Huguenote









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Calvinismo

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João Calvino

Bases históricas:



Cristianismo
Agostinho de Hipona
Reforma



Marcos:



A Institutio Christianæ Religionis de Calvino
Os Cinco Solas
Cinco Pontos (TULIP)
Princípio regulador
Confissões de fé
Bíblia de Genebra



Influências:



Teodoro de Beza
John Knox
Ulrico Zuínglio
Jonathan Edwards
Teologia puritana



Igrejas:



Reformadas
Presbiterianas
Congregacionais
Batistas Reformadas



Huguenotes era o nome dado aos protestantes franceses durante as guerras religiosas na França (segunda metade do século XVI). Cerca de 300.000 deles deixaram a França, após as dragonnades (perseguições contra as comunidades protestantes, sob Luís XIV) e a revogação do Édito de Nantes, em 18 de outubro de 1685. Eram maioritariamente calvinistas e membros da Igreja Reformada.




Índice






  • 1 Etimologia


  • 2 História


  • 3 Huguenotes no Brasil


  • 4 Perseguição e dispersão


  • 5 Le Chambon-sur-Lignon


  • 6 Referências


  • 7 Ver também





Etimologia |


A origem do termo é controversa. Uma das hipóteses é que tenha sido criado pelos franceses, em alusão a Hugues Besançon,[1] líder político suíço, que chefiava o partido pró-independência de Genebra, hostil a Carlos III, duque de Savoia. [2]O biógrafo de Calvino, Bernard Cottret, afirma que "huguenote" vem de "confederados" (em francês "Eidguenot", derivado do suíço-alemão Eidgenossen, termo que designava as cidades e cantões helvéticos partidários da Reforma). Na Genebra do século XVI havia uma rivalidade interna entre os "mamelucos", que eram conservadores e se orientavam favoravelmente ao Ducado de Saboia, e os "confederados" ou Eidguenotes, que eram mais progressistas e enveredaram pelo protestantismo.[3][4]


Owen I. A. Roche, no seu livro The Days of the Upright, A History of the Huguenots (New York, 1942), escreveu que "Huguenot" é "uma combinação de flamengo e alemão. Na área flamenga da França, os estudantes que se reuniam em uma casa privada para estudar secretamente a Bíblia eram chamados Huis Genooten (colegas de casa) enquanto na zona alemã e suíça eram chamados Eid Genossen (colegas de juramento), que indicava as pessoas ligadas entre elas sobre juramento. Afrancesado como "Huguenot", muitas vezes usado com sentido depreciativo, a palavra tornou-se, em dois e três séculos de triunfo e de terror, um símbolo de honra paciente e coragem". Outros afirmam que o termo deriva do nome de um lugar no qual os protestantes franceses celebravam o próprio culto; esse lugar era chamado "Torre de Hugon" e se encontra em Tours.



História |





Gaspar II de Coligny, líder huguenote.


O Protestantismo francês iniciou-se com o reformador católico Jacques Lefevre, que iniciou suas pregações em 1514, portanto antes de Lutero. Depois que a Reforma tornou-se pública na Alemanha, atingiu também as massas francesas. Logo, os protestantes franceses passaram a seguir as orientações de João Calvino.


O rei Francisco I da França iniciou uma dura perseguição, gerando guerras de religião. O Édito de Orléans de 1561 interrompeu a perseguição por alguns anos, e em 17 de Janeiro de 1562, o Édito de Saint-Germain reconheceu os seus direitos pela primeira vez.


As guerras religiosas em França começaram com um massacre de 1000 huguenotes em Vassy a 1 de Março de 1562. Em 1572, milhares de huguenotes foram mortos no massacre da noite de São Bartolomeu, e a anistia foi concedida no ano seguinte. A quinta guerra santa contra os Huguenotes começou a 23 de Fevereiro de 1574 e a perseguição continuou periodicamente até 1598, quando o rei Henrique IV emitiu o Édito de Nantes autorizando aos protestantes a liberdade religiosa e direitos idênticos aos dos católicos.[5]



Huguenotes no Brasil |



Ver artigo principal: França Antártica

No dia 7 de março de 1557 chegou à Baía de Guanabara um grupo de Huguenotes, como parte do reforço pedido pelo católico Nicolas Durand de Villegagnon. Entre as causas apontadas para o fracasso deste estabelecimento francês aprontam-se as disputas religiosas, sendo os franceses derrotados por uma armada portuguesa em 1560.



Perseguição e dispersão |


Luís XIV começou a perseguir os protestantes outra vez, levando muitos à fuga. Ele revogou o Édito de Nantes (supostamente irrevogável) em 1685, tornando o protestantismo ilegal no Édito de Fontainebleau. Depois disto, muitos Huguenotes fugiram para os países protestantes vizinhos, especialmente para a Prússia, cujo rei Frederico Guilherme I (Friedrich Wilhelm) era calvinista (fora educado na Holanda) e lhes deu boas-vindas, na esperança de reconstruir o seu país depauperado pela guerra e despovoado. Muitas das palavras de origem francesa no vocabulário alemão (por exemplo: Portemonaie - porta-moedas - ou Enquete - inquérito) foram introduzidas por estes novos elementos da sociedade da Prússia. Muitos destes novos compatriotas foram alojados em Berlim e nas proximidades.


Em 31 de Dezembro de 1687, um grupo de Huguenotes velejou desde a França em direção ao Cabo da Boa Esperança, na África do Sul, onde implantaram a cultura da uva e a produção do vinho. A África do Sul é hoje um dos principais produtores de vinho fora da Europa.


Muitos fugiram para as treze colônias britânicas na América do Norte. Entre eles contava-se um artífice chamado Apollos Rivoire, que mudou o seu nome para Paul Revere e cujo filho, também chamado Paul Revere, foi um famoso líder da revolução americana.


Shoreditch, uma zona de Londres, tornou-se a casa para muitos dos refugiados huguenotes na Inglaterra. Eles deram fomento à indústria da tecelagem na zona de Spitalfields.


A fábrica de cerveja de Truman surgiu em 1724, apesar de ser então conhecida como Black Eagle Brewery nessa altura.


Muitos Huguenotes fugiram da cidade francesa de Tours, o que acabou por significar a ruína das grandes fábricas de seda que eles tinham construído ali. Alguns deles trouxeram os seus talentos para benefício da Irlanda do Norte, onde foram responsáveis pela fundação da grande indústria do linho irlandesa.



Le Chambon-sur-Lignon |


Durante a Segunda Guerra Mundial, a população de Le Chambon-sur-Lignon, no sul da França, na sua maioria constituída por huguenotes, forneceu abrigo e refúgio a entre 3000 e 5000 judeus. O pastor Andre Trocme foi o líder da comunidade neste esforço. Ele e trinta e quatro outros residentes da área foram reconhecidos pelo Museu Israelita Memorial do Holocausto Yad Vashem como "Justos entre as nações".



Referências




  1. Dictionnaire historique de la Suisse. Hugues, Besançon


  2. (em francês) Huguenots. Por Jean Meyer. Encyclopædia Universalis.


  3. Cottret, Bernard (2000). Calvin: A Biography. Grand Rapids, Michigan: Wm. B. Eerdmans. 0-8028-3159-1  Traduzido para o inglês do original Calvin: Biographie, Edição de Jean-Claude Lattès, 1995.


  4. Ver João Calvino para mais pormenores.


  5. CAIRNS, Earle Edwin. O cristianismo através dos séculos: uma história da igreja cristã / Earle Edwin Cairns; tradução Israel Belo de Azevedo, Valdemar Kroker -  3ª edição - São Paulo : Vida Nova, 2008



Ver também |



  • Noite de São Bartolomeu

  • Ópera "Les Huguenots" de G. Meyerbeer

  • Museu Huguenote Daniel de La Touche




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