Língua brasileira de sinais
































Língua brasileira de sinais (LIBRAS)
Utilizado em:
Brasil
Total de usuários:

+ de 5 000 000

Família:

Língua francesa de sinais
Códigos de língua

ISO 639-1:

--
ISO 639-2:
sgn-BR
ISO 639-3:
bzs
; Lista de língua de sinais


Disambig grey.svg Nota: Libras redireciona para este artigo. Para a unidade anglo-americana de massa, veja Libra (massa).



Ficheiro:Libras-cachorro.ogvReproduzir conteúdo

Vídeo representando o sinal em libras para a palavra "cão"


A língua brasileira de sinais (Libras) é a língua de sinaisPB (língua gestualPE) usada pela maioria dos surdos dos centros urbanos brasileiros[1]
e legalmente reconhecida como meio de comunicação e expressão.[2][3] É derivada tanto de uma língua de sinais autóctone, que é natural da região ou do território em que habita, quanto da língua gestual francesa; por isso, é semelhante a outras línguas de sinais da Europa e da América. A Libras não é a simples gestualização da língua portuguesa, e sim uma língua à parte, como o comprova o fato de que em Portugal usa-se uma língua de sinais diferente, a língua gestual portuguesa (LGP).


Assim como as diversas línguas naturais e humanas existentes, ela é composta por níveis linguísticos como: fonologia, morfologia, sintaxe e semântica. Da mesma forma que nas línguas orais-auditivas existem palavras, nas línguas de sinais também existem itens lexicais, que recebem o nome de sinais. A diferença é sua modalidade de articulação, a saber visual-espacial, ou cinésico-visual, para outros. Assim sendo, para se comunicar em Libras, não basta apenas conhecer sinais. É necessário conhecer a sua gramática para combinar as frases, estabelecendo a comunicação de forma correta, evitando o uso do "Português sinalizado".


Os sinais surgem da combinação de configurações de mão, movimentos e de pontos de articulação — locais no espaço ou no corpo onde os sinais são feitos — e também de expressões faciais e corporais que transmitem os sentimentos que para os ouvintes são transmitidos pela entonação da voz, os quais juntos compõem as unidades básicas dessa língua.[4] Assim, a Libras se apresenta como um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. Como em qualquer língua, também na libras existem diferenças regionais. Portanto, deve-se ter atenção às suas variações em cada unidade federativa do Brasil.




Índice






  • 1 Breve histórico


  • 2 Legalidade da Libras


  • 3 Convenções para a transcrição


  • 4 Ver também


  • 5 Referências


  • 6 Ligações externas





Breve histórico |


O antigo Instituto dos Surdos, hoje, Instituto Nacional da Educação de Surdos (INES) foi a primeira escola para surdos no Brasil, fundada em 1857 por Dom Pedro II e teve como primeira denominação o nome Collégio Nacional para Surdos (de ambos os sexos). Foi a partir deste, com a miscigenação da antiga língua de sinais brasileira com a língua de sinais francesa, que, definitivamente, nasceu a língua brasileira de sinais (Libras)


Por ser a única instituição para surdos no país e no continente, o INES foi muito procurado por brasileiros e estrangeiros, virando referência na educação, socialização e profissionalização de surdos.


No entanto, em 1880, houve em Milão um Congresso que proibiu a língua de sinais (gestual), achou-se por melhor adotar a oralização julgando que esta seria de melhor valia para a educação e o aprendizado dos surdos. Muitos surdos e professores criticaram tal ação, pois legitimavam a comunicação sinalizada.


Através de diversos movimentos e muita pesquisa na área, foi legitimada como Língua a comunicação gestual entre surdos. Foi apenas no fim do século XX que os movimentos se intensificaram querendo a oficialização da língua brasileira de sinais (Libras), em 1993 o projeto de lei entrou na longa batalha para a regulamentação da Libras no país.


Apenas no ano de 2002 a língua brasileira de sinais foi oficialmente reconhecida e aceita como segunda língua oficial brasileira, através da Lei 10.436, de 24 de abril de 2002.


Mesmo com um andamento lento o progresso para a cultura Surda acontece. O século XXI começou e fez a Libras realmente avançar.


Em 2005, através do decreto 5.626 a língua brasileira de sinais foi regulamentada como disciplina curricular. Já em 2007, a estrutura de língua foi aplicada a Libras, já que ela é uma língua natural e possui complexidades próprias e comunicação eficaz. Em 2010 foi regulamentada a profissão de Tradutor/ Interprete de Libras através da Lei 12.319 de 1° de Setembro de 2010, simbolizando mais uma grande conquista.


É dever do Poder Público garantir acesso e educação para surdos nas escolas regulares de ensino, garantindo seu aprendizado e progressão educacional.


[5][6][7]



Legalidade da Libras |


Portanto, a partir desta Lei[8], a Língua Brasileira de Sinais passou a ser considerada como um meio de comunicação e expressão e não interpretada apenas por gestos ou mímicas. Mesmo com o passar dos anos a Libras (Língua Brasileira de Sinais) continua fazendo parte de uma minoria linguística na qual é constituída por surdos e o meio social em que ele vive, através dessa língua ele consegue mostrar sua capacidade e seu desenvolvimento no meio social..[9]


Contudo, a lei existe, mas não é executada da maneira correta em diversos lugares, não só nas escolas, como por exemplo nos bancos, consultórios médicos e supermercados, ou seja, ainda falta infraestrutura e profissionais qualificados que possam atender os surdos como está constituído nesta lei.[10]


É importante saber que a atualidade é um período de plena informação e tecnologia avançada, mas encontramos ainda a crença de que no Brasil todos falam português, se esquecendo das línguas indígenas, imigrantes e da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), que foi reconhecida como a língua natural das comunidades surdas do país, através da lei nº10.436/2002, garantido o direito do reconhecimento da Libras como língua de manifestação e expressão das pessoas surdas no acesso à educação, à saúde, à cultura e ao trabalho.[11]


Estão garantidas no Brasil, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da língua brasileira de sinais como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil.O governo do estado brasileiro de São Paulo produziu um dicionário voltado para os surdos, elaborado com o intuito de diminuir ao máximo a exclusão digital. Produzido em CD-ROM, o dicionário tem 43 606 verbetes, 3 000 vídeos, 4 500 sinônimos e cerca de 3 500 imagens.



Convenções para a transcrição |


A Libras, como as outras línguas de sinais, não tem um sistema de escrita largamente adotado, embora existam algumas propostas, como a SignWriting, que estão sendo usadas em algumas escolas e publicações. Na falta de uma escrita própria, a Libras tem sido transcrita usando palavras em português que correspondam ao significado dos sinais. Para designar que a palavra em português indica um sinal, é grafada convencionalmente em letras maiúsculas. Por exemplo: LUA, BOLO.



Ver também |




O Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Língua de sinais



  • Língua de sinais


  • Língua gestual portuguesa (LGP)

  • Língua de sinais kaapor brasileira

  • Interpretação para os surdos

  • Lista de línguas gestuais



Referências




  1. CARVALHO, Paulo Vaz de (2007). Breve História dos Surdos no Mundo. [S.l.]: SurdUniverso. 172 páginas. ISBN 9789899525412 


  2. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002 — Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências.


  3. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005 — Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000.


  4. UNIP Interativa LIBRAS -


  5. Figueira, Alexandre dos Santos,"Material de Apoio para o Aprendizado de Libras", PHORTE,2011,pags 339


  6. http://ines.gov.br/ines_portal_novo/


  7. http://www.feneis.org.br/


  8. «L10436». www.planalto.gov.br. Consultado em 15 de abril de 2016 


  9. «Educação de surdos: Um olhar sobre a Lei nº 10.436 de 24 de abril de 2002 - Artigos de Educação e Pedagogia - Portal Educação». www.portaleducacao.com.br. Consultado em 15 de abril de 2016 


  10. «Surdos relatam as dificuldades do dia a dia». correio.rac.com.br. Consultado em 15 de abril de 2016 


  11. Lei, Brasil (24 de abril de 2002). «lei 10436». www.planalto.gov.br. Consultado em 16 de novembro de 2016 



Ligações externas |




  • CulturaSurda.net - Site com centenas de produções culturais em Libras (poesia, contação de histórias, curtas-metragens, músicas sinalizadas, teatro, etc.)


  • Legenda Libras - Site bilíngue para acessibilidade de pessoas surdas para todo o Brasil, com textos interpretados da língua portuguesa para a língua brasileira de sinais.


  • Libras.com.br - Site que apresenta leis, curiosidades, notícias, cadastro de intérpretes, etc, através de textos, vídeos, fotos e ilustrações.


  • Portal Libras.org.br - Site com informações, legislação, notícias atualizadas, links úteis, publicações e ofertas de vários materiais educativos sobre a Língua Brasileira de Sinais.


  • LETRAS-LIBRAS - Site do primeiro curso de graduação federal e à distância em Letras-Libras do Brasil.


  • PGET - Site do Primeiro Programa de Pós-graduação strictu sensu de mestrado e doutorado em Estudos da Tradução no Brasil com áreas de pesquisa em torno da tradução e interpretação de língua brasileira de sinais - Libras.


  • BILINGUE - Ferramenta de auxílio na alfabetização de alunos - para educadores.


  • Alfabeto em Libras - Aprenda e pratique o alfabeto da Língua Brasileira de Sinais


  • Dicionário de Libras Colaborativo - Sistema que utiliza vídeos do youtube permitindo atualização dos verbetes.


  • Dicionário Libras - Traz as imagens reais, na forma de pequenos "filmes", o que facilita um aprendizado mais eficiente.

  • Mais um dicionário


  • INES - Instituto Nacional de Educação dos Surdos.


  • FENEIS - Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos.


  • sur10.net - O portal da surdez: Vídeos em LIBRAS e com legenda.


  • O Decreto de Dezembro de 2005 , que garante a inclusão da LIBRAS, nos sistemas educacionais do Brasil.


  • Aquisição da Linguagem de Sinais: uma entrevista com Lodenir Karnopp . Revista Virtual de Estudos da Linguagem – ReVEL. Vol. 3, n. 5, 2005.


  • Wikisigns.org . Dicionário de Libras Colaborativo


  • Surdo para Surdo - Aulas particulares em Libras – Plataforma de tutoria online em Libras. Aprenda com um tutor Surdo, fluente em Libras.


  • https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/57374 - Polidez na Língua de Sinais brasileira: um estudo de faces. Dissertação (2017-2018) área: estudos linguísticos - UFPR. Uma Pesquisa sobre marcadores não manuais de polidez na Libras.






































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