastia e por isso decidiu em conjunto com outros comandantes, ordenar um golpe de Estado, que pôs no poder o sultão Qutuz, por achar que os mamelucos eram os verdadeiros lutadores do império, pois eram eles que davam a vida em combate.
No apogeu |
O Império Aiúbida, quando atingiu o seu apogeu, destacou-se muito na área da cultura, transformando o Egito num centro erudito e de literatura árabe, que fascinaria a qualquer apreciador de cultura. Foram lá encontrados diversos manuscritos sobre filósofos e escritores famosos daquela cultura.
A Síria de certa forma aperfeiçoou esta visão, tornando-se num centro cultural bastante procurado e servindo de complemento chave para a hegemonia aiúbida, conservando esse tesouro até no período moderno da história. Infelizmente, as constantes guerras e as marcas do tempo têm apagado essa grande visão, reduzindo a cinzas tudo o que foi símbolo de uma grande evolução intelectual.
Para se ter noção do que os aiúbidas representaram no mundo, estes eram muito mais evoluídos do que o mundo ocidental, principalmente nos ramos mais ligados às ciências, como por exemplo: matemática, medicina, astrologia e física.
Mas depois das invasões do Império Mongol tudo se perdeu.
O comércio e a economia |
Em termos comerciais e económicos, o Império Aiúbida beneficiou-se muito da visão de Saladino, que cedo percebeu que poderia ganhar muito, em relações comerciais com os cristãos, que incrementaram o comércio daquelas regiões. Por isso teve a necessidade de conquistar e manter o Iémen sob controlo, pois este representava um ponto estratégico para que estas trocas pudessem beneficiar o império.
Neste tempo podemos dizer, que o Egito e a Síria atingiram em conjunto um período de grande prosperidade e desenvolvimento, tendo como base as exportações que tinham como destino o continente europeu. A razão para que esta balança comercial se tornasse tão favorável era o facto que os produtos orientais tinham uma grande procura, precisamente por serem raros, exóticos e até mesmo uma novidade para muitos dos ocidentais.
Ver também |
- Sultão do Egito § Dinastia Aiúbida